Germana Moraes: “A sub-representação feminina é um fato inegável”

13.10.23

Desde o último mês, a desembargadora Germana Moraes, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), tem se colocado como candidata independente  à vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, STF.  Angariando apoios  como o do criminalista Nabor Bulhões e do ministro argentino da Corte Interamericana de Direitos Humanos Raúl Zaffaroni, ela ainda acredita que a nova vaga tenha de ser ocupada por uma mulher.

“A sub-representação feminina é um fato inegável”, disse, em entrevista a Crusoé. Ela mesma é uma das três desembargadoras de um universo de 24 magistrados no seu TRF. “Mas o que estamos vendo é uma crescente afirmação da participação feminina, nos tribunais e nos espaços públicos em geral.”

A disputa pela vaga, no entanto, tem privilegiado homens: Lula, que terá a palavra final sobre a pessoa a ser sabatinada pelo Senado, teria três homens como favoritos: o seu ministro da Justiça, Flávio Dino; o presidente do Tribunal de Contas da União, TCU, Bruno Dantas; e o advogado-geral da União, Rodrigo Messias.

Apesar dos pedidos de parte da militância progressista por uma mulher negra no cargo, o que seria inédito, Lula resiste a dar espaço a políticas identitárias na decisão sobre o STF. Ele já disse que não pretende se orientar por gênero ou cor. Em outras palavras: vai escolher um homem branco.

No mês em que a Constituição faz 35 anos, a professora cearense e magistrada federal para a região Nordeste analisa a Carta Magna como madura e pronta para novos 35 anos. “A Constituição chega ainda jovem. Ela não está no auge da sua maturidade, mas pode-se dizer que está muito amadurecida”, argumentou. “O que vimos ao longo desse tempo foi a afirmação desta Constituição.”

Assista abaixo à integra da entrevista:

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  1. As mulheres que ocupara e ainda ocupa vaga no STF não mostraram nada que as faça por merecer indicação. Tudo indica que as mulheres brasileiras querem o bônus e não ônus algum. Querem ser Margaret Techer, Ursula van Derlayne ou a última primeira ministra da Alemanha com comportamento de Rosa Weber, Carmen Lúcia, Luíza Trajano e muitas outras imprestáveis que habitam por esse Brasil varonil. Não dá liga. Precisam melhorar e muito o desempenho. Nã dá liga!

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