Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) implementaram uma nova tecnologia destinada a detectar nitrito de sódio, um conservante ilegal em bebidas no Brasil.
Esse dispositivo, um sensor, detecta o aditivo em produtos como água mineral, suco de laranja e vinho. Desenvolver tal tecnologia é fundamental devido aos riscos à saúde associados ao consumo inadvertido desse composto.
Um avanço na detecção
O sensor foi estrategicamente feito a partir de cortiça, comum em rolhas de vinho, e transformado em material condutor por meio de gravação a laser.
Esse método inovador elimina o uso de reagentes químicos prejudiciais, resultando em uma solução de detecção prática e econômica. A cortiça gravada a laser forma caminhos elétricos condutores essenciais para o funcionamento do dispositivo.
O funcionamento do sensor envolve a diluição das bebidas em solução eletrolítica, assegurando a identificação do nitrito de sódio em níveis potencialmente nocivos.
A importância da detecção
No Brasil, a legislação proíbe o uso de nitrito de sódio em bebidas. Quando presente, ele pode se transformar em nitrosaminas, compostos comprovadamente cancerígenos.
Esse risco realça a importância da tecnologia para garantir a segurança alimentar, oferecendo uma ferramenta de fiscalização acessível e eficaz. A necessidade de avançar na detecção de aditivos indesejáveis em alimentos mostra-se essencial para a saúde pública e segurança do consumidor.
Este sensor, portanto, representa um marco no controle de qualidade, especialmente num mercado diversificado como o brasileiro.
Implementação
Embora os testes já tenham evidenciado resultados promissores, o sensor ainda precisa de ajustes para uso industrial. A equipe da UFSCar concentra esforços em validação laboratorial, aprimorando o design e preparando o dispositivo para aplicações no mercado.
O desenvolvimento contínuo dessa tecnologia não é apenas uma conquista científica, mas pode também redefinir práticas de fiscalização no país.
Espera-se que, com suporte adequado e mais testes, o sensor seja adotado, contribuindo para padrões de segurança mais rigorosos.




