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Deputados na Alesp buscam briga com a China

Desde o final de setembro, deputados estaduais paulistas, da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e mesmo da oposição, estão em uma guerra fria com a China. Isso porque parlamentares criaram a "Frente Parlamentar São Paulo & República da China (Taiwan)", em referência à ilha que o governo de Pequim não reconhece nem como...

Crusoé
3 minutos de leitura 11.11.2023 07:13 comentários 0
Alesp

Desde o final de setembro, deputados estaduais paulistas, da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e mesmo da oposição, estão em uma guerra fria com a China. Isso porque parlamentares criaram a "Frente Parlamentar São Paulo & República da China (Taiwan)", em referência à ilha que o governo de Pequim não reconhece nem como autônomo, nem como China.

O autor original da proposta de frente foi o deputado Gil Diniz (PL), que integra a base bolsonarista na Casa. Conhecido como "Carteiro Reaça",  o parlamentar coordena os trabalhos para aproximar o governo paulista de Taipei desde sua criação, no final de setembro.

No final de outubro, o consulado Pequim em São Paulo passou a abordar os parlamentares sobre o tema. Em uma carta encaminhada aos gabinetes, o Consulado-Geral da República Popular da China advertia que "certos deputados estaduais ignoraram a posição firme da China e forçaram a fundação" da frente.

"A China manifesta forte insatisfação e oposição", diz a carta, lida - e criticada em plenário. "A Alesp, como um órgão legislativo, oficial e importante, violou gravemente o 'princípio de uma só China', que governos de órgãos e poderes subnacionais vêm aderindo". A carta fala que a frente "magoa o sentimento do povo chinês e danifica gravemente os laços entre a China e São Paulo."

Nem mesmo a oposição recebeu bem a resposta de Pequim. "Em primeiro lugar, os deputados têm toda a liberdade, em seu mandato de apresentar propostas, inclusive de apresentação de frentes parlamentares", disse o deputado Reis (PT), durante discurso no final do mês passado. "Não cabe nenhum organismo internacional vir aqui questionar o pape dos deputados."

Gil Diniz chamou a carta de "mal-criada e ressentida" e um"ataque brutal" à Casa legislativa. "Eles já vieram na comissão me censurar por ter sentado à mesa com autoridades de Taiwan", afirmou. "Não vão conseguir."

Após o tranco diplomático, cinco parlamentares da oposição acabaram tirando seu apoio à frente. Porém outros oito parlamentares da base bolsonarista acabaram ratificando seu apoio após  carta, o que gerou um aumento da frente.

Hoje, a frente conta com 30 dos 94 parlamentares da base, incluindo um do PDT (Márcio Nakashima) e um do PT (Teonilho Barba, o vice-presidente da Casa). André do Prado, o presidente da Alesp, manteve-se neutro e, apesar de autorizar a criação da frente, e não integra o grupo.

Leia mais na Crusoé: A China está desacelerando. E agora é pra valer


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