Um feito notável para a conservação da vida selvagem ocorreu recentemente. O fotógrafo espanhol Ángel Hidalgo capturou uma imagem inédita de um lince-ibérico completamente branco. O registro aconteceu na serra da província de Jaén, sul da Espanha, após meses de monitoramento.
O lince-ibérico é uma das espécies de felinos mais ameaçadas, com uma população de cerca de 2.400 indivíduos na Península Ibérica.
Hidalgo, conhecido por documentar a vida selvagem da Península Ibérica, utilizou câmeras de observação para procurar o animal, apelidado de “fantasma branco” por habitantes locais.
Normalmente, o lince-ibérico tem pelagem castanha ou amarelada com manchas escuras. No entanto, o fenômeno observado deve-se ao leucismo, uma condição genética que causa despigmentação parcial ou total da pelagem sem afetar os olhos, ao contrário do albinismo.
O valor científico do “fantasma branco”
A presença deste lince-ibérico branco é cientificamente valiosa. A condição que deixa a pelagem branca é rara entre os linces, aumentando o interesse pelo estudo científico deste exemplar.
Já existem esforços bem-sucedidos para aumentar a população da espécie, mas a diversidade genética permanece uma prioridade. Para o futuro, dados obtidos deste “fantasma branco” podem moldar estratégias de conservação mais eficazes.
Conhecida e famosa
A lince fotografada é uma fêmea denominada Satureja, já conhecida nos programas de recuperação da espécie na Andaluzia. Ela agora simboliza os esforços de conservação contínuos na região.
Apesar das preocupações iniciais, Satureja exibe comportamento normal, alimenta-se e se reproduz, garantindo sua capacidade de sobrevivência.
Nova direção para a conservação
O lince-ibérico simboliza não apenas um sucesso de conservação, mas também continua sob risco. Identificar e estudar uma ocorrência como essa pode guiar novas direções de estudo genético e saúde da população. Monitorar o comportamento e adaptação de Satureja fornece dados valiosos que podem informar políticas ambientais.
Os especialistas concentram-se em usar essa descoberta visual do “fantasma branco” para ressaltar a resiliência da espécie e compreender como a biodiversidade da região pode ser melhor preservada.




