Daniel Guimarães/Governo do Estado de SPObras do Metrô em São Paulo: cartel sem corruptos

O antiexemplo

Por que a investigação do cartel de trens em São Paulo é o extremo oposto da Lava Jato — um emblema dos tempos em que políticos passavam longe do risco de punição
12.07.19

Um fantasma a rondar políticos do PSDB paulista há mais de 10 anos, o caso Siemens ganhou mais um capítulo na última semana com a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, de condenar 11 empresas e 42 pessoas por formarem um cartel em licitações do setor metroferroviário, em especial aquelas conduzidas pelo Metrô e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a CPTM, durante os governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. Embora a decisão do Cade venha tarde, quase seis anos após a Siemens delatar o esquema, o que já demonstra a lentidão na condução do caso, na esfera criminal a situação é ainda pior. Na contramão do modelo de investigação sacramentado pela Lava Jato, as investigações do cartel de trens conduzidas pelo Ministério Público paulista, tanto o estadual quanto o federal, não alcançaram nenhum político envolvido nos desvios.

O esquema nos contratos para compra de trens e equipamentos para as linhas de metrô da capital paulista segue o mesmo modus operandi do que foi descoberto na Petrobras pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Empresas interessadas em fraudar as licitações se uniam e dividiam os contratos entre elas. Para ganhar o apoio ou tapar os olhos dos políticos donos da caneta, corrompiam agentes públicos e realizavam pagamentos de propina via operadores com contas no exterior em nome de empresas sediadas em paraísos fiscais. Em uma comparação rasa com o petrolão, a alemã Siemens e a francesa Alstom seriam como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, líderes do esquema. No papel de Alberto Youssef, o operador financeiro de parte dos desvios dos contratos do setor de petróleo, o cartel de trens tinha o consultor Arthur Teixeira. Entre os agentes públicos, assim como o ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque, o esquema metroferroviário tinha João Roberto Zaniboni, Ademir Venâncio e outros servidores das estatais paulistas. Já o papel de delator ficou por conta do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer. A diferença essencial é que, quando o caso chegou perto dos políticos responsáveis por autorizar as contratações, no cartel de trens ainda não é possível dizer quem seria o Luiz Inácio Lula da Silva, o Aécio Neves ou o Michel Temer a ser alçado à posição de líder da organização criminosa.

Responsável por um dos inquéritos, o promotor paulista Marcelo Milani é taxativo ao dizer que faltou vontade do comando do Ministério Público estadual para chegar aos políticos. Ele afirma que, no âmbito criminal, há um “flagrante acobertamento de agentes públicos” e nos processos cíveis o Judiciário é “atávico”. “Sinceramente, essa é uma frustração na minha carreira. Tínhamos tudo para enquadrar muita gente e acabou em nada”, diz. Não é difícil entender o descontentamento. Na esfera cível, no MP estadual nenhum político foi processado por improbidade administrativa. Além disso, uma disputa entre promotores trava o andamento dos casos há anos. Na esfera criminal, o promotor Marcelo Mendroni chegou a apresentar à Justiça nove denúncias, mas nunca contra políticos ou agentes públicos do primeiro escalão. No Ministério Público Federal, a situação é ainda pior. Após esquecer um pedido de cooperação da Suíça na gaveta, o procurador Rodrigo de Grandis denunciou, em fevereiro de 2017, alguns envolvidos no caso dois anos – sim, dois anos – depois de a Polícia Federal encerrar a investigação. Um detalhe: as denúncias foram ajuizadas logo após o crime de corrupção prescrever. Havia pistas relevantes capazes de levar aos políticos ligados ao esquema. O delator da Siemens chegou a citar o envolvimento de ao menos cinco deles. Mas nada feito. O caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal e arquivado sem que fosse solicitada qualquer quebra de sigilo ou ao menos um pedido de cooperação internacional – o que seria necessário, já que o delator Rheinheimer citou repasses no exterior por intermédio de uma offshore de Arthur Teixeira, o Alberto Youssef do cartel.

