Câmara de BH arquiva denúncia para cassar seu presidente
A Câmara Municipal de Belo Horizonte arquivou nesta segunda, 4, o pedido de cassação de Gabriel Azevedo (sem partido; foto), o presidente da Casa. A proposta, apresentada pela oposição ao vereador, deveria ser apreciada até hoje pelos parlamentares municipais. Sem a certeza de que teriam votos suficientes, os autores optaram por arquivar a denúncia. A...
A Câmara Municipal de Belo Horizonte arquivou nesta segunda, 4, o pedido de cassação de Gabriel Azevedo (sem partido; foto), o presidente da Casa. A proposta, apresentada pela oposição ao vereador, deveria ser apreciada até hoje pelos parlamentares municipais. Sem a certeza de que teriam votos suficientes, os autores optaram por arquivar a denúncia.
A denúncia foi aberta há exatos três meses. Azevedo é acusado por uma ex-aliada, a ex-presidente da Casa e hoje deputada federal Nely Aquino (Podemos-MG), de quebra de decoro parlamentar. O pedido indica que ele cometeu agressões verbais a colegas e abusou de sua autoridade ao antecipar atribuição de culpa na CPI da Lagoa da Pampulha.
Em nota, Azevedo respondeu dizendo à época que o grupo político da deputada "vendeu a alma" para o atual prefeito da capital mineira, Fuad Noman (PSD), e coagiu vereadores. Também acusou o secretário da Casa Civil do governo Romeu Zema, Marcelo Aro, de interferir na Câmara.
O nome de Aro voltou à tona na sessão final que selou o destino de Gabriel Azevedo nesta segunda-feira. O grupo ligado a secretário contava com um grupo de quatro parlamentares de esquerda para chegar perto dos 28 votos necessários para o afastamento do vereador.
O bloco informal chegou a entrar em obstrução na Casa aguardando o momento certo para votar — inclusive lendo a Bíblia por nove minutos e pedindo a leitura integral das 14 páginas da denúncia que pedia a cassação do mandato — mas na hora, no entanto, dois vereadores do PT e dois do PSol negaram o apoio ao grupo, o que praticamente enterrou as chances de cassação de Gabriel.
O parlamentar municipal se mantém na presidência da Casa, mas não tem partido. A situação do seu comando, única no Legislativo brasileiro, deve impedir que ele costure apoios para se manter ali nos próximos anos.
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Comentários (1)
Maria
2023-12-04 18:39:15Outro em cima do muro