Caso citado por Fachin em decisão pró-Lula está há 5 anos sem sentença em SP
Mencionado pelo ministro Edson Fachin como o primeiro precedente do Supremo Tribunal Federal que limitou a atuação da 13ª Vara Federal de Curitiba a casos conexos com o escândalo da Petrobras, o processo envolvendo um suposto esquema de fraudes no Ministério do Planejamento na gestão do petista Paulo Bernardo (foto) está há mais de cinco...
Mencionado pelo ministro Edson Fachin como o primeiro precedente do Supremo Tribunal Federal que limitou a atuação da 13ª Vara Federal de Curitiba a casos conexos com o escândalo da Petrobras, o processo envolvendo um suposto esquema de fraudes no Ministério do Planejamento na gestão do petista Paulo Bernardo (foto) está há mais de cinco anos sem ser sentenciado na Justiça Federal de São Paulo.
Fachin citou o caso para embasar a decisão monocrática de segunda-feira, 8, na qual anulou todas as decisões da 13ª Vara Federal de Curitiba relacionadas aos processos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato. O argumento utilizado pelo ministro foi o de que não havia nos autos prova de conexão dos crimes envolvendo as reformas no tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia e as doações feitas ao Instituto Lula pelas empreiteiras OAS e Odebrecht com dinheiro desviado da Petrobras.
O caso mencionado por Fachin foi aberto pela força-tarefa da Lava Jato de Curitiba em 2015 e enviado posteriormente ao STF porque envolvia a então senadora e hoje deputada petista Gleisi Hoffmann, que tem foro privilegiado no Supremo. Em setembro daquele ano, contudo, o plenário da corte decidiu desmembrar o inquérito, enviando para a primeiro instância a investigação sobre os suspeitos que não detinham foro, como o ex-ministro petista.
Na ocasião, os ministros debateram se o inquérito deveria voltar para Curitiba, onde ele teve início a partir de uma delação premiada homologada pelo então juiz Sergio Moro, ou se seria enviado para São Paulo, onde teria ocorrido a maior parte dos crimes investigados. Venceu a tese de enviar o processo para a Justiça Federal de São Paulo, a partir do voto do ministro Dias Toffoli.
Curiosamente, o ministro Gilmar Mendes, hoje detrator de Moro e da Lava Jato, divergiu de Toffoli e votou para enviar o caso de volta à 13ª Vara Federal de Curitiba, apontando conexão com a Lava Jato. "Trata-se de uma mesma organização criminosa, com os mesmos métodos de atuação", disse Gilmar naquele julgamento.
O caso, então, foi distribuído à 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, que recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público Federal em agosto de 2016 contra o ex-ministro Paulo Bernardo e outros 12 investigados na operação batizada como Custo Brasil, entre eles o ex-tesoureiro petista João Vaccari e executivos da empresa Consist, acusados de desviarem 102 milhões de reais.
Passados mais de cinco anos desde que o caso foi enviado pelo STF para a Justiça Federal de São Paulo, e mais de quatro anos da apresentação da primeira denúncia, o caso da Custo Brasil está ainda em fase final de instrução, sem nenhuma sentença proferida, seja condenando ou absolvendo os réus.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
CLAUDEMIR
2021-03-11 10:46:47O STF virou casa da mãe Joana. Sempre "jogam" para o lado que o vento assopra. É a Lei do mercado, que tem mais cacife dá as cartas. É o poder absolutista de capa preta, passando por cima de outras instância jurídicas e sobretudo utilizando "provas" criminosas para seus votos ensaboados!
Ana
2021-03-11 03:46:48Brasil não tem justiça nenhuma...triste!
NELIA
2021-03-11 00:31:30os processos contra o Lula terão o mesmo destino do Processos contra o Paulo Bernardes que roubava os velhinhos que pediam empréstimo consignado. só que os do Lula não precisam ficar tanto tempo na gaveta, vão prescrever antes
MARIA
2021-03-10 21:29:49Não tem mais solução. O STF confessou ser incompetente!!! Analisou processos por 7 anos, gastando bilhões dos cofres públicos, mas não percebeu problemas na origem dos processos. Ah! E tem outro que usa provas roubadas por hackers, sem nenhuma perícia, que prove que não foram manipuladas, tentando incriminar um juiz. Se eles estão falando que são incompetentes, quem sou eu para duvidar. Ah!Tem um outro que confessou participar do roubo de um processo e pediu aplausos. Não deve saber é crime.
Marina
2021-03-10 16:49:30Essa Justiça inoperante e instável colabora enormemente com o custo Brasil.
Magda
2021-03-10 14:01:21Pelo jeito o processo vai continuar engavetado. PAULO BERNARDO, o Homem-Bomba da Política Petista, Chifrudo-Mor da Nação, ex-sócio (de roubo e de cama) do ex-vereador petista q roubou dinheiro dos aposentados, ex-marido da ex-senadora q virou ex-AMANTE (daí o apelido) desse mesmo ex-vereador (condenado) e atual namorada do tb ex-senador petista, "rebaixado" a vereador, disse q se fosse preso muita gente grande iria com ele, inclusive Lula e seu filho. Leia em www.bemparana.com.br #AbreOBicoPAULO
Mc
2021-03-10 12:46:48STF além de não condenar ninguém ainda atrapalha quem está tentando fazer alguma coisa pela justiça.
Luiz
2021-03-10 11:52:18Esse era um caso da OAB e CNJ cobrar andamento do processo.
Roberto
2021-03-10 11:46:45LIBERDADE PARA SÉRGIO CABRAL
PAULO
2021-03-10 11:45:36As putas bem pagas do STF, esses caquéticos que emporcalham o nosso Brasil, q precisam escrever um livro para dar 1 voto cretino, comprou uma briga com a GERAÇÃO LAVA JATO. Orwell pensou num Grande Irmão centralizador, mas o poder tbém está na massa, nos "neooprimidos" com uma abordagem horizontalizada, com olhos em todos os lugares: 1 garçom, 1 arrumadeira, 1 empregada doméstica, 1 instalador de antena, 1 hacker, pode ser 1 "neooprimido". Qdo mensagens hackeadas viram prova, o jogo fica bruto.