Marcos Oliveira/Agência SenadoMarcos Oliveira/Agência SenadoSerra: uma prima do senador fez negócio com empresa citada no caso Siemens
Mas, afinal, onde era possível chegar caso os investigadores do caso paulista tivessem seguido o modelo de investigação levado a cabo no Paraná? Ironicamente, a resposta pode ser encontrada em uma série de documentos produzidos pela… Lava Jato. Uma primeira pista está em um relatório da Receita Federal produzido a pedido da força-tarefa de Curitiba. O documento mostra que o empresário Augusto Ribeiro Mendonça Neto, preso por distribuir propina desviada de contratos da Petrobras, repassou por meio de uma empresa da qual é sócio 1,2 milhão de reais para a LZG Consulting, de Marco Aurélio Garcia. Augusto Mendonça, além de delator na Lava Jato, é dono de várias empresas. Uma delas, a Pem Engenharia, é citada no caso do cartel de trens por ter sido subcontratada pela Siemens. “O Consórcio Linha Verde, integrado pela Alstom e Siemens, subcontratou exatamente as mesmas empresas que derrotou na licitação pública, ou empresas integrantes dos grupos ligados a elas (caso da “Pem”), em evidente acordo anticompetitivo”, chegou a registrar o MP de São Paulo em uma das denúncias do cartel. A pista, porém, não foi seguida como deveria.

Marco Aurélio, por sua vez, é irmão do atual vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. Ex-deputado federal, Garcia foi um dos políticos citados na delação premiada do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer como destinatário de propina oriunda dos contratos fraudados pelo cartel de empresas do setor metroferroviário. À época dos pagamentos, Garcia era deputado estadual pelo DEM e, na Assembleia Legislativa paulista, integrava uma comissão encarregada de fiscalizar os negócios do setor de transportes. Após o surgimento do nome do agora vice-governador e de outros quatro políticos paulistas, todos ligados aos governos do PSDB, a investigação — que até então corria na PF de São Paulo — foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Garcia, apareciam nos relatos do delator os então secretários José Aníbal e Edson Aparecido e os então deputados Campos Machado e Arnaldo Jardim. Sem quebrar sigilos ou pedir ajuda a outros países por onde o dinheiro havia transitado, o STF arquivou o inquérito em fevereiro de 2015. Caso a investigação tivesse prosseguido nos moldes das que foram conduzidas Lava Jato, poderia ter explicado os motivos das transações entre a empresa de Mendonça Neto com o irmão de Rodrigo Garcia.

Outra alternativa seria seguir o caminho do dinheiro no exterior. Desde o surgimento das primeiras denúncias sobre possíveis irregularidades em contratos do setor metroferroviário de São Paulo, o nome de uma offshore é citado: a Leraway. A empresa, sediada no Uruguai, assinou contratos fictícios com a Siemens que tinham como finalidade mascarar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos paulistas. Ela seria ligada a Arthur Teixeira, o Youssef do cartel de trens. Embora tenha sido investigada e dados sobre suas movimentações tenham sido solicitados pelos investigadores, não há qualquer registro nos inquéritos sobre sua relação com um notório operador do PSDB, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. O que os procuradores e promotores não descobriram em onze anos a Lava Jato descobriu em pouco mais de um ano após passar a investigar Paulo Preto e seu padrinho político, o ex-ministro Aloysio Nunes – cujo nome, por sinal, também era citado no acordo de delação de Rheinheimer. Dados enviados pela Suíça à Lava Jato mostram que a Leraway realizou transações de ao menos 137 mil euros com uma conta sediada no país e atrelada a Paulo Preto. E qual era a razão das transações? Uma busca nos documentos do caso do cartel mostra que a pergunta nunca foi feita nem ao ex-diretor da Dersa nem o operador Arthur Teixeira.

