As surpresas entre os personagens de 2023, segundo os chilenos
O instituto de pesquisas Cadem divulgou neste domingo, 31, uma pesquisa em que os chilenos responderam quem eles acreditam ter sido o personagem do ano de 2023. Em primeiro lugar ficou o presidente Gabriel Boric, com 34% das respostas. O chefe de governo, contudo, não está em uma posição muito confortável, uma vez que sua...
O instituto de pesquisas Cadem divulgou neste domingo, 31, uma pesquisa em que os chilenos responderam quem eles acreditam ter sido o personagem do ano de 2023.
Em primeiro lugar ficou o presidente Gabriel Boric, com 34% das respostas.
O chefe de governo, contudo, não está em uma posição muito confortável, uma vez que sua aprovação está em apenas 33%, quatro pontos a menos que em 2022. Pior: sua desaprovação é quase o dobro: 60%.
Em uma live em que o presidente foi questionado sobre qual seria o seu maior sucesso em 2023, Boric falhou em dar uma resposta convincente.
"Tivemos vários sucessos, mas não podemos ser egocêntricos ou complacentes. Ainda nos restam dois anos de governo e estou muito motivado para conseguir mais coisas adiante. Mas posso mencionar as 40 horas (de trabalho semanal), o aumento do salário mínimo que vai chegar a 500 mil pesos", respondeu o presidente.
O mais surpreendente, porém, é que o segundo e o terceiro colocados na enquete sobre os personagens do ano são dois presidentes de direita da América Latina
Logo depois de Boric vem Nayib Bukele, de El Salvador, com 30% das respostas. Bukele avançou contra o Congresso e o Judiciário, ameaçando a democracia do país caribenho.
Depois dele está o libertário Javier Milei, eleito presidente da Argentina no ano passado, com 24% das respostas.
Em quarto lugar está o chileno José Antonio Kast, que é da direita populista e competiu com Boric nas eleições de 2021.
Criminalidade
Quando perguntados sobre quais são os temas e tendências globais que mais terão impacto no país neste ano que se inicia, 48% dos chilenos mencionaram a criminalidade. Em segundo lugar ficou a mudança climática. Em terceiro, o aumento do desemprego.
O Chile vem de um período longo de instabilidade. Em 2019, manifestações nas ruas paralisaram o país. Para tentar acalmar a insatisfação popular, o presidente Sebastián Piñera sugeriu a ideia de mudar a Constituição. O texto, que é da época do ditador Augusto Pinochet, foi bastante reformado pelo presidente socialista Ricardo Lagos.
Um primeiro esboço de nova Constituição, com ideias de esquerda, foi derrotado em um referendo popular. No ano passado, um novo projeto, feito pela direita, também não passou no testes das urnas.
Boric, agora, tem a missão de fazer o país seguir em frente. Sua baixa aprovação, contudo, continua sendo um obstáculo.
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Comentários (1)
Juan
2024-01-02 09:30:25Porque não comentam que este governo é extremamente corrupto, nepotistas e incompetente. Recomendo vejam opinião do jornalista Tomás Mosciatti na Bio boi TV