O Brasil precisa abandonar a esperança
Um país eternamente deitado em berço esplêndido não pode dar certo, precisamente porque troca o esforço pela expectativa e a responsabilidade pelo repouso simbólico

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No Brasil, a esperança tornou-se um narcótico moral, um entorpecente coletivo que alivia a dor do presente ao preço da paralisia da ação.
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Comentários (3)
DUILIO RIBEIRO BARBOSA
2025-09-12 09:34:57Brilhante!!! Análise lapidar do Brasil e dos brasileiros.
Albino
2025-09-12 08:19:31Mais um texto maravilhoso! Claro que qualquer um sabe que "a esperança é a última que morre", mas não se deve ficar deitado eternamente em berço esplêndido quando a água já bate no pescoço, quando a morte se torna iminente. "Um esforço descomunal, superior às minhas próprias forças, se fazia necessário para compreender, havia que compreender a qualquer custo, e, além disso, ficar caçando culpados e perdendo tempo com isso seria um erro crasso, era necessário apenas compreender, e o tempo urgia. Era chegado o momento da minha verdade, de mostrar realmente a que foi que eu vim. Pois, como disse Jean Patocka, citado por Václav Ravel, em artigo de Gabeira na Folha: "A verdadeira prova de um homem não consiste na maneira em que realiza o que decidiu, mas em como desempenha o papel que o destino lhe reservou". Do livro autobiográfico "O Ciclo Gestatório de um Homem", em e-book na Amazon e em papel no Clube de Autores, Estante Virtual, Mercado livre.
Eduardo
2025-09-12 05:20:00Muito bom