Foto: Reprodução/YouTube

Meio ambiente não pode ser moeda de troca, diz ex-presidente do Ibama

Suely Araújo, especialista-sênior em políticas públicas do Observatório do Clima, afirma que cabe ao governo Lula manter a coerência com suas propostas de campanha
08.06.23

Os últimos dias foram marcados por discussões polêmicas envolvendo o governo Lula, o Congresso e o meio ambiente. Um dos embates colocou em rota de colisão o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Petrobras e consequentemente os ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia. O motivo foi a decisão do Ibama de negar uma licença para a petroleira realizar uma perfuração na foz do Amazonas, no Amapá.

Outro assunto que causou discussão sobre o tema foi o esvaziamento dos ministérios do Meio Ambiente o dos Povos Indígenas, após articulação do Centrão que contou com o apoio do próprio PT de Lula. Com a aprovação da MP dos Ministérios, o Cadastro Ambiental Rural foi retirado da pasta de Marina Silva e transferido para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Já o Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sonia Guajajara, deixou de ser responsável pela demarcação de terras indígenas, que agora está sob a alçada do Ministério da Justiça.

Crusoé conversou sobre os recentes acontecimentos com Suely Araújo (foto), ex-presidente do Ibama e especialista-sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima. Ela afirma que cabe ao governo Lula manter a coerência com suas propostas de campanha e que o meio ambiente não pode ser usado como moeda de troca em negociações políticas.

“O esvaziamento do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática colide com toda a narrativa do presidente Lula desde a campanha presidencial. […] O governo precisa conseguir vitórias no Congresso, mas para isso ele não pode vender a pauta ambiental ou ser omisso”, diz ela.

Assista à integra da entrevista:

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  1. O sr. Luiz Ignácio que vendeu companheiros ao DOPS é capaz de vender a Amazônia real objetivo dos grandes países que destruíram seus eco sistemas e como não podem tomá-la pela força o fazem pelo dinheiro que enfiam lá através de ONGs criminosas que manipulam a miséria que campeia na região ... a saída é a ocupação racional da Amazônia que os governos militares com força tentaram, iniciaram mas fomos boicotados por elites criminosas aliadas a potências estrangeiras.

  2. A entrevistada está iludida. O Lula vai vender sim a pauta ambiental. Ele está desesperado por que sabe que o governo dele está indo pro ralo.

  3. Também o IBAMA não pode ser radical E prejudicar o desenvolvimento do País. Não podemos voltar a ser extrativistas. A Guana está explorando petróleo em abundância al lado do Amapá.

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