Foto: Adriano Machado/CrusoéBolsonaro e apoiadores: de exército de Brancaleone a força bem organizada

A direita finca raízes

As urnas deram um recado claro: o bolsonarismo e seus aliados chegaram para ficar. Agora mais organizados, eles vão disputar palmo a palmo o poder com o PT
07.10.22

Passado o primeiro turno das eleições de 2022, o único fato incontornável é que uma nova direita fincou mesmo raízes na política brasileira. Para quem imaginava que Jair Bolsonaro estava prestes a ser varrido da paisagem, o resultado das urnas foi um corretivo e tanto. Mas a questão não é apenas a votação do presidente, que boa parte das pesquisas eleitorais subestimou. A partir de 2023, a direita vai se refestelar no poder em diversos estados – e terá força redobrada no Congresso. Quando chegou ao Planalto, em 2018, o atual presidente da República veio acompanhado de uma trupe desconjuntada de novatos, um exército de Brancaleone que mal conseguiu implementar programas de governo ou aprovar legislação (embora tenha desmontado muita coisa). Será diferente daqui em diante. Se Bolsonaro se reeleger, terá respaldo popular e estrutura política para avançar muito mais do que no primeiro mandato. Mesmo que ele não se reeleja – as chances, neste momento, lhe são desfavoráveis – uma direita bem mais organizada subirá à tribuna como porta-voz de mais de 50 milhões de eleitores.

Vale a pena olhar atentamente os números da eleição, a começar pelos de Bolsonaro. O presidente registrou 43% dos votos válidos no primeiro turno de 2022, contra 46% nas eleições de 2018. Isso se deveu à perda de votos em quatro estados. Em São Paulo, Bolsonaro teve 1,1% menos votos do que nas eleições anteriores; em Minas Gerais, 1,3%; no Rio Grande do Sul, 3,2%; no Rio de Janeiro, 5,4%. Em todo o restante do país, não houve debandada, mas o inverso: o desempenho de Bolsonaro melhorou. Inclusive no Nordeste lulista.

Nos mesmos quatro estados onde o presidente perdeu votos em relação a 2018, houve um contraponto. Deu-se uma “bolsonarização” dos governos locais. Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, Romeu Zema (Novo) e Cláudio Castro (PL) se reelegeram no primeiro turno. Em São Paulo, o candidato bolsonarista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai disputar o segundo turno em vantagem, ao passo que o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que buscava a reeleição, anunciou apoio ao presidente nesta semana. No Rio Grande do Sul, o também bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL) mantém as chances de vitória. Outros cinco governadores se alinharam com Bolsonaro: Ibaneis Rocha (MDB-DF), Mauro Mendes (União Brasil-MT), Ratinho Jr. (PSD-PR), Antonio Denarium (PP-RR) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO).

A nova direita também se expandiu no Congresso. No Senado, parlamentares diretamente ligados a Bolsonaro, como Damares Alves e Marcos Pontes,  conquistaram 14 cadeiras. Serão a maior força da casa, com cacife para pleitear sua presidência e controlar a pauta das votações. Na Câmara dos Deputados, o bloco dos partidos de direita (PL, PP, Republicanos, Patriota, União Brasil e PTB) vai ocupar o dobro das vagas do bloco de esquerda (PT, Psol, PSB, PCdoB, PDT, PV e Rede). O placar é de 257 a 128. A presidência deverá ficar nas mãos Arthur Lira (PP), o “senhor orçamento secreto” – um parlamentar para lá de flexível, mas que só a muito custo (o duplo sentido é intencional) deixará a direita onde se aninhou para eventualmente dialogar com um governo de esquerda.

Para entender as eleições brasileiras, é útil observá-las pela ótica dos cientistas políticos Cesar Zucco (FGV), David Samuels (Universidade de Minnesota) e Fernando Mello (Universidade da Califórnia). No livro Partisans, Antipartisans, and Nonpartisans: Voting Behavior in Brazil (Partidários, Antipartidários e Apartidários: O Comportamento do Eleitor no Brasil), lançado em 2018, os dois primeiros exploraram a identificação dos eleitores com os partidos brasileiros. Isso os levou à conclusão de que, desde o final da década de 1980, são duas as forças que organizam o nosso campo político: o petismo e o antipetismo.