Diogo Moreira/MCWDiogo Moreira/MCWO vice-governador paulista Rodrigo Garcia: empresa do irmão recebeu de operador ligado ao esquema
A Lava Jato expôs outra oportunidade de investigação que os promotores e procuradores paulistas deixaram passar. Documentos recebidos pela força-tarefa de Curitiba por meio de uma cooperação internacional com a Espanha revelam que a empresa Iberbrás Integracion, presidida por Vicencia Talan, prima do senador José Serra, realizou transações financeiras com uma companhia estrangeira citada no caso Siemens. A quebra de sigilo da empresa da prima de Serra enviada pelos espanhóis revela pagamentos, em valores atualizados, de 600 mil reais para a Eynort Port S.A. Em 2013, a empresa havia aparecido em um depoimento do vice-chefe do setor de compliance e diretor de investigação da Siemens, Mark Gough. Segundo ele, a Eynort foi uma das offshores que receberam dinheiro de uma conta que a Siemens mantinha em Luxemburgo para pagar propina a agentes públicos. A informação sobre as transações da Iberbrás e a íntegra da cooperação com os espanhóis estão em um laudo pericial produzido pela Polícia Federal no inquérito que apura a compra da refinaria de Pasadena, que causou prejuízo bilionário à Petrobras. A prima de Serra, governador de São Paulo entre 2007 e 2009, é casada com o empresário espanhol Gregório Marin Preciado, condenado na Lava Jato por supostamente ter usado a Iberbrás para escoar propina proveniente da compra de Pasadena. À primeira vista, parece difícil de compreender. Mas é simples: no fundo, os esquemas de corrupção obedeciam à mesma lógica e, por vezes, se entrecruzavam, com operadores que serviam a vários beneficiários ao mesmo tempo.

Os encarregados das investigações que não alcançaram os políticos envolvidos dizem não ter responsabilidade por isso. Por meio da assessoria do Ministério Público Federal, o procurador Rodrigo De Grandis afirmou que os casos estão todos sob a alçada da Lava Jato. Ante a ponderação de que as pistas já estavam havia tempo ao alcance dos investigadores, ele repetiu que o cartel dos trens segue sob investigação em São Paulo. Sobre o pedido de cooperação da Suíça que não foi cumprido, o procurador declarou que a medida poderia prejudicar a investigação brasileira. Já o Ministério Público estadual respondeu que todas investigações criminais abertas já foram concluídas e que denúncias foram oferecidas. Até o momento, assume o MP, houve apenas uma condenação em todos os casos. A Siemens não respondeu às perguntas de Crusoé.

Nesses tempos em que a Lava Jato está na mira de ataques por seu modelo de investigação, o caso Siemens mostra o caminho alternativo quando o assunto é o combate a corrupção: a velha impunidade, que beneficiou políticos de todas as cores durante décadas. À parte as críticas, justas ou não, que se faz à Lava Jato, a operação tem o que mostrar. A falta de resultados expressivos no caso do cartel de trens é a prova de que ou as investigações conduzidas pelos promotores e procuradores paulistas não viram o que importava ou que Paulo Maluf, famoso por sua participação em desvios milionários, tinha razão quando afirmou, em 2018, que São Paulo é um “oásis de honestidade”.

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  1. É preciso que os paulistas (me incluo nessa) façam uma mobilização do tipo "chega de moleza, não quero mais passar vergonha" para que o Judiciário, MPE e MPF mudem e sintonizem-se com Paraná, Rio de Janeiro e DF no combate à corrupção.

  2. É meus amigos, e agora o DIAS TOFOLI canelou de tal forma que está restringindo as investigações da jato. Alguém duvida que tudo vai terminar em pizza ?

  3. Engraçado... Na hora de cobrar direitos e garantias, esse povo tumultua, ameaça e fazem movimentações contra a reforma da previdência e etc. merecem receber 25k mensais pra um serviço desse? Esses procuradores deveriam ser expulsos! Outra coisa são essas leis vigentes, prescrever crimes de corrupção, isso é um absurdo! Só nesse país pra uma coisa dessa fluir sem nada acontecer, uma vergonha! Bando de safados, toda nossa cadeia produtiva está fadada ao fracasso. 1000 anos pra esse país ficar bom

  4. Paulista ama um corrupto de estimação, Maluf, Serra, Adhemar, Alckmin, Fleury e por aí vai... Se for um tucano então, aí que eles se lambuzam.

  5. É profundamente lamentável a situação do Brasil e o estado de São Paulo. O psdb e pt, em letras minúsculas pela insignificância, são irmãos siameses, brigam em público simulando oposição e negociam nos bastidores, ou seja sempre roubaram juntos.

  6. Corrupção sem fim.-Aqui a Justiça e o MP não funcionam,-Tenho vergonha de ser Paulista.O Nosso ganha demais,não tem interesse.

  7. Porque que o Moro nao pediu o processo cartel de trens SP para Curitiba,como fez com o processo contra Lula do caso Triplex? Estranho não.

