Dodge pede a PF investigação unificada de ataques a celulares de procuradores
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge (foto), enviou nesta quarta-feira, 12, um ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pedindo que todas as investigações sobre ataques aos celulares de procuradores da República sejam unificadas. A medida foi tomada depois de vir à tona que até o celular do conselheiro Marcelo Weitzel, do Conselho Nacional...
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge (foto), enviou nesta quarta-feira, 12, um ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pedindo que todas as investigações sobre ataques aos celulares de procuradores da República sejam unificadas.
A medida foi tomada depois de vir à tona que até o celular do conselheiro Marcelo Weitzel, do Conselho Nacional do Ministério Público, foi alvo de ataque na noite desta terça-feira, 11, episódio que a procuradora-geral também pediu para ser investigado. Dodge ainda cobrou do diretor-geral da PF informações sobre o andamento das investigações que foram instauradas desde que os procuradores das forças-tarefa da Lava Jato em Curitiba e no Rio de Janeiro relataram os ataques, ainda em maio.
A PF tem ao menos quatro inquéritos em andamento sobre o tema, instaurados em Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, onde funcionam atualmente as principais forças-tarefa do Ministério Público Federal.
Os relatos dos ataques indicam um modus operandi semelhante, por meio do qual o hacker consegue acessar o aplicativo Telegram dos procuradores como se tivesse clonado o número do titular da conta. Os episódios começaram ainda em abril, e foram relatados à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República, que instaurou em maio um procedimento administrativo por meio da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação, para acompanhar os desdobramentos do caso, compartilhar informações com a polícia e reforçar a segurança dos membros do Ministério Público Federal.
Após os ataques, o site The Intercept Brasil divulgou no domingo, 9, trechos de supostas trocas de mensagens no Telegram entre o coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, e o ministro da Justiça, Sergio Moro, quando ainda era juiz, além de diálogos atribuídos aos próprios procuradores pelo aplicativo.
Em comunicado interno enviado aos procuradores, a secretaria informou que os ataques às estruturas do MPF são comuns, e pediu aos integrantes do órgão que redobrem a atenção, adotando procedimentos de checagens em duas etapas para acessar os aplicativos de mensagens como Telegram e Whatsapp. Também foi recomendado que os procuradores usem o software próprio desenvolvido pelo MPF para trocas de mensagens, o eSpace.
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Comentários (10)
Jeferson Miranda
2019-06-13 23:35:31Mesmo fim do caso cobra NAJILLA
CLAUDIO
2019-06-13 15:06:57A justiça brasileira está com as "calças abaixada", foi humilhada por essa organização criminosa. Qualquer pessoa pode deduzir que só prejudicados na Lava-Jato teriam motivos para gastar tanto esforço e recursos para Hackear e divulgar conversas que podem comprometer esta operação. A justiça tem que se unir e descobrir quem pagou por tudo isso, quem invadiu e quem planejou essa obscura operação. Urgente! E punir exemplarmente!
Quiet
2019-06-13 13:11:18A bela adormecida de quando em quando acorda kkk
Rômulo
2019-06-13 09:47:23🇧🇷 Quem mandou matar bolsonaro e quem financiou?
Mario
2019-06-13 09:30:30Quero saber quem invadiu e a pedido de quem
Jose
2019-06-13 09:20:21Estou....correndo de volta pra casa!!!A fila anda e precisamos de um procurador q realmente tenha respaldo.
Sophia
2019-06-13 08:01:34Ela deveria solicitar a suspensão da veiculação desses vazamentos otidos de forma ilegal!
Francisco
2019-06-13 07:12:15Isso é inadmissível, é caso para a ABIN.
Alvaro
2019-06-13 00:06:10O Brasil sofreu o maior terrorismo cibernético e a Procuradoria demora 48 horas para fazer algo?
Yves
2019-06-12 23:34:59Isso aí não se enquadra na lei de segurança nacional? Que absurdo divulgarem conversas privadas entre autoridades da área de segurança pública!