Crusoé
01.07.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram

    Por que a inflação da Argentina é maior do que o divulgado

    O índice de inflação oficial da Argentina divulgado nesta semana esconde alguns fatos sobre a crise econômica do país. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), como anunciado ontem, 13 de novembro, a menos de uma semana do segundo turno das eleições presidenciais, a inflação argentina no mês de outubro foi de 8,3%. Trata-se...

    avatar
    Caio Mattos, De Buenos Aires
    4 minutos de leitura 14.11.2023 20:38 comentários 0
    Sergio Massa
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    O índice de inflação oficial da Argentina divulgado nesta semana esconde alguns fatos sobre a crise econômica do país.

    Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), como anunciado ontem, 13 de novembro, a menos de uma semana do segundo turno das eleições presidenciais, a inflação argentina no mês de outubro foi de 8,3%.

    Trata-se de uma desaceleração visto que o índice é inferior aos mais de 12% do mês anterior.

    No acumulado dos 12 meses anteriores, a inflação chegou a 142,7%. Esse é um recorde desde 1991, quando o país se recuperava de uma hiperinflação de 3.079% anual, a pior crise inflacionária da história argentina.

    Entretanto, a inflação real na Argentina hoje deve ser ainda maior. Algumas consultorias privadas mediram uma variação mensal superior à oficial. A EcoGo Consultores estimou acima dos 9%, uma diferença sútil mas não irrelevante.

    O fato é que os índices oficiais subnotificam a inflação devidos a diversos fatores, todos relacionados às práticas econômicas heterodoxas do Estado argentino.

    "Os índices oficiais de preços são fortemente distorcidos por diversas intervenções nos mercados que afetam toda a economia", diz Juan Luis Bour, economista-chefe da Fundação de Investigações Econômicas Latinoamericanas (Fiel).

    Dentre essas intervenções, Bour destaca quatro.

    A primeira, e mais conhecida, são os diferentes tipos de câmbio de dólar na Argentina, com um total de mais de 10.

    "Na cotação oficial, há desvalorização no câmbio para produtos de exportação, mas não para importação, o que afeta certos preços", diz Bour.

    Por exemplo, um empresário com acesso à certas cotações oficiais, o que não é o caso da maioria dos argentinos, pode ganhar mais pesos do que o seu concorrente ao exportar um produto ou gastar menos ao importar.

    Outra intervenção que artificializa a inflação são os atrasos em reajustes de preços imposto sobre alguns bens nos últimos meses, em meio às eleições.

    Um caso marcante que desencadeou uma crise de abastecimento no final de outubro foi a gasolina. No início do mês passado, o barril de petróleo Brent, a 97 dólares, era vendido na Argentina por 56 dólares para controlar o preço do combustível.

    Após a crise, na virada para novembro, o preço na bomba dos postos da estatal YPF, que domina o mercado, precisou ser reajustado em 10%.

    Uma terceira intervenção, de menor impacto, é a política de acordos de preço, dentre os quais o mais famoso é o Preços Justos.

    Alguns supermercados e provedores firmam acordos com o governo nacional para não reajustar seus produtos acima de 5% mensal, independentemente da inflação, em troca de benefícios fiscais.

    "Essa política é algo menor, porque envolve uma porcentagem pequena de produtos", diz Bour.

    Por fim, e uma das distorções de preços mais complexas e impactantes, envolvem as intervenções do próprio setor privado não captadas pelo Indec. O economista cita como exemplo a área da saúde.

    Médicos particulares têm cobrado copagamentos a seus clientes "muito altos" nos últimos meses, em meio ao aumento da inflação. Essas cobranças adicionais pela consulta não são captadas na inflação oficial.

    Legado sombrio

    O Indec já sofreu intervenção do Estado sobre o órgão durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner.

    Os Kirchners aparelharam o Indec de maneira oficial entre 2007 e 2015 com a seleção de dirigências que deliberadamente maquiaram os índices de inflação e ocultaram a metodologia de medição. Chegou-se ao ponto de interromper a publicação de dados sobre a taxa de pobreza entre 2013 e 2015.

    Desde a presidência de Mauricio Macri, em 2016, o Indec readquiriu autonomia. O atual governo, do peronista Alberto Fernández, também não interferiu no órgão.

    Especialistas asseguram a credibilidade do Indec hoje, mas ainda há sequelas daquela intervenção na desconfiança das pessoas, e logo do mercado, sobre os índices oficiais, o que, por si, distorce ainda mais a inflação.

    Diários

    Trump vai reformar a prisão de Alcatraz?

    Crusoé Visualizar

    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Crusoé Visualizar

    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Crusoé Visualizar

    Proposta orçamentária criticada por Musk é aprovada no Senado

    Crusoé Visualizar

    Trump 'não sabe' se vai deportar Elon Musk

    Crusoé Visualizar

    Mais um capítulo na briga entre Musk e Trump

    Crusoé Visualizar

    Mais Lidas

    A mágoa de Bolsonaro com o ex-comandante da FAB

    A mágoa de Bolsonaro com o ex-comandante da FAB

    Visualizar notícia
    Bukele invoca meme de 'Thanos' contra críticos de seu governo

    Bukele invoca meme de 'Thanos' contra críticos de seu governo

    Visualizar notícia
    Contra a ameaça nuclear

    Contra a ameaça nuclear

    Visualizar notícia
    E agora, Gleisi?

    E agora, Gleisi?

    Visualizar notícia
    Haddad usa Bolsonaro em sessão pública de bajulação a Lula

    Haddad usa Bolsonaro em sessão pública de bajulação a Lula

    Visualizar notícia
    Kim e os soldados mortos na Ucrânia

    Kim e os soldados mortos na Ucrânia

    Visualizar notícia
    Mais um capítulo na briga entre Musk e Trump

    Mais um capítulo na briga entre Musk e Trump

    Visualizar notícia
    Não é a direita que vai ganhar a eleição de 2026

    Não é a direita que vai ganhar a eleição de 2026

    Visualizar notícia
    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Visualizar notícia
    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Argentina

    eleições na Argentina

    inflação

    < Notícia Anterior

    Israel ofereceu 37 incubadoras para hospital em Gaza

    14.11.2023 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    Tropas israelenses entregam incubadoras e alimentos ao hospital Al-Shifa, de Gaza

    15.11.2023 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Caio Mattos, De Buenos Aires

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)

    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)


    Notícias relacionadas

    Trump vai reformar a prisão de Alcatraz?

    Trump vai reformar a prisão de Alcatraz?

    Crusoé
    01.07.2025 17:30 2 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Crusoé
    01.07.2025 16:13 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Crusoé
    01.07.2025 16:00 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Proposta orçamentária criticada por Musk é aprovada no Senado

    Proposta orçamentária criticada por Musk é aprovada no Senado

    Crusoé
    01.07.2025 15:25 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Redação Brasília

    SAFS Quadra 02, Bloco 1,
    Ed. Alvoran Asa Sul. — Brasília (DF).
    CEP 70070-600

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso