Maduro a um passo de excluir oposição na Venezuela
O ditador venezuelano Nicolás Maduro (na foto, com Lula) está a um passo de seguir o caminho do ditador russo Vladimir Putin e excluir a oposição das eleições, marcadas para o dia 28 de julho. As inscrições para os candidatos da eleição presidencial venezuelana se encerram nesta segunda, 25 de março. A oposição, contudo, não...
O ditador venezuelano Nicolás Maduro (na foto, com Lula) está a um passo de seguir o caminho do ditador russo Vladimir Putin e excluir a oposição das eleições, marcadas para o dia 28 de julho.
As inscrições para os candidatos da eleição presidencial venezuelana se encerram nesta segunda, 25 de março.
A oposição, contudo, não tem conseguido inscrever sua candidata, a professora de filosofia Corina Yoris.
Corina Yoris foi escolhida pela Plataforma de Unidade Democrática, PUD, depois que a ditadura prendeu sete assessores de campanha de María Corina Machado. Antes disso, María Corina foi inabilitada por quinze anos pelo Judiciário submisso a Maduro.
A ditadura também tem atrapalhado a candidatura da oposição de diversas formas.
O Conselho Nacional Eleitoral, CNE, criou uma nova metodologia, em que os candidatos obrigatoriamente devem se inscrever por uma plataforma virtual.
A oposição, após várias perseguições e ações judiciais, tem apenas dois partidos habilitados para inscrever candidatos. Mas toda vez que esses dois partidos tentam usar o site do CNE para apresentar seus candidatos, eles são bloqueados.
Nenhuma explicação oficial é dada para essas falhas no sistema.
O problema não aparece com partidos ligados ao regime, que conseguiram inscrever nove candidatos. Todos são aliados de Maduro e tiveram suas inscrições transmitidas pelo canal de televisão estatal VTV.
"Maduro está criando uma oposição falsa para não ter nenhum tipo de competidor autônomo em julho", diz o sociólogo venezuelano José Guillermo Pérez.
O método é idêntico ao usado na Rússia, onde a comissão eleitoral recusou abaixo-assinados para permitir a inscrição de candidaturas de oposição. Apenas membros da "oposição sistêmica", servis ao ditador Putin, foram autorizados a participar da fraude eleitoral.
Leia também na Crusoé: Por que Putin não terá candidatos de oposição nas eleições
Se Maduro não permitir nenhum candidato da oposição, não haverá a menor chance de que as eleições de 28 de julho sejam limpas e justas.
No início de março, Lula afirmou, sobre as eleições na Venezuela: "O que eu posso esperar? Que haja as eleições para a gente saber se elas foram democráticas ou não. A gente não pode já começar a jogar dúvida antes de as eleições acontecerem. Porque aí começa a ter um discurso de que vai prever antecipadamente que vai ter problema. Nós temos que garantir a presunção de inocência até que haja as eleições".
Se não forem permitidos candidatos de oposição, a tal presunção de inocência cai por terra.
"Se a oposição for bloqueada, o governo brasileiro deveria rejeitar as eleições e considerá-las ilegítimas. Infelizmente, do meu ponto de vista, Lula já estabeleceu as linhas de propaganda do governo venezuelano. Ao dizer que espera que as eleições sejam reconhecidas e que as pessoas não ajam como Bolsonaro, que não aceitou o resultado, o presidente brasileiro age como se as eleições venezuelanas fossem verdadeiramente democráticas e a oposição tivesse a opção de participar", diz Guillermo Pérez.
Assista ao podcast Latitude com Guillermo Pérez:
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Comentários (3)
Sônia Adonis Fioravanti
2024-03-25 13:04:55Como lulas pode apoiar UM DITADOR ASSA SSINO E PARABENIZAR OUTRO ASSA SSINO DA RUSDIA PELAS ELEIÇÕES ROUBADAS ??
Amaury G Feitosa
2024-03-25 11:04:41Aqui no Galinheiro Brazyllis é mera questão de data ... lembro que o primeiro morreu na Papuda onde estava ilegalmente preso por um ditador insano.
KEDMA
2024-03-25 10:45:31Se os políticos aqui no Brasil não se posicionarem as próximas eleições podem ir pelo mesmo caminho da Venezuela.