Mais do que simplesmente exercer uma escolha a cada eleição, ser petista, para muitos eleitores, é um modo de vida. Curiosamente, o mesmo vale para o antipetismo: ele também pode servir como um traço identitário. “No Brasil, uma parte do eleitorado tem uma visão negativa do PT, sem necessariamente ter vínculo positivo com outro partido. Essas pessoas expressam uma atitude partidária puramente negativa”, diz Mello, que colabora com Zucco e Samuels em novas pesquisas (e também é um dos sócios do site jurídico Jota). Trata-se de um fenômeno raro: somente o antiperonismo, na Argentina, teria alguma semelhança com ele.

Em março deste ano, os três cientistas políticos organizaram uma bateria de 5 mil entrevistas para dimensionar os contingentes atuais de petistas e antipetistas. Estes foram os resultados: 24% dos eleitores se apresentaram como petistas e 29%, como antipetistas. Juntos, eles compõem 53% do eleitorado brasileiro. E os 47% restantes? Esses são os apartidários: cidadãos que têm um vínculo fraco com outras legendas ou não simpatizam com nenhuma delas. Eles prestam atenção intermitente ao dia a dia da política e estão voltados para outros afazeres. Só em épocas de eleição concentram-se nos políticos para compará-los e fazer uma opção.

Ao longo do tempo, o voto antipetista beneficiou diferentes candidatos: Fernando Collor em 1989, Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998, Aécio Neves em 2014. E claro, Jair Bolsonaro, em 2018 e agora, em 2022. Para vencer suas respectivas eleições, no entanto, todos eles também precisaram ser vistos como representantes dos interesses de um grande número de apartidários.  Assim, seria um erro acreditar que a agenda radical de Bolsonaro e companhia reflete com exatidão os interesses de todos os seus 51 milhões de eleitores.

A expressão “nova direita”, usada já por duas vezes neste artigo, soa como um eufemismo. Por que não dizer logo, por exemplo, que foram a extrema direita populista e o centrão oportunista que se uniram neste 2022, prometendo causar muito estrago nas instituições e nos cofres públicos ao longo dos próximos anos? Um motivo é que os vitoriosos desta eleição de fato substituem direitas mais antigas ou tradicionais. Observe-se a derrocada do PSDB. O partido ainda tem chance de conquistar os governos de Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Mas no Congresso, a federação dos tucanos com o Cidadania conseguiu eleger apenas 18 deputados – e nenhum senador. Nesta edição de Crusoé, o cientista político Magno Karl, diretor-executivo do movimento Livres, explica que também o liberalismo clássico – aquele que defende “uma agenda moderada e gradualista, que substitua a gritaria pelo diálogo” – perdeu o seu espaço parlamentar. “Dezenas de vozes estarão fora de uma legislatura importante, vitimados pela disputa entre dois gigantes populares”, escreve ele.

A segunda razão é que atribuir a todos os eleitores de Bolsonaro a mesma truculência do presidente não ajuda em nada — além de não ser verdade. Uma pesquisa realizada em março deste ano pelo instituto Ibpad, em parceria com o site Jota, mediu a concordância dos simpatizantes de Lula, Bolsonaro, Simone Tebet e Ciro Gomes com diversas afirmações. A pesquisa mostrou que, embora exista realmente divergência significativa em temas como o aborto, também há convergência em diversos pontos. O número de simpatizantes de Lula e Bolsonaro que concordam com a ideia que “O governo deve adotar políticas enérgicas para combater o desmatamento e preservar o meio ambiente” foi rigorosamente o mesmo: 90%. O resultado foi parecido ao se tratar de racismo: 81% dos eleitores de Bolsonaro e 90% dos de Lula concordaram com a frase “O governo deve ter a obrigação de combater o racismo e a discriminação racial”.

