Brasil entra em contradição ao falar de energia limpa no G20
O governo brasileiro anda dando com uma mão e tirando com a outra, quando o tema é a geração de energia limpa. Um dos sustentáculos de uma política ambiental para combater as mudanças climáticas, a renovação das fontes de geração de energia é um dos focos da reunião de chanceleres do G20, que o Brasil...
O governo brasileiro anda dando com uma mão e tirando com a outra, quando o tema é a geração de energia limpa. Um dos sustentáculos de uma política ambiental para combater as mudanças climáticas, a renovação das fontes de geração de energia é um dos focos da reunião de chanceleres do G20, que o Brasil sedia nessa semana.
Durante a participação, os representantes brasileiros do Ministério de Minas e Energia, do ministro Alexandre Silveira (foto) sugerem uma redução no gap de investimentos em matrizes limpas de países pobres. O país quer que o quadro atual, onde 90% dos 1,8 trilhão de dólares (8,8 trilhões de reais) investidos anualmente no setor vão para países europeus ricos, EUA e China, seja menos concentrado.
Considerado que o setor segue em franco crescimento e que as matrizes energéticas de países pobres ainda são bastante ineficientes (como usinas térmicas ou no máximo hidrelétricas), o Brasil enxerga uma possibilidade de crescimento no caminho.
As mudanças climáticas estão no centro da pauta do Brasil no G20, que terá uma série de reuniões até a reunião de cúpula, em novembro, no Rio de Janeiro.
Na teoria, muito bonito. Na prática, no entanto, o país atua na direção oposta, apostando em investimentos em refinarias e em uma política expansionista da Petrobras. Além dos riscos de má governança claros a qualquer estatal sob o jugo do PT — as descobertas da Lava Jato ainda são recentes a qualquer um—, o governo ainda aposta em um futuro a médio prazo com mais petróleo, entrando na Opep+ sob o estranhíssimo argumento de fazer os países saírem da Opep+.
Leia também na Crusoé: Falsificação da história
Em nenhum momento essa política ficou mais clSara do que na disputa entre a Petrobras e o Ibama, na extração de petróleo na foz do rio Amazonas. A batalha, mediada por Lula, acabou momentaneamente vencida pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva — mas Silveira, o ministro de Minas e Energia, parece querer a licença para exploração ainda neste ano.
Leia também na Crusoé: O que há, além de petróleo, na foz do Amazonas?
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2024-02-23 15:32:59Parafraseando antigo capacho .. O QUE É BOM PARA A CHINA É ÓÓÓTIMO PARA OS MANÉS ...