Os cadáveres ideológicos
Referência no debate sobre relações internacionais, o escritor Moisés Naím diz que políticos da América Latina têm fixação por ideias fracassadas. Para ele, apesar das tentativas de demonstração de poder, presidentes nunca estiveram tão fracos
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Quando tinha apenas 36 anos, o venezuelano Moisés Naím tornou-se ministro de Desenvolvimento no governo de Carlos Andrés Pérez. Era início de 1989. O novo presidente tinha acabado de vencer com folga as eleições em um período ainda democrático, anterior à ditadura chavista. Dias depois, o anúncio de medidas econômicas detonou saques e distúrbios de rua, que ficaram conhecidos como o Caracazo. Desse episódio, Naím tirou uma lição, que mais tarde seria aprimorada em seu livro O fim do poder: os governantes contam com um raio limitado de ação, as pressões contra eles são gigantescas e, como consequência, o poder é fraco e efêmero. “Nos tempos modernos, ficou mais fácil conquistar o poder, mais difícil usá-lo e mais fácil perdê-lo”, diz.
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Comentários (10)
LEANDRO AUGUSTO LIMA MARTINS
2021-08-26 17:43:48Em tempos modernos o altruísmo nacional, mundial e humanitário deveria se sobressair a "necrofilia ideológica"...
Gabriela Maria Alvarez Bacallado
2021-08-26 10:46:03Lúcido como sempre, Moisés Naim! Grande entrevista mesmo que as questões tratadas nos deixem com a moral baixa.
Mirian A.P. Aires
2021-08-24 20:15:36Excelente matéria. Disse muitas VERDADES. Uma pena que muitos ainda se deixam levar, por estes políticos CORRUPTOS INÚTEIS.
LSB
2021-08-23 15:38:35Excelente entrevista!
William
2021-08-22 12:26:12O cara afundou a Venezuela e agora quer dar palpite e mora no Estados Unidos. 😃🤣😅😆😄🐁
JDarcy
2021-08-21 01:52:06A necrofilia ideológica é uma involução natural do velho caudilhismo latino-americano. É impressionante como a região não consegue evoluir politicamente. Nem mesmo o sangue de milhões de vítimas do populismo é capaz de azeitar as engrenagens do continente em direção à um futuro melhor. É muito triste isso.
Tocqueville
2021-08-20 18:49:30Bela entrevista. Parabéns ao Duda e a Crusoé. (Naím não dourou a pílula - a esquerda brasileira é chavista, Lula tem "coraçãozinho socialista" e Castillo é um necrófilo ideológico e, o que é pior, é tutelado por comunistas).
PAULO
2021-08-20 18:29:54O Brasil precisa de um presidente voltado para o futuro. O ex-presidiário Lula é entusiasta do Socialismo, que nunca deu certo em lugar nenhum (somente na Aldeia dos Smurfs). Bolsonaro é um saudosista da Ditadura, que foi deixada para trás a um bom tempo, exatamente por não atender aos desafios daquela época, que são menores que os desafios de hoje. Precisamos de um Presidente que não fique insistindo numa visão de mundo, que não faz mais sentido algum. Por isso é Moro. Com Moro Podemos Mais.
Inês
2021-08-20 16:31:44A maldita CF/88, dita cidadã, criou o salvador da pátria com a mistura do pelego oportunista, do patrimonialismo e do fisiologismo. Chegou a hora de uma nova constituinte.
Clayton De Souza PONTES
2021-08-20 12:55:44A América Latina adora caudilhos. W sem educação e com o assistencialismo a vanguarda do atraso, hoje representada pelo Lula e o Bolsonaro no País, se mantém na disputa pelo poder