Na tarde de segunda-feira, 3, o PT e seus aliados se reuniram para discutir os resultados da votação realizada no dia anterior. Na chegada, a ex-presidenciável Marina Silva (Rede), agora eleita como deputada federal, foi interpelada pelos repórteres. Quando lhe perguntaram o que a esquerda deveria fazer para capturar mais eleitores no segundo turno, ela – que é evangélica – respondeu que a votação deveria fazer com que a esquerda refletisse sobre seus preconceitos e passasse a escutar segmentos da sociedade mais conservadores, em vez de simplesmente tentar encontrar maneiras de atraí-los. Marina Silva tem razão. Agora que a direita reforçou suas fileiras em Brasília e nos governos estaduais, encarar como legítimas, e não como meros sintomas de histeria ou barbárie as preocupações de evangélicos, fazendeiros ou cidadãos comuns que desejam ser donos de uma arma é indispensável para evitar que o ambiente político no Brasil continue a se deteriorar.

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  1. Não se pode esconder a verdade por muito tempo. A absurda e extrema corrupção protagonizada p Lula/PT/Dilma durante 4 mandatos presidenciais p os quais foram eleitos resultaram na Lava Jato q prendeu Lula durante 580 dias e q apesar d condenado a 12 anos d prisão em julgamento c provas irrefutáveis em 3 instâncias, foi solto p STF (juízes G. Mendes, Fachin, Lewandowski, Toffoli, M.A. Mello, etc..) p meio d firulas insignificantes face o imenso roubo d dinheiro: 15 bilhões de R$, devolvido 6 bi!

  2. Sr Carlos. Sabemos quem é o Lula, mas o único perigo que poderia representar é querer implantar um regime socialista, que acredito inviavel, por não ser da índole do povo brasileiro e muito menos permitido pelas FFAA, já o grande perigo do egocentrico líder da direita radical, Bolsonaro, que se vencer assume o Executivo, já conta com o Congresso e pretende apresentar um projeto aumentando o n' de ministros no STF, o que faltará para assumir o poder TOTALITARIO? Em corrupção empatam. voto NULO.

    1. ÚNICO perigo? Abra o olho, companheiro! E aumentar o número de ministros já se sabe que não é verdade. Por acaso já assistiu ao filme “A vida dos outros”? Recomendo fortemente.

  3. Acho até um escárnio essa corja populista se achar de "direta" só pela estética e discursos demagógicos. Posers mamateiros!

  4. A verdade é um só, a impressa pró Lula não combinou com os russos. O tema corrupção dos políticos lá.drões sempre foi e será o grande tema que causa indignação na maioria dos eleitores brasileiros. A GLOBO que era tida como LIXO pelos PETISTAS agora é irmãzinha, aliada de velhos tempos, não se falam em corrupção para não falar do PT. Nós somos mais de 12.000.000 de lavajatistas a sermos atacados pelo PT. Moro é nosso líder maior, vamos decidir estas eleições contra os PETRALHAS e ponto final

    1. Sim , eles chamavam de Globolixo, a central das eleições na GloboNews, é uma turma que se reúne pra defender e torcer pelo Lula. A Miriam Leitão então , tão inteligente, escorrega no jornalismo totalmente parcial.

  5. Estes Bolsonaristas milicos e demais trupe que o segue caíram dia 30/10. Teremos a porra do Lula de volta. Pelo menos o menos pior!

    1. Sem dúvida o menos pior é o Bolsonaro ..é um pesadelo Lula e sua tropa de volta, sim e sua tropa , estão todos escondidos só vão aparecer na hora “H”

  6. Os partidos brasileiros não têm qualquer ideologia, o que facilita explicar a infidelidade do eleitorado com eles. Os próprios políticos movimentam-se entre partidos muito mais por conveniência do que por afinidade ideológica. Estou particularmente interessado em ver quantos desses parlamentares de "direita" irão abandonar o PL quando o Valdemar vender seu apoio ao Lula e der as ordens de votação aos seus parlamentares.

    1. não existe ideologia. existe poder e dinheiro (muito) nos bolsos dos políticos

  7. Primeiro quero parabenizar CARLOS GRAIEB pela excelente matéria. Você externou como é o eleitor brasileiro de uma forma simples e muito didática. Parabéns.

  8. Sou anti-petista ferrenho e convicto. Centro-direita, não fanático. Ninguém consciente pode votar num corrupto, julgado, condenado e delatado. Lula representa a podridão da política! O Bozo não é a direita que me representa, mas é o que temos para enterrar de vez essa quadrilha. Felizmente em São Paulo não vamos permitir o governo desse poste petista, o pior prefeito que já governou a capital. A virada é possível....A Bahia e Minas mudarão seus votos.

