PGR defende audiência de conciliação entre Bozzella e Eduardo Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República disse ao Supremo Tribunal Federal ser favorável à realização de uma audiência de conciliação entre os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Junior Bozzella (foto).

O número dois do órgão, Humberto Jacques, defendeu a medida em um processo em que o filho 03 do presidente acusa Bozzella de ter mentido ao afirmar que ele o atacou no Aeroporto Internacional de Congonhas, em São Paulo.

Eduardo moveu a queixa-crime contra Bozzella após, em entrevista a O Antagonista, o deputado afirmar que o '03' o "agrediu verbalmente" e "fez ameaças mais pesadas" na área de desembarque do aeroporto.

“Algumas pessoas que estavam no entorno ouviram algumas ameaças um pouco mais graves, nesse sentido de que se ele tivesse uma faca, alguma coisa, nessa direção, poderia me matar, enfim, eu particularmente não consegui detectar, eu estava olhando o celular na hora, e aí veio o dedo em riste e falou algumas outras palavras, algumas outras agressões, vocabulário que não vale nem a pena a gente reproduzir aqui para o seu espectador", narrou Bozzella.

A audiência de conciliação foi pedida pelo próprio Eduardo Bolsonaro. Ao se posicionar de forma favorável à medida, a PGR sublinhou que o Código Penal prevê que, antes de abrir o processo, "o juiz à partes oportunidade para se conciliarem". "Nesse contexto, registre-se que, em momento oportuno, posteriormente a fase prevista na norma mencionada — em não havendo conciliação —, haverá análise de mérito", emendou.

Em dezembro do ano passado, a defesa de Bozzella defendeu a rejeição da queixa-crime ou a absolvição sumária do deputado. Os advogados alegaram que imagens da Infraero comprovam o ataque e apontaram que, portanto, o deputado não deveria responder por calúnia.