Brasil amplia financiamento da máquina de guerra da Rússia
As importações brasileiras de diesel da Rússia atingiram um recorde em dezembro de 2023, ultrapassando 1,3 bilhão de litros. Até o início do ano passado, esse dado era próximo de zero. Em todo o ano passado, o valor que o Brasil pagou para a Rússia chegou a 4,5 bilhões de dólares. Esse montante ajuda a...
As importações brasileiras de diesel da Rússia atingiram um recorde em dezembro de 2023, ultrapassando 1,3 bilhão de litros. Até o início do ano passado, esse dado era próximo de zero.
Em todo o ano passado, o valor que o Brasil pagou para a Rússia chegou a 4,5 bilhões de dólares. Esse montante ajuda a financiar a máquina de guerra do presidente russo Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, 86,65% das importações brasileiras de diesel vieram da Rússia em dezembro, segundo um levantamento do pesquisador Leonardo Coutinho. No primeiro trimestre do ano passado, a Rússia respondeu por apenas 13% das importações brasileiras desse derivado.
Por que o Brasil compra diesel da Rússia?
Tradicionalmente, o Brasil importava diesel dos Estados Unidos, por sua proximidade geográfica.
Isso mudou com as sanções que o Ocidente impôs à Rússia, após a invasão da Ucrânia.
A partir de então, o diesel russo começou a chegar ao Brasil a preços baixos, ainda menores que os importados ou produzidos pela Petrobras.
A estatal, contudo, não importa da Rússia por medo de sanções americanas.
Quem traz o diesel russo são companhias menores, privadas, que se aproveitam das pechinchas globais.
O resultado foi que o diesel russo, em excesso no mercado, barateou. Na contramão, o produto americano encareceu. As empresas brasileiras então se adaptaram, importando mais da Rússia e menos dos Estados Unidos.
Em julho do ano passado, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi questionado sobre o financiamento da máquina de guerra russa, via importação de diesel.
“O diesel russo está entrando aqui, compra quem quiser, se está barato, bom para o Brasil também”, disse o presidente da estatal.
Segundo Prates, a entrada de diesel seria temporária, pois diminuiria com o aumento do preço do barril.
“Diesel russo é circunstancial, a gente não pode desaquecer nossas máquinas. Eu acho que o valor desse preço abaixo… não se sustenta tanto tempo”, afirmou.
O recorde de importação obtido em setembro mostra que não se trata de algo temporário, e sim de uma tendência que deverá seguir em alta, dada a proximidade entre o governo petista e o do russo Putin.
Leia em Crusoé a matéria Barris de sangue.
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Comentários (2)
Sônia Adonis Fioravanti
2024-01-18 12:23:15Triste mundo ,a BÉLICA RÚSSIA ,QUE JA PROMOVEU A MORTE DE MILHÕES DE UCRANIANOS DE FOME ,durante o governo de STÁLIN ,agora com esse 🐀assa ssino continua o massacre
Odete6
2024-01-18 12:04:38São repugnantes os covardes déspotas como o nanoputin, os canalhas como o agente-laranja e seus lambedores de botas de todas as vertentes entre os quais, para nossa revolta e vergonha, os ladronéscios que nos desgovernam, incluídos.