  8. Os tucanos sempre tiveram “ coro duro” em São Paulo. Cooptaram o Judiciário e o Ministério Público Estadual em troco de carguinhos e outros favores e penduricalhos, de tal forma que o fiscal da lei e o julgador tiraram férias eternas, deixando o Paulo Preto nadar de braçada. Para o consumo interno, os guardiões da virtude são implacáveis com os pretos, as putas e os pobres. É uma vergonha!

  9. Sempre tivemos uma justica cara e corrupta. A lava jato e'um ponto fora da curva. Mas isso tem q mudar e nos temos q fazer nossa parte. Parabens a Crusoe' por mais essa materia q so se ve aqui.

  10. O PSDB tem muita força, ainda mais em São Paulo. Acho que o Lula tem que continuar preso, mas somente ele? Não estamos fazendo justiça no país.

  11. O STF novamente engavetado. Deveria haver clones do Moro em cada estado. E realmente a ajuda à Suíça Isa atrapalhar o desenvolvimento da investigação brasileira, pois haveria muitos questionamentos sobre as gambiarras nas investigações e no processo

  12. Está cada vez mais claro que as justiças estaduais não funcionam. Pior, por omissão incentivam ainda mais a corrupção que grassa no país. Tal como no RJ onde a justiça estadual foi praticamente cúmplice de Cabral, Pezão & Cia, em SP o judiciário fiz vista grossa em favor dos corruptos do PSDB.

  13. Simples, falta a força tarefa de São Paulo o mesmo empenho e vontade de fazer justiça como aconteceu na força tarefa de Curitiba.Aliás,desde de sempre,aja vista como foi com o Sr Maluf.

  14. São os políticos e não os partidos, não temos corrupto de estimação, investiguem a todos, igualmente, com a mesma intensidade!!!

  15. Parabéns, cruzoé! Não podemos esquecer esses comparsas do Lula, juntos com essa justiça criminosa que assola o país há muitos anos.

  16. Por isso o PSDB não fez oposição durante os 15 anos do PT ele também estava fazendo parte da roubalheira o Brasil infelizmente não tem chance, é muito ladrão na administração do País😭😭😭

    1. Tenho como base ideológica a social democracia atrelada na meritocracia! Ao meu ver o PSDB nada tem a ver com o PT, nos dois partidos, como nos demais, há joio e trigo, mas no PT o joio tem supremacia! Particularmente, tenho votado nos candidatos que acho terem mais compromisso com a social democracia / meritocracia, independente de partido!

    2. cada vez mais fica claro que PT ,PSDB são irmãos gêmeos com roupas diferentes

  17. Não é só SP, todos os estados tem esquemas enormes de corrupção. No Rio os ex-governadores foram pegos apenas pela Lava Jato, pois até antes, o esquema era igual ao de SP, ou seja, o MP estadual acobertada tudo. O resto do Brasil não e diferente do RJ, só que não tiveram o privilégio de a Lava Jato alcançar os alcaides locais.

  18. O maior objetivo da lavajato foi alcançado: Derrubar o PT. O combate à corrupção foi um meio, não um fim. Isto explica e é inegável, que o PSDB sempre foi poupado pela lavajato (nesses dias inclusive tornou-se pública a ordem superior para que Fernando Henrique Cardoso não fosse "melindrado") e MP e Judiciário paulistas há muito atuam em perfeita simbiose com o executivo que diga-se, está no poder há mais de 30 anos consecutivos. É tempo suficiente para alinhar todos os objetivos

  19. Quando o Brasil conseguirá entrar nos trilhos,? Qual geração terá esse privilégio de dizer em alto e bom som.."sou brasileiro com muito orgulho"..

  20. Quem conhece a Lei 8666 sabe que QUEM AUTORIZA E MANDA PAGAR A LICITAÇÃO E SEUS CONTRATOS É O RESPONSÁVEL PELO ATO ADMINISTRATIVO. Se, no Brasil, O CARTEL não permitia a concorrência de outros interessados, PEDIR-SE-IA A AUTORIZAÇÃO PARA LICITAÇÃO INTERNACIONAL. Quem deixou de fazer isso é RESPONSÁVEL. É fácil verificar. Está tudinho na Lei 8666 e suas modificações.

