Um soltinho (e preocupado) Joe Biden vai ao talk show
Joe Biden foi uma "estrela surpresa" de um talk show do canal de TV NBC, nesta segunda-feira, 26. O presidente americano, virtual candidato democrata nas eleições de novembro, foi o entrevistado no programa do comediante Seth Meyers. A entrevista tinha ares de surpresa: Meyers entrevistava a atriz Amy Poehler quando ele reclamou a ela que...
Joe Biden foi uma "estrela surpresa" de um talk show do canal de TV NBC, nesta segunda-feira, 26. O presidente americano, virtual candidato democrata nas eleições de novembro, foi o entrevistado no programa do comediante Seth Meyers.
A entrevista tinha ares de surpresa: Meyers entrevistava a atriz Amy Poehler quando ele reclamou a ela que não conseguiu ouvir o presidente para um especial de 10 anos do seu programa. De repente, o presidente americano (que passou os últimos meses em silêncio) aparece e passa a responder, de uma maneira bem-humorada e ensaiada, as perguntas.
"Dez anos depois, o senhor achou que esse programa duraria tanto?", abriu Seth Meyers. "Não" respondeu secamente Biden. A plateia ri. "Taylor Swift vai apoiá-lo nas eleições?", questionou o apresentador. "Isso é informação confidencial", respondeu. Novos risos da plateia. "O senhor tem 81 anos e—", disse o comediante, antes de ser interrompido: "quem te disse isso? Novamente, isso é informação confidencial."
Entre discussões sobre memes e posts de sua página em redes sociais, ele usou seus tradicionais óculos escuros para passar a imagem do cidadão cool. O político buscou se defender das acusações que, já octagenário, não teria condições de manter o cargo. "Primeiro, olhe para o outro cara", disse Biden, referindo se ao republicano Donald Trump, de 77 anos. "Ele é tão velho quanto eu, mas não consegue lembrar o nome da esposa dele."
Ele disse que não importa se você é velho mas sim "se suas ideias são velhas". Apesar disso, ele fala sobre uma suposta conversa que teve com o premiê chinês Xi Jinping nas montanhas do Tibete — um lugar que, até onde se sabe, ambos jamais tiveram agenda oficial. Para um presidente que já afirmou ter conversado com chefes de Estado que já morreram, a afirmação soa no mínimo estranha.
Apesar do bom-humor ensaiado do democrata, sua situação inspira cuidados. Na primária do estado de Michigan, realizada hoje, o presidente pode sofrer um baque dos eleitores árabe-americanos no estado, que querem puni-lo pelo seu apoio a Israel no conflito na Faixa de Gaza. E Donald Trump tem vantagem sobre ele em estados-chave, o que compromete seus planos de reeleição.
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