  9. O sistema precisa ser blindado contra os bandidos que compõem nossa política, que são partes dos 3 poderes da república. Para tanto precisamos de uma nova Constituição para que daqui a 4 anos não nos deparemos com esta tragédia anunciada! Eu gostaria de ter que decidir entre Luiz Felipe D'Avila e Simone Tebet e no entanto entre 2 péssimos candidatos terei q escolher o menos pior! A pedido de Sérgio Moro, votarei no péssimo Bolsonaro e não no pior do q ele, o Lula! Tempos atuais, sistema arcaico!

  10. O fato é q Lula, conforme constatado em reportagens e textos d Crusoé, d'O Antagonista, e outras mídias é, provadamente, o maior ladrão e corruptor do Brasil. P/ mim é certo q ñ se pode confiar nele e menos ainda p presidir nossa Pátria. P outro lado, o Bozo é d intelecto e inteligência rasos e tem, como Lula, comportamento de psicopata. Como chegamos a esta situação d ter q decidir entre péssimos, o menos pior? É 1 tragédia construída pelos bandidos d sistema. Entre estes, os bandidos do STF!

  11. Não há nenhuma direita no Brasil, há centrão, suas mazelas e seu fisiologismo, uma praga que assola a política brasileira, assim como o PT.

  12. Não concordo. Não tem nova direita nenhuma. Tem é mais centrão. Bolsonaro é centrão, O candidato do centrão. Sempre foi. se Bolsonaro se reeleger ele não terá respaldo de metade da população. Como já ocorre. E nada vai mudar. O centrão continuará mandando do jeito que já manda com Ciro nogueira e artur lira. Chamar PL, PP, republicanos de direita é ingenuidade. Esse povo é centrão. E caso lula ganhar, vão todos comer na mão do lula. Como sempre fizeram

  13. Não concordo. Não tem nova direita nenhuma. Tem é mais centrão. Bolsonaro é centrão, O candidato do centrão. Sempre foi. se Bolsonaro se reeleger ele não terá respaldo de metade da população. Como já ocorre. E nada vai mudar. O centrão continuará mandando do jeito que já manda com Ciro nogueira e artur lira. Chamar PL, PP, republicanos de direita é ingenuidade. Esse povo é centrão. E caso lula ganhar, vão todos comer na mão do lula. Como sempre fizeram

  14. A balança do congresso funciona "me ajuda que te ajudo". Partidos que se diz apoiadores do mito, tem histórico de terem apoiado o PT no passado. Sem falar do centrão, que gosta de estar no poder, não importa qual presidente.

    1. Apesar do despreparo Bolsonaro vai ganhar a eleição, nós brasileiros estamos numa situação dificílima a de votar no menos ruim. Votar em branco não é a solução, quando me lembro das invasões de propriedades rurais dos bloqueios nas estradas pelo MST

  15. Sr Carlos ; não é esta a questão ! Direita veio p ficar e fincar !! O povo esclarecido não quer uma quadrliha novamente a saquear cofres publicos ! Pena , pena mesmo q esta direita esclarecida é 35% 40% deste país e o “ saldo “ acredita e vota num pinguço cleptomaniaco !

    1. Somos páreas porque somos uma sociedade vítima da mídia . É incrível que nada do que é bom aparece. Os Paulistas descobriram o Tarcísio, por que ?? Eles não estão só vendo GNews.. Bolsonaro não sabe se comportar como estadista, mas o Lula fala absurdos também e alem disso …vcs sabem, e vão ver de novo agora ele com raiva …se as pesquisas tiverem certas ..

    2. Vc está satisfeito com o Brasil? Esse governo não é corrupto? Esse governo foi investigado pela PGR de alguma coisa? Não sou PTISTA, mas somos páreas mundiais, e uma sociedade dilacerada, intolerante, homofóbica, xenofóbica e misógina isto é o atual governo.

