Oposição aponta quebra de acordo e promulgação da PEC dos Precatórios gera divergência
Senadores de oposição apontaram uma quebra de acordo durante a sessão conjunta do Congresso Nacional para a promulgação de parte da PEC dos Precatórios. Lideranças partidárias do Senado aceitaram fatiar a publicação do texto para acelerar o pagamento do Auxílio Brasil de 400 reais, com a condição de que só haveria liberação de recursos para...
Senadores de oposição apontaram uma quebra de acordo durante a sessão conjunta do Congresso Nacional para a promulgação de parte da PEC dos Precatórios. Lideranças partidárias do Senado aceitaram fatiar a publicação do texto para acelerar o pagamento do Auxílio Brasil de 400 reais, com a condição de que só haveria liberação de recursos para programas sociais. Parlamentares argumentam que teria havido uma quebra de acordo e temem que o governo use parte do espaço fiscal liberado com a PEC para a realização de gastos eleitoreiros.
A senadora Simone Tebet, do MDB, foi a primeira a apontar a brecha para a realização de outras despesas, além do pagamento do Auxílio Brasil. “Nunca vi acordo de líderes não ser cumprido”, afirmou Tebet. A senadora do MDB lembrou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que as lideranças das siglas deram aval para uma negociação com o presidente da Câmara, Arthur Lira. “Vossa excelência teve carta branca da nossa parte para conversar com o presidente Lira e fatiar da forma como quisesse, desde que todo o espaço fiscal que estamos criando fosse para a seguridade social”, explicou Simone. Para ela, o acordo não foi cumprido e a decisão deixa "soltos" 50 bilhões de reais.
O senador Alessandro Vieira, do Cidadania, afirmou que houve uma tentativa de mudança no texto aprovado. “Não cabe em um ajuste redacional após a aprovação mudar o conteúdo do que foi votado no Senado, isso é muito grave. É necessário ter compreensão de que esse tipo de mudança gera impacto. A gente está falando da fome dos brasileiros, a gente tem que tratar esse assunto com o máximo cuidado”, justificou Vieira.
Rodrigo Pacheco justificou a promulgação fatiada e explicou que o Congresso tem pressa para liberar o pagamento do benefício social. “É preciso esclarecer e colocar a verdade em pratos limpos, todo nosso acordo para a promulgação dos textos comuns da Câmara e do Senado é pelo fato de que essa PEC é fundamental para dar a sustentação devida ao programa social. Se não fosse esse o motivo, talvez deixássemos para o ano que vem, com tempo necessário para haver amadurecimento do texto na Câmara”, argumentou o presidente do Senado, pouco antes da promulgação.
O senador Álvaro Dias, do Podemos, também demonstrou preocupação com o uso de parte dos recursos liberados para outras finalidades. “Temos a obrigação de respeitar a sociedade. O que se pretende é mais do que pagar o Auxílio Brasil, e sim realizar gastos aleatórios em ano eleitoral, gastos populistas, é isso que se deseja”, afirmou Dias.
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Comentários (4)
PAULO
2021-12-09 14:51:16Este tal de Rodrigo Pacheco é uma piada. Ou o Arthur Lira engabelou ele, ou ele fez um acordo eleitoreiro com o presidente da Câmara. Já usaram a pandemia para passar a boiada nas questões ambientais. Agora vão usar os miseráveis, para passar 50 bi. Os Maranhãozinhos da política já estão esfregando as mãos. Moro Presidente 🇧🇷
Maria
2021-12-09 10:38:09MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
JOSE
2021-12-08 22:51:22Por quê esses senhores maravilhosamente aquinhoados com emendas do relator fizeram até agora? Por quê não trabalharam antes sobre um programa descente para socorrer os necessitados? Esses caras fazem mal ao povo brasileiro.
MARCOS
2021-12-08 18:22:43SR. PACHECO, A VERDADE EM PRATOS LIMPOS É QUE VOCÊS VÃO METER A MÃO NESSA BOLADA E NADA DARÃO AOS POBRES. VOCÊ NÃO SERÁ REELEITO NEM PARA SÍNDICO .