Prisão de Paulo Preto não desrespeitou Gilmar, diz juíza

Em um ofício enviado nesta quarta-feira, 6, ao Supremo Tribunal Federal, a juíza federal Gabriela Hardt (foto) afirmou que não desrespeitou nenhuma decisão do ministro Gilmar Mendes ao determinar a prisão do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, em 19 de fevereiro.

O ofício foi enviado a pedido do ministro, relator de um pedido de liberdade em que a defesa de Paulo Preto alega que a juíza descumpriu decisão anterior de Mendes, que determinou a soltura do ex-diretor no ano passado. Ela ocupou temporariamente a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas ações da Lava Jato, entre a saída do ministro da Justiça, Sergio Moro, e a posse do seu substituto titular, Luiz Bonat, que assume a vara a partir de hoje.

No documento, Gabriela afirmou que Paulo Preto é investigado na Lava Jato como suposto operador financeiro em um esquema da Odebrecht para pagar políticos e agentes públicos que eram ligados à Petrobras. Segundo a juíza, os fatos não têm ligação com os supostos recebimentos de propina na Dersa, acusações que o ex-diretor responde em liberdade devido ao habeas corpus concedido por Gilmar.