  16. Graieb, o óbvio foi dito. A direita deu seu recado? Tenho dúvidas qto ao q vc chama de direita! Prefiro acreditar, apenas, q o antiPT deu o seu recado. Mas, dissecando esse ponto, me parece muito mais preocupante como foi realizado esse recado. Temos uma direita "interesseira" em poder e outra (a que manda) que é PURO RADICALISMO! O futuro na minha opinião, é "tenebroso"! Imagina STF com maioria DA DIREITA RADICAL + GENERAIS (MTO BEM PAGOS) SOB COMANDO DO CAPITÃO. LEMBRA ALGO?

    1. Paulo o Carlos Graeib é um bom jornalista, entretanto, a meu ver, foi infeliz nesta matéria. Ele, Graeib, fez de conta desconhecer as artimanhas e subestimou a malícia do PT e do seu chefe maior, sua lulidade. E superestimou a tal direita que jamais existiu no Brasil. Essa dita direita que o Graeib, de certa forma, até enalteceu não passará dos primeiros 60 dias de um indesejável (des)governo lulopetista.

  17. Observando a história, é fácil concluir que a direita é mais racional que a esquerda. No entanto, há que se considerar quem representa qualquer dessas ideologias. Da esquerda com Lula ou direita com Bolsonaro, nada de bom pode ser esperado ...

  18. Excelente matéria só tem uma coisa o centrao gosta de poder será que se Lula vencer não irão mudar de lado? Fico aqui com a minha dúvida.

  19. Ainda continuo avaliando esta etapa eleitoral de 2022 com a mesma perspectiva de 2018, ou seja, mais de 1/3 do eleitorado não é partidário, antipartidário ou conforme a situação. Essa grande massa ou parte expressiva dela, simplesmente ou complexamente, deixou de se preocupar com a política, como ela é ou deixa de ser feita, com seus resultados, com as discussões e com os etc. E não aguardam uma mudança, mas sabem que tudo mudará, porque tudo muda e o futuro é de quem não está aqui agora a ver.

  20. Muito bom. Esquerda ou direita, desde que seja responsável, é válido. A imaturidade política em nosso país, permite que polarização como a que está ocorrendo, prejudique o exercício da plena democracia. O fato da direita, fincar raízes na próxima legislatura, pode ser o início de um contraponto, para que essa maturidade se desenvolva.

  21. Um eloquente artigo, que se reporta a mais lúcida análise sobre o Brasil feita nos últimos tempos à luz da Ciência Política. Que Deus nos ilumine a todos e abraços fraternos em agnósticos e ateus! Namastê!

  22. Gostaria de ver esse Congresso de “direita” que foi eleito se preocupar com a sociedade. Com o Centrão no comando do Governo, como foi até agora, será mais uma legislatura sem muitas novidades. Ótimo artigo Graieb.

  23. O Bolsonarismo foi uma criação do PEB-Partido das Empreiteiras e dos Banqueiros (nome fantasia PT)- que também é de direita com discurso de esquerda-, para obscurecer o antipetismo emergente na sociedade brasileira. Hoje este se fortaleceu e se tornou vitorioso, com ou sem Bolsonaro. Diferente do Lulopetismo que não existirá sem Lula. Trata-se da incidência da Lei do Karma. Namastê!

  24. PARABÉNS pelo texto,excelente abordagem e contextualização da evolução política do período considerado na abordagem. E o futuro...ah, aí já fica para outros"escreventes"!

  25. Penso que o grande desafio do país é a organização partidária e eleitoral. Somos divididos em três níveis de poder (federal, estadual e municipal) caso raro (somente sete países). Para que os serviços públicos sejam aceitáveis, uma excelente coordenação é imprescindível. Então, pensemos em voto distrital misto (como na Alemanha também tripartite), com o instituto do "recall" (cassação do mandato pelo eleitor traído). A rédia curta parece uma boa solução para os falsos representantes políticos.

