Inteligência artificial: uma ameaça à humanidade?
Na última semana, pesquisadores e executivos de tecnologia, incluindo o bilionário Elon Musk, assinaram uma carta aberta pedindo uma “pausa” de seis meses nas pesquisas sobre inteligências artificiais mais potentes do que o GPT-4, modelo da OpenAI (foto) lançado no mês passado. O documento argumenta que os sistemas de IA podem representar “riscos profundos para a sociedade e a...
Na última semana, pesquisadores e executivos de tecnologia, incluindo o bilionário Elon Musk, assinaram uma carta aberta pedindo uma “pausa” de seis meses nas pesquisas sobre inteligências artificiais mais potentes do que o GPT-4, modelo da OpenAI (foto) lançado no mês passado.
O documento argumenta que os sistemas de IA podem representar “riscos profundos para a sociedade e a humanidade” e solicita a suspensão dos estudos até que sejam estabelecidos sistemas de segurança com novas autoridades reguladoras, vigilância de sistemas de IA e técnicas que ajudem a distinguir o real e o artificial.
Para o CEO da MIT Technology Review, André Miceli, a carta serve como um alerta, já que o processo de geração de tecnologia de inteligência artificial por inteligência artificial é exponencial e ainda há poucos estudos sobre a relação entre tecnologias.
“É prudente que a gente pare para entender melhor onde nós estamos hoje, porque ninguém sabe exatamente o que vai acontecer com essa interação entre tecnologias”, afirmou.
Com um potencial de aplicação em quase todas as camadas da sociedade, a inteligência artificial exige dos governos uma imediata necessidade de regulação. Na Itália, as autoridades anunciaram na sexta-feira (31) o bloqueio do ChatGPT, acusando a IA de violar a privacidade de dados ao não dispor de um sistema de verificação de idade para usuários menores de idade.
Diante da dificuldade em controlar o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, Miceli acredita que a regulamentação deverá se concentrar no impacto gerado pela IA na sociedade.
“Eu entendo que o caminho é muito mais na direção do resultado gerado pela inteligência artificial do que da inteligência artificial em si. Ninguém vai conseguir regular a forma de desenvolver os algoritmos ou a construção de conhecimento, mas vão precisar avaliar o impacto de cada elemento desses na sociedade”, disse.
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Comentários (1)
Odete6
2023-04-02 01:10:03Novas "problemáticas" que demandam novas "solucionáticas" e regulamentação específica. Apenas isso. Bastando formular e cumprir a tempo para q os benefícios sejam sempre maiores do q as consequências dos riscos. De qualquer modo, as mudanças de paradígmas em nossas vidas já são irrefreáveis e é inexorável q progridam. Teremos que nos tornar também superhumanos para usufruir e não, ao contrário, nos deixarmos escravizar pela I.A.. Ironicamente, justamente ela é que nos fará evoluir nesse sentido.