Adriano Machado/CrusoéCarlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro

As aventuras de Mister Abin

02.02.24

O mais curioso nesse escândalo da Abin é que a agência de espionagem brasileira se autodenomina de “inteligência. Desde quando existe inteligência em Brasília? O bilionário Elon Musk nunca vai conseguir colocar o seu chip no cérebro de alguém no Distrito Federal porque vai ser difícil arrumar um cérebro funcionando normalmente na capital do país. Se a Abin tivesse que fazer a prova do Enem seria reprovada e examinando-se os resultados dos trabalhos da Abin teria que mudar o nome para Agência Brasileira Intestinal. Assim, o projeto do chip cerebral do Elon Musk, seria modificado para um supositório. As trapalhadas da espionagem tupiniquim inspiraram o comediante inglês Rowan Atkinson, o Mister Bean, a fazer mais um remake na Globo: As Aventuras do Mr. Abin, desta vez encenadas no Planalto Central e em Angra dos Reis.

A Abin nasceu do extinto SNI, órgão de informação secreta da ditadura e que teve na sua chefia o general Figueiredo conhecido por gostar mais do cheiro de cavalo do que do cheiro do povo. Na época, o presidente Figueiredo foi muito criticado por essa declaração de caráter equino-identitária. Não vi nenhum problema nisso, afinal é natural que quadrupedes gostem do cheiro dos seus semelhantes.

O SNI bisbilhotava a vida de todo mundo mas, por ser uma organização paramilitar, era muito organizado: todos os seus agentes secretos usavam crachá, bigode e óculos escuros. Sendo um serviço de informação o pessoal do SNI sabia de todas as fofocas do poder, acompanhavam todas as novelas, assinavam a revista Caras e todas as outras especializadas nos babados do mundo artístico e tinham informantes em todos os salões de cabeleireiro. Com o fim da ditadura militar e das revistas de fofocas, o SNI mudou de nome para Abin e, de lá para cá, tem se especializado em fazer espionagem usando tecnologia digital, uma espécie de BBB que não acaba nunca.

A Abin é um negócio que custa uma fortuna a vocês, contribuintes brasileiros, mesmo porque eu, Agamenon Mendes Pedreira, não pago imposto de renda já que não tenho renda nenhuma. Militar expulso de carreira, o então presidente Jair Bolsonazi teve uma ideia, coisa rara no seu governo. Chamou o seu filho 03, o Cartucho, para criar uma Abin paralela, só para ele. Entusiasta das milícias, Bolsonaba pretendia espionar seus desafetos e também seus amigos e familiares. Paranoico ao extremo, Jair Bozonaro também mandou que a agência paralela espionasse ele mesmo porque não se pode confiar em ninguém. Nessas investigações secretas, a Abin paralela descobriu que o presidente era burro, ignorante e não gostava de trabalhar, o que já era de domínio público há muito tempo.

Pobre Bolsonaro… quer dizer, rico Bolsonaro! Enquanto curtia suas férias forçadas em Angra dos Reis, a PF resolveu dar uma batida numa das muitas residências do Ku Klux Clã Bolsonaro. Bolsonauta estava “al mare”, numa lancha, pescando com seus filhos 01, 02, 03 e 04 (que somados dão o total de 171). Pescador de águas turvas, Bolso tentava pegar um rouba-lo, seu peixe preferido, ou quem sabe um dourado para a Michelle, já que a ex-primeira-dama adora joias de ouro. Já o Carluxo gostaria de fisgar um namorado. A verdade é que, com a ação dos federais, Bolsonadadeira acabou tomando no pacu que, por sinal, é peixe de rio.

 

Agamenon Mendes Pedreira é peixe pequeno

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Te adoro Agamenon! Precisava ter uma piadinha diariamente para suavizar a loucura das notícias que ouvimos diariamente.

  2. Sobrou até pros brasilienses , que não participam dos regabofes de cúpula (ou seria cópula??) !!! Bem inspirado

Mais notícias
Assine agora
TOPO