Senadores governistas apresentam votos em separado contra relatório de Renan
Senadores que integram a base governista apresentaram votos em separado na sessão da CPI da Covid desta terça-feira, 26. Os parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro se manifestaram contra o relatório de Renan Calheiros, do MDB, sugeriram indiciamentos, criticaram os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito e saíram em defesa da atuação do governo federal...
Senadores que integram a base governista apresentaram votos em separado na sessão da CPI da Covid desta terça-feira, 26. Os parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro se manifestaram contra o relatório de Renan Calheiros, do MDB, sugeriram indiciamentos, criticaram os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito e saíram em defesa da atuação do governo federal durante o combate à pandemia.
O senador Eduardo Girão, do Podemos, que se apresenta como independente, voltou a criticar o colegiado por não investigar acusações de desvios de recursos nos estados e municípios. O parlamentar cearense, que frequentemente aponta supostas irregularidades na atuação do Consórcio Nordeste, apresentou voto em que pede o indiciamento de Carlos Gabas, secretário-executivo da autarquia interestadual.
“Como ignorar os desvios do Consórcio Nordeste e a compra de respiradores por lojas de produtos de maconha e de brinquedos?”, questionou. “A CPI não foi capaz de investigar as esferas estaduais e municipais, onde havia fortes indícios de corrupção”, acrescentou Eduardo Girão. No voto em separado, o parlamentar pede que a Procuradoria-Geral da República investigue a cúpula da CPI por suposta prevaricação.
O senador Marcos Rogério, do DEM, que lidera a tropa de choque do governo na comissão parlamentar de inquérito, defendeu a atuação da União durante a pandemia. “O governo adotou todas as medidas de sua competência e responsabilidade. Não podemos ser acusados de omissão”, disse Rogério.
O senador também justificou a defesa de remédios ineficazes, como a cloroquina, que Marcos Rogério chamou de “tratamento imediato”. “Há inúmeros medicamentos sendo testados para o tratamento da Covid, e, apesar de não haver conclusões, a administração essas substâncias deve ser analisada caso a caso, com base na autonomia médica”, disse o governista.
O senador Luís Carlos Heinze, do Progressistas, criticou a CPI da Covid e defendeu a cloroquina, como fez em todas as sessões da comissão parlamentar de inquérito. “Lamento pelas mortes e danos causados pela pandemia, mas o povo esperava da CPI algo diferente”, disse Heinze. “Nada se falou sobre a origem da Covid, pode ter aspecto de bioterrorismo”, acrescentou o senador, que se notabilizou pela defesa de remédios ineficazes. Heinze afirmou que a CPI foi uma “tentativa grosseira de derrubar o presidente da República” e se “comportou como uma delegacia de polícia da ditadura”.
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Comentários (3)
Mariella
2021-10-27 00:18:04Esses traidotes da nação que defendem um genocida sádico, corrupto e miliciano, não passarão. Assim, como os outros do centrão, que lhe dão sustentação. Que esperem o próximo pleito.
PAULO
2021-10-26 17:53:41A CPI feriu o Bolsonaro de morte. MAS QUEM DISPAROU A BALA MORTAL FOI NADA MAIS, NADA MENOS, QUE UM SENADOR BOLSONARISTA ENRUSTIDO, EDUARDO GIRÃO. "Bolsonaro fez isso..." "Bolsonaro fez aquilo..." o imbecil defendendo o sociopata. Mas então vem a mortal fala: "BOLSONARO NÃO TEM COMPAIXÃO." Se para um indivíduo comum, isso é contundente, para um presidente, ISSO É MORTAL. Um ser humano sem compaixão, não é um ser humano, é um animal. E nisso concordo com o Girão, BOLSONARO É UM PORCO CHAUVINISTA.
Heraldo Marques Figueiredo
2021-10-26 14:59:57Com essa alegação de bioterrorismo esse senadorzinho, Heinze, merece o trofeu cap Clorô de ciências.