  21. Isto não é um comentário! É uma pergunta para a Revista Crusoé. Por que as investigações sobre a Máfia dos Fiscais do Estado de São Paulo não progrediram? Simplesmente ela está restrita em 3 ou 4 Delegados da Secretaria da Fazenda. Acho que daria uma boa reportagem para a Revista Crusoé, pois o processo ainda está em andamento, mas ficou restrito aos 3 ou 4 Delegados que citei acima, os quais foram denunciados pelo doleiro Alberto Youssef no início da Lava Jato.

    1. Como chutar o balde se a familia Bolsonaro proteje e esconde o Queiroz? Onde está o Queiroz???????????.?.?.?.?

  22. Excelente reportagem. Em SP nd sai.Impressionante.Nem falam mal de Lula-- o bicho é bem feio prá nós paulistas!! Veremos coisas diria excêntricas..muito podre.

  23. E' extremamente necessário que o pacote anticrime do ministro Moro seja valorizado e aprovado com a prisão em segunda instância.

  24. Isso! Vai fundo, Fábio! Vai fundo, Crusoé! Vocês agora atingem um público pensante, sedento de ética! Os tempos das manadas manipuláveis ficou para trás! Avante Crusoé!

  25. Nossa!! Que absurdo, o STF arquivou o Inquérito, os promotores e procuradores não investigaram a contento!!! Somos roubados continuamente!! IMPUNIDADE motivada pelo foro privilegiado e pelos Tribunais superiores que protegem os grandes Bandidos.

    1. Amigo, esse país só será uma grande Nação quando houver uma guerra civil. Foi assim em todas as grandes Nações do mundo. Nós temos um câncer, (80% da população é corrupta) e, esse câncer só será extirpardo com uma luta dolorosa.

  26. É preciso, agora, investigar os agentes públicos envolvidos, que impediram o avanço das apurações e/ou permitiram a prescrição dos crimes. Aí tem.

  27. Vale esclarecer: Luiz Inácio, Temer, não foram "Alçados a posição'" cousa nenhuma e sim eles "DESCERAM DA POSIÇÃO DE PRESIDENTES DA REPUBLICA" a que tinham sido alçados para a mais baixa acusação que um cidadão pode receber de "CHEFE DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA".... Desceram da Cadeira mais alta direto pra cadeia. que cousa triste pra nosso País!!!!!!

  28. Oi, redação : Faltou imaginação pra dar o título a essa Reportagem????? E, quanto a mesma, curioso saber o que aconteceu aos delatores da Siemens? conseguiram voltar pra Alemanha a salvo ou algum. acidente aéreo acometeu a ambos????

  29. Na minha opinião, RJ e Curitiba tiveram alternância de poderes mas SP teve estabilidade política durante muitos anos entre dois partidos o que fez com que todas as instâncias jurídicas tem posições do alto escalão postos pelos próprios. Parabéns pela reportagem!

  30. Explicado porque os advogados de Lula pedirem para transferir os processos de Curitiba para SP! O MP paulista tem uma venda nos olhos....

  31. Só tem picareta em qualquer esfera que se investigue. A classe politica e funcionários públicos não aprenderam nada nesses tempos de Lava Jato. O chefe da ORCRIM, tem razão ao se regerir ao Paraná como República de Curitiba. Este é o exemplo a ser seguido em.nossa República de Banana.

  32. Lava Jato é fora da curva do MPF. Justiça Federal em mãos de Moro e Marcelo de Freitas são fora da curva de outras instâncias e, principalmente, do STJ e STF. Infelizmente.

  33. Sou paulista mas infelizmente cabe salientar que por aqui não há o mesmo afinco como no Paraná! Aliás na série "O Mecanismo" obra de ficção retrata bem uma cena que policiais estão de campana aguardando o doleiro sair do apartamento, e deixam escapar...

  34. Por que nenhum político foi preso no cartel dos trens ? Porque o MP paulista não é o MP federal do Dalagnol , e o STF não é a primeira instância de Curitiba do Moro . Falta vontade de prender os corruptos e sobra conivência com os corruptos .

  35. Homens públicos paulistas demonstram o corporativismo da corrupção no Estado. Somente unindo o Executivo, o Legislativo e vários níveis do Judiciário este resultado seria possível. Triste também observar o silêncio daqueles que posam de honestos, alguns recentemente ingressaram na política mas agem como cúmplices através da omissão.

