Crusoé
08.12.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram
    Crônica

    A máquina sem tropas

    O voto anti-Lula tem lastro acumulado de vinte anos e reativa com atrito mínimo. O antipetismo nunca morreu

    avatar
    Roberto Reis
    5 minutos de leitura 24.10.2025 03:30 comentários 5
    Lula em Jacarta. Foto: Ricardo Stuckert / PR
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    Lula atravessou 17 anos de poder direto e indireto. Um sexto de século. O que era mar de fundo virou maré contrária.

    O Lula de 2002 não encontrará em 2026 a mesma retaguarda nem o mesmo tipo de adversário. Encontrará menos base, mais cerco e um país sem paciência.

    Quando o nome do Lula é retirado da equação para fins de estudo, o tamanho funcional da esquerda aparece e é pequeno.

    O PT concentra 3.130 vereadores, 252 prefeitos, apenas uma capital, 67 deputados, 9 senadores e 4 governadores.

    A média simples do que isso representa no tabuleiro político nacional ronda 9%.

    Somando a esquerda formal PT, PSB, PCdoB, PDT, Rede, PSOL, PSTU e PCO, o agregado chega a 9.832 vereadores, 738 prefeitos, só 2 capitais, 123 deputados e 16 senadores.

    Arredondando para cima, para dar uma forcinha, 18% do poder nacional.

    Dezoito por cento e só. É um nicho.

    Fadiga da plateia

    Meio país cansou definitivamente do Lula. Sua rejeição consolidada em 50% com flutuações numa banda muito curta. O Lula III não tem nada a ver com o Lula I pujante.

    Em 2002, a vitória veio com 23 pontos de vantagem. Em 2022, por 1,9 ponto, contra um adversário com rejeição proibitiva e uma coleção de erros.

    A curva é nítida e progressiva a cada eleição. Quanto mais tempo no centro do palco, menor o colchão de tolerância da classe média. Jingle novo não apaga a memória do eleitor.

    Aliás o próprio Lula constantemente admite: "nós não conseguimos mais conversar com a classe média".

    Coleção crescente de antagonistas

    Foram duas décadas sedimentando camadas de batalhas que não se anulam, somam. FHC e quem jamais comprou o lulismo. Joaquim Barbosa e a cicatriz do mensalão. Aécio Neves e a classe média antipetista desde 2014. Temer e a turma que viu o impeachment como correção de rota. Sérgio Moro e o público que ancorou voto na Lava Jato. Bolsonaro e a massa que transformou antipetismo em identidade.

    Uns viram Lula ganhar direto, outros por interposta pessoa com Dilma Rousseff, muitos assistiram reviravoltas judiciais improváveis.

    A emoção que subsiste nessas pessoas é simples e útil em eleição majoritária nacional: derrotar Lula quando surgir um nome minimamente viável.

    Centro de gravidade

    O país operacional está em PSD, MDB, PL, Republicanos e União. Este bloco consolida a governabilidade real. Dois terços dos deputados federais. Três quartos dos senadores. Três quartos das prefeituras de capitais. Três quartos dos governos estaduais. 4.054 das 5.568 cidades. Dois terços da verba pública eleitoral. Dois terços do tempo de TV.

    É gente, capilaridade, orçamento. O Planalto, no entanto, escolhe sinais ideológicos quando abre qualquer vaga relevante. Afaga Gleisi, Boulos, escuta Janja, cogita Messias.

    O recado para quem controla orçamento e calendário é transparente: lancem seu candidato em 2026. E eles ouviram.

    Geografia que fecha portas

    Sul e Sudeste concentram governadores com aprovação recorde e grande vocação gerencial. Some Ronaldo Caiado no Centro Oeste, o campeão nacional. Coloque esse guarda-chuva sobre algo próximo de 60% do eleitorado e repare no espaço que resta para uma agenda de esquerda apoiada em identidade e revanche. Resta pouco.

    Cada ponto percentual passa a custar muito caro quando os governadores admitem publicamente que estarão juntos no primeiro ou no segundo turno.

    Motor emocional desgastado

    Quando quem paga imposto sente o bolso, a propaganda governamental perde monopólio da narrativa. Entra a política orgânica. Ódio. Rejeição. Vingança. Acerto de contas de quem está endividado e sufocado pelo Estado.

    Esta turma que leva o Brasil nas costas, faz campanha de graça contra Lula. Não será preciso convocar. Basta existir um adversário plausível.

    Calendário da virada

    Hoje, Lula joga contra ele mesmo. Quando surgir um oponente oficial entre março e abril de 2026, a inércia muda de lado. Há uma gigantesca demanda reprimida por alternativa competitiva.

    O voto anti-Lula tem lastro acumulado de vinte anos e reativa com atrito mínimo, o antipetismo nunca morreu.

    Compare o início do Lula com o final do Lula. Compare 2002 com 2026. Então havia um país disposto a tentar o novo.

    Hoje há um país cansado do velho. Então, o líder encarnava conciliação. Hoje, privilegia o círculo ideológico que permaneceu fiel na sua prisão e fecha portas de quem opera orçamento e votos.

    Então a margem de erro política era larga. Hoje cada tropeço cobra pontos que não retornam.

    As pesquisas atuais só enganam os desatentos, pois nenhum eleitor está pensando com profundidade na campanha eleitoral.

    O exército organizado de Lula cabe em 18%. O partido, sozinho, ronda 9%. A rejeição ancorada em 50% virou teto muito baixo para disputa nacional.

    Do outro lado, dois nomes competitivos com menos rejeição e o endosso do principal antagonista, Bolsonaro: Tarcísio de Freitas ou Ratinho Jr.

