Além do Mercosul-UE, bloco mira outros dois acordos
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria. Comércio Exterior e Serviços, comandado por Geraldo Alckmin, abriu nesta semana consultas públicas sobre "eventuais negociações comerciais" entre o Mercosul e os Emirados Árabes Unidos e a Índia. As manifestações, que podem ser enviadas pelos próximos 60 dias, devem guiar as negociações do bloco com os dois países. O Brasil...
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria. Comércio Exterior e Serviços, comandado por Geraldo Alckmin, abriu nesta semana consultas públicas sobre "eventuais negociações comerciais" entre o Mercosul e os Emirados Árabes Unidos e a Índia. As manifestações, que podem ser enviadas pelos próximos 60 dias, devem guiar as negociações do bloco com os dois países.
O Brasil tem, durante o segundo semestre deste ano, a presidência do bloco, que ainda conta com Paraguai, Uruguai e a Argentina. É premissa da presidência do bloco dar andamento a processos de negociação com parceiros do bloco.
Apesar disso, o investimento e o interesse no bloco, oficialmente fundado em 1991, vem diminuindo ao longo dos anos— seja por desinteresse do Brasil ou da Argentina, seus principais membros.
A eleição neste domingo na Argentina é também um teste de fogo para as nações do cone sul, já que Javier Milei, o candidato libertário que aparece como um dos favoritos à eleição, sugeriu retirar o país do bloco. Na prática, tal desembarque é improvável (ele precisa de uma decisão do Parlamento, que não apenas não se renova totalmente neste ano, como não deve embarcar em uma aventura desse porte). "O que pode acontecer é um desinvestimento em avanços no Mercosul, a novas propostas de integração regional", explicou Janina Onuki, professora do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP).
Apesar disso, apenas a existência de um governo Milei já coloca o Mercosul em ameaça de vida. "O problema do Mercosul não é uma saída da Argentina", afirmou Belen Amadeo, cientista política da Universidade de Buenos Aires. "O problema é a Argentina conseguir se dolarizar, como quer o Milei, e ainda sim permanecer no Mercosul". Só isso já seria derrota diplomática suficiente ao governo de Lula, que se elegeu buscando retomar um suposto papel de liderança global do país.
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