  36. Esta reportagem derruba o mito de "locomotiva do Brasil" atribuido por muito tempo ao estado de São Paulo. Vê-se que pelo menos em esforços investigativos os paulistas andaram a passo de tartaruga e poderiam até prejudicar realmente os esforços feitos no Paraná para erradicar, pelo menos em parte, a enorme corrupção que grassava, e quem sabe até ainda continua... Faz-me lembrar o saudoso Stanislaw Ponte Preta com o "Festival de Propinas que assola o país..." - uma simples paródia. Pobre SP.

    1. Numa locomotiva cabe bastante dinheiro. Não dá para imaginar que SP tenha ficado a reboque do RJ de Cabral. Se cutucarem, devem encontrar os vagões.

  37. Os processos sobre a corrupção no Cartel dos Trens de São Paulo não avançam, porque não há a eficiência e a garra que até hoje só se viu na Lava-jato. Por aqui ainda reina a velha máxima "A JUSTIÇA TARDA MAS NÃO FALHA", se tarda já falhou.

  38. Corruptos unidos vencerão ! Aécio nunca será expulso do PSDB , seria algo como expulsar Lula do PT . PT e PSDB são irmãos em tudo .

  39. A Lava Jato no Estado de São Paulo segue no ritmo do Jeca Tatu, aquele personagem com preguiça porque está cheio de vermes no sangue.

  40. JÁ IMAGINARAM HOMENS CORAJOSOS COMO MORO E DELTAN EM CADA ESTADO DO BRASIL??????? COMO FALAR MAL DA LAVA JATO????? PARABÉNS AO JORNALISTA PELA EXCELENTE MATÉRIA!!!!

  41. As investigações do Cartel dos Trens de São Paulo não andam, justamente por não terem o mesmo espírito de justiça que até agora só vimos na operação lava-jato. Por aqui continua valendo a velha máxima "A JUSTIÇA TARDA MAS NÃO FALHA". Se tarda já falhou. Domingos Sávio Pereira.

  42. Cartas marcadas... até quando estaremos noticiando crimes não resolvidos e o pior, por depois de verificado "alguém grande" envolvido, esquecer as provas em gavetas pelo período necessário para prescrever, outro absurdo da lei brasileira. Força "lava jato"! Que sejas exemplo para muita gente togada... mas que tão logo, tantos outros exemplos surjam e a Lava Jato seja apenas "mais uma"... esperança nunca morre!

    1. Essa é uma ótima oportunidade do ministério da justiça reabrir este caso e todos aqueles relevantes que encontram-se engavetados no STF

  43. Mais uma vez fica demonstrado que a corrupção na esfera empresarial e política só avançou e ficou impune devido à conivência criminosa do Judiciário, auxiliado pelos MPs. Estava, e ainda está tudo aparelhado! Ou se elimina estes portadores de togas emporcalhadas pela corrupção, ou tudo pode voltar ao que era antes: o paraíso do banditismo. Ou ao "mar de honestidade" do corrupto notório Maluf.

    1. E é por isso que vemos tantos ataques a Deltan e sua equipe de Curitiba. Eles fazem as investigações caminharem. A máfia do judiciário brasileiro é pior que a máfia italiana. É preciso que hajam meios de investigar e punir estes funcionários públicos que se acham acima da lei. Vejo muito a imprensa atacar os empresários envolvidos nestes esquemas. Mas há muitas situações em que os empresários precisam pagar propinas, caso contrário seus projetos não caminham, ficam "presos" na burocracia.

  44. Uma vergonha, vai ficar assim? Porque os bandidos contratados pela Intercpt Brasil não grampearam os celulares desta turma? É que bandidos são corporativistas, se protegem entre si.

  45. Essa reportagem é uma verdadeira "bomba". Esquemas fraudulentos envolvendo empresas multinacionais e gravissimo e as penalidades também são rigorosas, aqui e la no pais de origem. Espera-se atuação firme pelo MP.

  46. Parabéns pela reportagem. Mais uma vez, tomamos conhecimento do porquê os canalhas do STF terem tanto ódio da Lava-Jato e do Juiz (atual MJSP) Sérgio Moro. Se os juizes e procuradores de todo o Pais seguissem o exemplo, acabariam as propinas milionárias e os encontros na Europa.

  47. O PSDB segue tranquilo porque sabe que com a atual formação do STF seus bandidos disfarçados de políticos seguirão impunes; e eu sigo amando loucamente Ministro Moro, Procurador Dellangnol, PF ...