    Se anunciados oficialmente, poderão rapidamente preencher essa demanda reprimida.

    A fotografia final é cruel para Lula. O totem envelheceu e ele sabe disso. Sua base minguou sistematicamente. Sua rede de adversários cresceu e se sofisticou. O centro real do poder domina a verba e a televisão. Entregará isso para quem estiver mais competitivo.

    O gesto mais racional e elegante do veterano, diante do que está posto, é simples:

    Quando enxergarmos o último cerco ao velho totem, ele pedirá para sair, antes que a conta final do lulismo lhe seja apresentada.

    Roberto Reis é estrategista eleitoral

    X: @RobertoReis

    Instagram: robertor.eis

    As opiniões dos colunistas não necessariamente refletem as de Crusoé e O Antagonista

    Diários

    Paramount tenta atravessar negócio entre Netflix e Warner

    Redação Crusoé Visualizar

    "Resta ao BC cumprir seu papel", diz Meirelles

    Redação Crusoé Visualizar

    A chantagem indecente de Flávio Bolsonaro

    Duda Teixeira Visualizar

    Trump vai barrar venda da Warner Bros. para Netflix?

    Redação Crusoé Visualizar

    Sírios celebram um ano sem Bashar Assad

    João Pedro Farah Visualizar

    SorocaBannon está de volta

    Redação Crusoé Visualizar

    Mais Lidas

    A grande família Bolsonaro

    A grande família Bolsonaro

    Visualizar notícia
    Candidatura de Flávio Bolsonaro alcança 117 milhões nas redes

    Candidatura de Flávio Bolsonaro alcança 117 milhões nas redes

    Visualizar notícia
    Blindagem suprema

    Blindagem suprema

    Visualizar notícia
    Dançando com Maduro

    Dançando com Maduro

    Visualizar notícia
    Flávio Bolsonaro, a ‘candidatura laranja’ e o plano bananesco

    Flávio Bolsonaro, a ‘candidatura laranja’ e o plano bananesco

    Visualizar notícia
    Gilmar, Incitatus, a toga e o silêncio

    Gilmar, Incitatus, a toga e o silêncio

    Visualizar notícia
    O que Dias Toffoli quer esconder no caso do Banco Master?

    O que Dias Toffoli quer esconder no caso do Banco Master?

    Visualizar notícia
    “Se Bolsonaro lançar Flávio, vai aniquilar a direita novamente”, diz Janaina

    “Se Bolsonaro lançar Flávio, vai aniquilar a direita novamente”, diz Janaina

    Visualizar notícia
    SorocaBannon está de volta

    SorocaBannon está de volta

    Visualizar notícia
    Uma aula Master sobre por que o Brasil não cresce

    Uma aula Master sobre por que o Brasil não cresce

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Eleição de 2026

    Lula

    < Notícia Anterior

    Todos querem o lugar de Barroso

    17.10.2025 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    Soberania relativa

    31.10.2025 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Roberto Reis

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (5)

    Marcia Elizabeth Brunetti

    2025-10-25 08:00:07

    Acho que é isso mesmo. As pesquisas vem mostrando algo que não vai combinar com a realidade.cada vez que ele dá um fora, como esse dos coitados traficantes, mais ele mostra sua insanidade , própria da idade , mas somada com uma pobreza intelectual faz com que o Nine não suba mais a rampa com índios e cadeirantes.


    Andre Luis Dos Santos

    2025-10-24 22:13:48

    Torço pra que você esteja certo, Reis. Deus queira que esse cara desista e vá encher a cara de cachaça pelo resto da vida. Mas, seria muito divertido se ele concorresse e levasse uma surra nas urnas. Seria o pe na bunda perfeito.


    MARCOS

    2025-10-24 20:25:51

    FORA LULA. FORA EX-PRESIDIÁRIO.


    Jhaynnyson Lendengues

    2025-10-24 19:06:01

    Ainda acho que esse bandido ganha as eleições do ano que vem.


    Albino

    2025-10-24 08:24:11

    Lula já deu o que tinha que dar há muito tempo...


    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (5)

    Marcia Elizabeth Brunetti

    2025-10-25 08:00:07

    Acho que é isso mesmo. As pesquisas vem mostrando algo que não vai combinar com a realidade.cada vez que ele dá um fora, como esse dos coitados traficantes, mais ele mostra sua insanidade , própria da idade , mas somada com uma pobreza intelectual faz com que o Nine não suba mais a rampa com índios e cadeirantes.


    Andre Luis Dos Santos

    2025-10-24 22:13:48

    Torço pra que você esteja certo, Reis. Deus queira que esse cara desista e vá encher a cara de cachaça pelo resto da vida. Mas, seria muito divertido se ele concorresse e levasse uma surra nas urnas. Seria o pe na bunda perfeito.


    MARCOS

    2025-10-24 20:25:51

    FORA LULA. FORA EX-PRESIDIÁRIO.


    Jhaynnyson Lendengues

    2025-10-24 19:06:01

    Ainda acho que esse bandido ganha as eleições do ano que vem.


    Albino

    2025-10-24 08:24:11

    Lula já deu o que tinha que dar há muito tempo...



    Notícias relacionadas

    A arte de reclamar da arbitragem 

    A arte de reclamar da arbitragem 

    Rodolfo Borges
    24.10.2025 03:30 4 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Uma mulher à frente do Japão

    Uma mulher à frente do Japão

    Wilson Pedroso
    24.10.2025 03:30 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    A paz de Abraão

    A paz de Abraão

    Márcio Coimbra
    24.10.2025 03:30 7 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Um Nobel gigante

    Um Nobel gigante

    Roberto Ellery
    24.10.2025 03:30 4 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso