Por que ação terrestre em Gaza deve se tornar um pesadelo
Pressionado pela população, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu parece não ter outra opção a não ser entrar por terra, com tanques, blindados e soldados (foto), na Faixa de Gaza. Cerca de 300 mil reservistas foram convocados para a operação. Brigadas inteiras de blindados também foram colocadas em prontidão. Uma ação terrestre contra o grupo terrorista...
Pressionado pela população, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu parece não ter outra opção a não ser entrar por terra, com tanques, blindados e soldados (foto), na Faixa de Gaza. Cerca de 300 mil reservistas foram convocados para a operação. Brigadas inteiras de blindados também foram colocadas em prontidão.
Uma ação terrestre contra o grupo terrorista Hamas, contudo, tem sido evitada ao máximo, por expor a vida dos soldados israelenses.
A última vez em que uma incursão terrestre contra o Hamas ocorreu se deu em 2014, após o sequestro de três adolescentes israelenses na Cisjordânia. Com duração de sete semanas, essa foi foi a mais letal operação do lado israelense: 67 soldados e seis civis mortos, além de quase 500 soldados feridos. Do lado palestino, foram mais de 2 mil óbitos, sendo 70% civis.
"A guerra urbana é o pesadelo de qualquer força regular. Exige treinamento específico e uma quantidade enorme de homens. É preciso de quatro militares para cada inimigo, ou até oito para um", diz o analista militar Ricardo Cabral, do site História Militar em Debate.
Como a cidade está em ruínas, isso permite que os terroristas do Hamas preparem armadilhas e emboscadas, enterrando minas explosivas e posicionando franco-atiradores pelos prédios. "Com atiradores em lugares estratégicos, o Hamas poderá abater o primeiro homem que aparece em um grupo", diz Cabral.
Um componente novo, que não estava presente na incursão anterior, de 2014, são os mísseis antitanque e os lançadores de granadas, que podem abater helicópteros. "Essas armas foram adquiridas pelo Hamas principalmente após 2020, quando o grupo passou a contar com maior apoio do grupo terrorista libanês Hezbollah e da Guarda Revolucionária do Irã", diz Cabral. "Também é possível que armas que foram enviadas para a Ucrânia tenham ido parar no mercado negro, até serem compradas pelos palestinos."
Na tentativa de recuperar os 130 reféns que foram levados para a Faixa de Gaza, as Forças Armadas de Israel podem colocar uma quantidade muito maior de israelenses em um inferno com terroristas muito bem armados.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Renata
2023-10-11 10:22:48Vietnã 2.