Adriano Machado/Crusoé

Na mira de denúncias, Bolsonaro recebe nesta quinta lista tríplice para a PGR

01.07.21 10:06

Alvo de uma queixa-crime por prevaricação e com o governo na mira de denúncias de corrupção, Jair Bolsonaro vai se reunir nesta quinta-feira, 1º, com o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Ubiratan Cazetta. O representante dos procuradores vai entregar ao chefe do Planalto a lista tríplice formada pela categoria com indicações para o cargo de procurador-geral da República.

Assim como fez em 2019, Bolsonaro deve desprezar a lista preparada pela ANPR e escolher um nome de sua confiança. Há dois anos, o presidente indicou Augusto Aras para o cargo, com a intenção de blindar o filho 01, o senador Flávio Bolsonaro, à época já investigado por um esquema de rachid na Assembleia Legislativa do Rio. Agora, além de Flávio, o próprio Jair Bolsonaro está preocupado com investigações da Polícia Federal e do Ministério Público.

O capitão da reserva é acusado de prevaricação porque, em março, recebeu do deputado Luís Miranda, do DEM, informações sobre um caso de corrupção no Ministério da Saúde. Não há informações de que o presidente tenha encaminhado o caso à PF. Só agora, depois que as denúncias vieram à tona, a corporação abriu inquérito para apurar possíveis irregularidades nas negociações entre o governo e a Precisa Medicamentos, representante comercial da Covaxin no Brasil.

A lista tríplice da ANPR foi formada a partir de uma eleição realizada entre procuradores no dia 22 de junho. Com 647 votos, a subprocuradora-geral Luiza Frischeisen ficou em primeiro lugar na votação. O segundo colocado foi o subprocurador-geral Mario Bonsaglia, com 636 votos, seguido por Nicolao Dino, com 587 votos. A expectativa é que Bolsonaro reconduza o atual PGR, Augusto Aras, para mais um biênio à frente do Ministério Público.

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