Quem são os novos comandantes das Forças Armadas
O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, apresentou ao país na noite desta quarta-feira, 31, os novos comandantes das Forças Armadas em um célere discurso, com destaques à atuação dos militares no combate à pandemia e sinalizações de respeito às liberdades democráticas. Escolhidos para a chefia do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, o general Paulo...
O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, apresentou ao país na noite desta quarta-feira, 31, os novos comandantes das Forças Armadas em um célere discurso, com destaques à atuação dos militares no combate à pandemia e sinalizações de respeito às liberdades democráticas.
Escolhidos para a chefia do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, o general Paulo Sérgio Nogueira; o almirante de esquadra Almir Garnier Santos e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior contam com o respeito dos subordinados e têm bom trânsito nas Forças.
Confira os perfis:
Exército
Escolhido Comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira é defensor das medidas sanitárias e do distanciamento social como forma de enfrentamento à pandemia. No último domingo, 28, ele chegou a ser criticado por bolsonaristas por defender, em entrevista ao Correio Braziliense, o uso de máscaras, álcool em gel e a adoção de protocolos restritivos nos quartéis e fora deles.
Segundo o general, o próprio Exército entrou numa espécie de lockdown, em que integrantes de grupos de risco foram enviados para home office e cerimônias militares acabaram suspensas em todos os quartéis. O posicionamento do general contraria atitudes do governo e do presidente Jair Bolsonaro, que tardou em começar a usar máscaras em público e nunca se demonstrou afeito a medidas de distanciamento. Ao contrário do general, a ala bolsonarista mais radical defende que o Exército atue nos estados contra medidas de restrição de circulação tomadas por governadores.
O currículo do novo comandante do Exército é bem visto pelos colegas de farda. Até então, ele era chefe da área de recursos humanos da Força, com remuneração mensal bruta de 31,7 mil reais. Paulo Sérgio já comandou o 10º Batalhão de Infantaria, em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Como coronel, atuou como Adido de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutico junto à Embaixada do Brasil no México.
Nascido em 28 de agosto de 1958, na cidade de Iguatu, município cearense, foi incorporado às fileiras do Exército em 4 de abril de 1974, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, onde concluiu o curso em 1976. Ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977, tendo sido declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria em 15 de dezembro de 1980. Tem formação em diversos cursos dentro das Forças Armadas, dentre os quais o de Altos Estudos Militares e de Operações na Selva Categoria “A” .
Marinha
Na Marinha, assume o almirante Almir Garnier Santos, de 60 anos, que ocupava a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa desde o início da gestão do ex-ministro Fernando Azevedo e Silva, em janeiro de 2019. Na pasta, o militar também passou pelos governos Lula, Dilma Rousseff e de Michel Temer -- neste último, atuou por mais de dois anos como assessor especial militar dos ministros Celso Amorim, Jaques Wagner, Aldo Rebelo e Raul Jungmann.
Garnier, natural de Cascadura, no Rio de Janeiro, tem longa relação com a Marinha e possui grande identificação com a Força. Orgulha-se de ter figurado sempre entre os primeiros lugares nas turmas pelas quais passou, inclusive no curso de Estado-Maior para oficiais superiores. Ao todo, ele acumula mais de 950 dias em missões no mar. Antes de ascender na hierarquia do Ministério da Defesa, foi comandante do Segundo Distrito Naval, na Bahia.
Além de um mestrado concluído nos Estados Unidos, o militar tem MBA em Gestão Internacional pela UFRJ e concluiu com menção honrosa o curso de Política e Estratégia Marítima da Escola de Guerra Naval.
Aeronáutica
Para a Aeronáutica, o escolhido de Braga Netto é o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, um nome mais associado ao bolsonarismo. Carioca, o militar entrou na Força Aérea Brasileira em 1975 e, desde então, completou todos os cursos da carreira.
Há pouco mais de um ano, o brigadeiro assumiu o Comando Geral de Apoio da Aeronáutica, depois de passar pelo comando de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa e pela vice-chefia do Estado-Maior da Aeronáutica. Segundo a FAB, Baptista Júnior tem cerca de 4 mil horas de voo, das quais 2,2 mil horas em aeronaves de caça, além de 24 condecorações nacionais.
Ao contrário da maioria dos colegas, o novo comandante da Aeronáutica é ativo nas redes sociais. No Twitter, apesar dos alertas de que suas republicações “não significam endosso”, o brigadeiro ganhou fama de alinhado ao governo por conta de seu comportamento.
O brigadeiro com frequência retuita mensagens de expoentes do bolsonarismo, como a deputada federal Bia Kicis, do PSL, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. “Não há afro-brasileiros no Brasil, há somente brasileiros”, afirmou Camargo em uma das mensagens retransmitidas pelo militar.
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Comentários (6)
Geraldo Rodrigues Silva Junior
2021-04-01 11:20:57O que se vê no currículo desse povo é que ninguém nunca trabalhou, nunca passou perto de um pobre ou de uma favela, só gente bem nascida que não conhece pobreza, procurar emprego, pagar aluguel. A ironia é que são os pobres, desempregados, a infância perdida e a viúva sem pensão que pagam o soldo, auxílio moradia, alimentação reforçada (e superfaturada), pensão especial e até as medalhas e cuecas que o bando usa. E o que eles devolvem a nação? Proteção de fronteiras e das florestas? Nem isso.
Francisco
2021-04-01 05:49:56Currículos fracos.
maria s.q.escoda
2021-03-31 19:16:53Enquadrem esse subversivo ou enlouquece a Nação.
MARCOS
2021-03-31 19:10:11Todo esse movimento, são manobras diversionistas para tentar tirar o foco sobre esses 322.000 mortos pela Covid-19, que era uma gripezinha. Quanta irresponsabilidade com a vida dos brasileiros!
Lafaiete
2021-03-31 18:58:09Vííííixxxxxeeeee!
Jose
2021-03-31 18:51:19O que esta mudança significa para a sofrida população brasileira? Absolutamente nada! Saiu um grupo bozista e entrou outro grupo bozista. Enquanto o Bozo não sair, não haverá prosperidade neste país tropical abandonado por Deus!