Baixas na equipe de Guedes: Salim Mattar e Paulo Uebel pedem demissão
A equipe comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, sofreu novas baixas. Os secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar (foto), e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pediram demissão. Guedes viu as saídas como uma "debandada". Em coletiva de imprensa na noite desta terça-feira, 11, após reunião com o presidente da...
A equipe comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, sofreu novas baixas. Os secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar (foto), e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pediram demissão. Guedes viu as saídas como uma "debandada".
Em coletiva de imprensa na noite desta terça-feira, 11, após reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o ministro afirmou que Mattar desembarca do governo em um sinal "de insatisfação com o ritmo das privatizações".
"Ele me disse que é muito difícil privatizar. Que o establishment não deixa haver privatização. Que é tudo muito difícil, muito emperrado, que tem que ter um apoio mais definido, mais decisivo", declarou.
Em tom crítico, o chefe da equipe econômica contou sua resposta ao secretário. "Para fazer a reforma da Previdência, cada um de nós teve de lutar. Para fazer a cessão onerosa, cada um de nós teve de lutar. Para privatizar, cada um de nós tem de lutar. Não adianta esperar ajuda do papai do céu", relatou.
De acordo com Guedes, na lista das próximas privatizações, estão Eletrobras, PPSA, Correios e Docas de Santos. Ele, contudo, não estabeleceu um prazo para o início dos processos.
No caso de Uebel, o aborrecimento foi com os sequenciais adiamentos do envio ao Congresso da reforma administrativa. "Reforma administrativa está parada. Então ele reclama também", pontuou.
Ao justificar os atrasos, Guedes repetiu o mantra de que "quem dá o timing das reformas é a política". "Quem tem voto é a política. Se o presidente da Câmara quiser pautar algo, é pautado. Se não quiser, não é pautado. Se o presidente da República quiser mandar alguma reforma, ela é mandada. Se ele não quiser, ela não é mandada. Quem manda não é o ministro. Quem manda não é o secretário", completou.
Agora, são, ao todo, cinco baixas. Antes de Mattar e Uebel, Mansueto Almeida deixou o Tesouro Nacional; Caio Megale saiu da Diretoria de Programas da Secretaria Especial da Fazenda; e Rubem Novaes renunciou à presidência do Banco do Brasil.
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Comentários (10)
Maria
2020-08-12 13:01:48Fora todos eles! Genocias e Guedes: FORA! Brasil tem de ficar livre também daqueles do Congresso que travam a modernização e desenvolvimento do país, e também de parte do STF.
Lenora
2020-08-12 10:54:58Acabando o governo. O ULTIMO que apague a luz. Toffoli venceu. Lula voltou. O país na uti.
Emariano
2020-08-12 10:37:14Gostaria que nas reportagens sobre o Ministério da Economia se abordassem o sobre a correção da tabela do imposto de renda, não efetuada desde a gestão do governo da ex presidenta Dilma Roussef
arnildo
2020-08-12 10:01:37Se Paulo Guedes tivesse a hombridade que teve Sérgio Moro já teria saído desse desgoverno.
Magda
2020-08-12 07:03:13Talvez sigamos assim como estamos em tudo: à deriva sem um capitão digno desse barco. Bolsonaro é tão falastrão que não há nada mais a dizer
Ubaldo
2020-08-12 02:05:17Comentários ridículos, pois o próprio Salim dia atrás na JovemPan, se dizia orgulhoso de estar no Governo.
Ney
2020-08-12 00:51:49O país está à deriva
Alberto
2020-08-12 00:45:15Alberto (Belem-Pa). O Brasil gasta 13,7 % do PIB com pessoal do setor público (federal, estadual e municipal) e mesmo assim J. Bolsonaro que não tem nada de estadista mas sim de populista e oportunista deixou a Reforma Administrativa para 2021. Bolsonaro só pensa em reeleição e quer dinheiro para gastar e se cacifar para a eleição de 2022. Porém Guedes não está inclinado a dar um jeitinho para Bolsonaro cometer tal desatino. Não restará outra opção a Guedes a não ser deixar esse (des)governo.
Carlos
2020-08-11 22:10:00Tudo a seu tempo. Os fracos vão para casa.
Jose
2020-08-11 22:08:11O Guedes deu o recado hoje para o Bozo. Gastar mais do que aprovado dá impeachment. Vocês entenderam agora o que está acontecendo?