  48. Nos Estados quando o MP denuncia os Tribunais de Justiça arquivam ou guardam na gaveta como uma corda no pescoço do político. Pesquisem quantos processos os contra políticos os tribunais estaduais arquivaram ou deixaram prescrever.

  49. Ótima reportagem! Sempre ficamos curiosos e tentando entender o porquê de as investigações nunca darem em nada. Com a Lava Jato começamos a ver que é possivel! O Brasil precisa é de mais procuradores e juízes como os da Lava Jato, pra que mais casos se resolvam de verdade.

  50. Por essas e por outras, chego às conclusão de que quanto menos Estado menor a possibilidade de corrupção. Justiça menor, sem Justiça do Trabalho, sem Justiça Eleitoral. Sem empresas públicas. Com Tribunais de Contas mais enxutos e mais técnicos. É por aí.

  51. Não duvido que houveram promotores e juízes que receberam propinas para tirar o foco das investigações de cima dos tucanos. Aliás, existem várias quadrilhas se beneficiando de dinheiro público com essa perpetuação no poder do PSDB-SP.

  52. Parabéns à revista pela comparação! Não há como criticar ao olhar para o lado e ver o que acontece... Só a "amante" não enxerga sobre a "montanha " de evidências que o "amigo" está roubando...

  53. Finalmente, uma digníssima reportagem escarafunchando essa lama do Tietê. Se cavar mais acha petróleo de altíssima qualidade. Acho que o grande ataque contra a Lava-Jato na atualidade tem, principalmente, a ver com a abertura dessas frentes em novas paragens, passadas por virgens, desse grande puteiro.

    1. Alguém precisa enquadrar o Gilmar com urgência, pois ele está vendendo sentenças na cara dura e ninguém faz nada.

  54. O que dá para entender em tudo isso é que precisamos encontrar um meio para mudar as indicações políticas em nomeações de juízes para QUALQUER tribunal, em todas as esferas. Uma ideia seria os concursos como já se faz para juízes de primeira instancia e, nos altos tribunais, além dos concursos, eleições. Não vai acabar tudo mas poderá minimizar estes efeitos.

  55. O STF custa altíssimo à sociedade e pesquisem o qto se envolveu na soltura do Lula, e o tanto q está sendo omisso com a reafirmação de prisão em segunda instância!. FHC q certamente como o luladrao ñ sabe de nada e culpa apenas os amigos pelos malfeitos, ñ têm o q TEMER. O COAF se presta apenas a investigar filho de presidente, mas ñ se dispõe a investigar filho de ex-presidente. Uma AUDITORIA externa do judiciário brasileiro completará a saga maldita do Brasil, pelo menos no período recente

  56. A Lavajato pode ter cometido seus erros. No entanto, suas virtudes são muito superiores aos erros! A maior delas é ter dado aos brasileiros de bem a exata noção do mal existente no esquema de corrupção instalado nas instituições brasileiras. Por isso mesmo, e apesar de seus possíveis erros, a operação Lavajato precisa continuar! E, mais do que isso, precisa ser institucionalizada como salvaguarda dos interesses da sociedade brasileira!

  57. Eu sou o Vilarim. Continuando. Quem sabe com Bolsonaro, o novo Procurador Geral da República e Moro, e após a aprovação de seu Pacote Anticrime, estes muros caiam. Vilarim.

  58. Sou o Vilarim. É quase intransponível o muro que cercam os fortes, os esquemas de corrupção em Sao Paulo, onde se acham os caciques do PSDB e da rede de pessoas ligadas a eles, e onde também tem as promotorias estaduais e federais subjugadas por esses mesmos políticos. Esse forte se fortalece mais quando há magistrados das cortes superiores. Nesta caso, ficam instranspuniveis. Quem sabe, agora, com a chegada em São Paulo, esses muros comecem a desmoronar. ( continua em outro bloco )

  59. Infelizmente em todos os setores da nossa sociedade existem corruptos, portanto, promotores, procuradores e juízes desonestos devem ser igualmente investigados e punidos, como ocorre em democracias sólidas.

    1. A quem cabe reabrir e investigar o caso dos trens paulistas? Se for com Dr.Moro tenham certeza que ele o fará como ministro da justiça. E o que compete à justiça estadual ....fará algo na gestão Dóris? Alô governador!!!!

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