Renée
Quando eu tinha 18 anos, apaixonei-me por Renée. Não poderia haver amor mais platônico. Desde a primeira visão que tive dela, era como se Renée levitasse no ar — e, nessa sua leveza sem gravidade, anulasse também todo o peso do mundo. Quando me afastava de Renée, tudo voltava a ter peso, mas essa volta...
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Quando eu tinha 18 anos, apaixonei-me por Renée. Não poderia haver amor mais platônico. Desde a primeira visão que tive dela, era como se Renée levitasse no ar — e, nessa sua leveza sem gravidade, anulasse também todo o peso do mundo. Quando me afastava de Renée, tudo voltava a ter peso, mas essa volta era lenta e, por breve momento, mais suportável aos meus ombros de rapaz que saía da adolescência. Foi um amor que durou três anos. Até que a sua leveza já não era mais suficiente para me despregar do chão. Despedi-me, prometendo voltar, mas foi mais uma promessa que não consegui manter, a primeira de tantas outras.
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Comentários (10)
Clarice
2021-09-27 08:51:46Mário Sabino só por ti continuo com o Crusoe! Vc vale a assinatura ! És um ser humano precioso! Alguém para se ler neste tumulto horroroso ! Obrigada 🙏
JOSE ELIAS DOS SANTOS PINHEIRO
2021-09-16 05:02:15O meu foi e é por Lúcia, uma aluna da minha sala de aula, nos primórdios dos meus anos escolares... não esqueço um só dia sua beleza, seus olhos verdes e sua voz rouca. Hoje em dia não a veria assim tão bela...mas aos meus olhos juvenis da época sim... Lúcia foi e é a minha Rennée.
Mila
2021-09-08 19:54:34MÁRIO A SUA SENSIBILIDADE O LEVOU A DESCREVER O QUADRO COM UMA PRECISÃO ABSOLUTA DE UMA PESSOA ENCANTADA POR UMA FIGURA CUJA EXISTENCIA É MONTRADA FIELMENTE POR UN EXCELENTE PINTOR--COMO O BRILHO DOS OLHOS EMEDITOS-FAS PELAS LÁFRIMAS CONTIDAS
Mila
2021-09-08 17:23:05A ESSÊNCIA É SÓ TERNURA DE UM MENINO NA FLOR DA PUREZA DA INOCÊNCIA.
Carla
2021-09-07 12:53:39A Arte nos salva, Mário. Belo texto!
Georg
2021-09-06 15:03:01Delicia de relato de um amor adolescente.
Maria
2021-09-06 08:39:03Fico honrada com a coincidência de nossos amores. O meu foi e é pelo pai de sua Renée.
AMAURI JOSE JUNQUEIRA
2021-09-05 21:18:15Fantástico. Que excelente leitura para meu fim de noite. Obrigado
MARCO ANTONIO PEREIRA
2021-09-05 19:46:51Uau Mário! Talvez algo se assemelhe entre o artista atual Felipe Góes e o expressionista, onde por vezes vemos a melancolia e a tristeza dos seus tempos, que agrediram e que ainda agridem os que querem só viver em paz, provocando esses sentimentos solitários. Entre os solilóquios, retratam nas telas seus recônditos sentimentos. O longo pescoço de Reneé, ora, é para dar uma esticadinha e olhar o que se passa na avenida nesse 7 de setembro. Verá muita estupidez! A ver como Felipe as registrará...
MARCO ANTONIO PEREIRA
2021-09-05 19:22:13Mário tem outra forma de entender Amedeu. Eu ainda preciso me concentrar mais nesse italiano de Paris, cuja maioria de suas obras mostram as cabeça sempre pendendo de um lado. Reneé não, muito embora não tenha ficado sem seu pescoço "agirafado" característico da maioria das obras. Ainda me encontro debruçado a entender as obras de Felipe Góes, cujas paisagens imaginárias, são como se resultassem de visões esquecidas que vão se dissolvendo na memória e que o artista quer mostrá-las como estão.