Descoberto no começo de julho, o cometa 3I/ATLAS chamou a atenção de agências espaciais de todo o mundo não só por conta de suas excentricidades, mas também por ser o mais recente visitante interestelar a passar pela Via Láctea.
E a soma destes fatores com a possibilidade do corpo celeste se aproximar da Terra começou a causar pânico em muitas pessoas, que passaram a temer um suposto “poder destrutivo” do 3I/ATLAS.
De fato, se comparado a outros cometas que passaram pelo Sistema Solar, o 3I/ATLAS é o que fará a passagem mais próxima ao planeta. Entretanto, isso não significa que ele seja perigoso.
Afinal, de acordo com especialistas, sua passagem ocorrerá a uma distância segura, sem representar ameaça a nenhum planeta. Desta forma, as teorias sobre um possível impacto ou destruição não passam de especulações sem respaldo científico.
Inclusive, em entrevista ao Agora CNN, o astrônomo Emerson Roberto Perez afirmou que, durante sua aproximação do ponto mais próximo da Terra, o 3I/ATLAS manterá uma distância segura de 1,8 unidades astronômicas (270 milhões de quilômetros), apresentando riscos nulos.
Será possível ver o 3I/ATLAS? Cometa segue sua trajetória
No dia 30 de outubro, o 3I/ATLAS atingiu seu ponto mais próximo do Sol, perto da órbita de Marte, e agora segue em sua trajetória para a constelação de Gêmeos.
De acordo com as estimativas científicas, o cometa fará sua passagem próxima à Terra a partir do dia 19 de dezembro, mas por conta da baixa luminosidade e da distância, não poderá ser observado a olho nu.
Neste caso, será necessário recorrer ao portal de agências espaciais que estão monitorando a trajetória do corpo celeste, como a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) para acompanhar a passagem.
Em algum momento de 2026, o 3I/ATLAS deverá deixar o Sistema Solar e seguir novamente rumo ao espaço interestelar, onde provavelmente permanecerá fora de alcance por um longo período.




