Senado adia para quinta-feira votação da PEC Emergencial em segundo turno
Sob o comando de Rodrigo Pacheco (foto), o Senado adiou para esta quinta-feira, 4, a votação, em segundo turno, da PEC Emergencial, cujo texto livra o governo federal das amarras fiscais no pagamento da nova rodada do auxílio emergencial e, como contrapartida, estabelece gatilhos para o controle das despesas públicas. A sessão semipresencial foi marcada...
Sob o comando de Rodrigo Pacheco (foto), o Senado adiou para esta quinta-feira, 4, a votação, em segundo turno, da PEC Emergencial, cujo texto livra o governo federal das amarras fiscais no pagamento da nova rodada do auxílio emergencial e, como contrapartida, estabelece gatilhos para o controle das despesas públicas. A sessão semipresencial foi marcada para as 11 horas.
Mais cedo, os senadores avalizaram, em primeiro turno, a matéria, de autoria do Executivo, no formato proposto pelo relator, Márcio Bittar. Pelas regras, o governo Jair Bolsonaro poderá gastar 44 bilhões de reais com o auxílio emergencial em 2021. O valor ficará fora da apuração da meta de resultado primário, do teto de gastos e da regra de ouro.
Para que o dinheiro, de fato, chegue ao bolso do brasileiro, a PEC ainda tem de passar pelo segundo turno no Senado, pelo crivo da Câmara e, depois, ser promulgada pelo Congresso. Além disso, o governo precisa editar uma medida provisória com as regras do pagamento. De acordo com o presidente, o benefício será pago entre março e junho, com parcelas de 250 reais. O Ministério da Economia ainda não anunciou quantas pessoas terão direito ao auxílio.
Na ponta do ajuste fiscal, para evitar a ampliação do endividamento público, a PEC prevê a adoção de medidas para frear os gastos. No âmbito de estados e municípios, quando as despesas corresponderem a 95% das receitas correntes, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Defensoria Pública dos entes poderão acionar travas.
As medidas permitidas incluem a proibição à concessão de reajustes, ao aumento de auxílios, vantagens, bônus e abono, à criação de cargos e à realização de concursos, exceto para suprir vacâncias, por exemplo. No caso da União, se o percentual for observado, os gatilhos são acionados de forma automática e obrigatória.
A matéria também prevê que o presidente Jair Bolsonaro encaminhe ao Congresso Nacional, em até seis meses após a promulgação da PEC, ações para reduzir gradualmente programas de “incentivos e benefícios federais de natureza tributária”.
O Senado chegou a discutir o fatiamento da PEC, para que a brecha para o auxílio e as travas fiscais fossem analisadas em votações distintas. A manobra capitaneada por parlamentares independentes e de oposição, no entanto, acabou barrada por 49 votos a 25.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
Sergio
2021-03-04 08:29:37esses nossos políticos quando é para aprovar coisas que beneficiam eles é rápido trabalham até a noite, quando é para o povo tem uma demora interminável.
Claudio
2021-03-04 07:59:55Desta vez quase quebramos ! Foi por 1 trizz !!! .... aguardando a proxima no dedao!!! Com Bozo é assim / 1 no prego ; 3 no dedao