  26. O ANTIPETISMO alavancou a votação dá direita. Os 24 milhões de votos ( brancos, nulos e abstenções), no segundo turno vão praticar o chamado VOTO DA VERGONHA na hora da votação. Tapam os olhos digitam 22, confirmam e saem correndo da seção eleitoral avergonhados por votar no Capitão Cloroquina, marido da Sra MICHEQUE, tudo para evitar que o ALIBABA assuma o cargo

    1. Exatamente isso !!! Aff, não vai ter jeito ! Segura o nariz e vota, se não vai ter que segurar ……pra sempre ???

  27. 1/2- Para entender a direita no Brasil, temos que olhar para o Bolsonaro. Uma parcela dessa direita é conservadora e a outra reacionária. A questão é que poucos dos conservadores sobrevivem fora da bolha reacionária, que só enxerga Bolsonaro como grande líder. Com Bolsonaro liderando, os reacionários atacam os dois pilares da civilização: a democracia e a ciência.

    1. Para entendemos a esquerda no pais PAULO temos de ver bem energúmenos como você oportunista, cínico de rabo arriado aos algozes do povo para lhes lamber o duro falo, sobras e lixo jamais deixarão de ser o que são ... a escória da nacão.

    2. 2/2- O resultado é que os conservadores são obscurecidos pelos reacionários, e com isso, a direita como um todo, acaba gerando desconfiança na parcela de eleitores apartidários, no qual me incluo. Por isso eu voto Lula 13

  28. Discordo do autor quanto a classificar o PSDB como "direita tradicional". A derrocada do partido acontece porque sua máscara caiu perante o eleitorado, pois nunca foi um partido de direita, no máximo uma esquerda moderada - a direita da esquerda. Eleitores de direita votavam no PSDB por falta de opção. O próprio Lula em 2010 fez discurso comemorando que na eleição presidencial daquele ano não havia nenhum candidato que representasse a direita, depois do falecimento do Enéas.

    1. Isso! Social Democracia é socialismo sem tirania. O governo FHC fez história por completência no redentor Plano Real e privatizações, além do importantíssimo saneamento dos bancos estaduais (verdadeiras casas da moeda). Que Deus abençoe,!

  29. lula e o pt só falam em democracia quando o lula é o candidato. se for até jesus cristo na presidencia o pt e lula são oposição, essa gente não muda

    1. A revista tem o poder de mudar o voto de alguém? A meu ver a revista tem o papel de informar a verdade, só a verdade, nada mais que a verdade. Cada um que tire as suas próprias conclusões! E nisso a revista vem cumprindo muito bem o seu papel!

  30. Eu penso que isto também é fruto de como o sistema político é estruturado o de caciques (ou “donos”) dos partidos decidem quem são os candidatos. Isto culmina sempre em falta de opções. Deveríamos eliminar o sistema proporcional mantendo apenas o voto majoritário, tornar o voto facultativo, permitir candidatura avulsa e proibir financiamento público de eleições ao mesmo tempo que tornar a fiscalização de doações rígida ao extremo.

    1. O livro CARREGANDO O ELEFANTE tem propostas interessantes nesse sentido. Ahh não sou o autor.

    2. Feito, mais 1 a engrossar esse discurso.

    3. Concordo contigo. Talvez metade dos eleitores não se sintam representados por candidatos impostos pelos partidos e acabem no “voto envergonhado “.

  31. Muito estranha, superficial e tendenciosa a reportagem, acredito que o movimento anti-petismo foi mais forte que ser de direita, ninguém sabe nem o que é isto. Quem votou na "direita" ainda não percebeu que o governo atual é muito mais corrupto que todos os anteriores, que foram corruptos. Que direita é esta que faz assistencialismo, não privatiza nada (o que foi feito foi iniciado pelo Temer). Desprezar o povo, a saúde, a ciência e a educação em geral, não é um atributo da direita, nem ditadura

  32. A direita que fica raízes na esquerda. Cujo burro da tropa, Jair "Mocorongo" Bolsonaro, elogiou Hugo Chavez, indicou dois comunistas para Defesa, foi a Rússia prestar solidariedade ao ditador russo, não assina declaração contra invasão na Ucrânia. Falta o quê? Falta conseguir um aviso de sanção da União Europeia e dos Estados Unidos. Vai conseguir.

    1. Disse tudo! Com essa "direita bolsonarista", quem precisa da esquerda pra destruir o país? Bolsonaro já faz isso muito bem...

  33. Essa aparente contradição entre votações na direita e vitória do Lula em alguns estados, pra mim, se explica por nossa política ser muito personalista. O mais carismático e com discurso mais convincente leva, independente do partido ao qual pertença. No mais, o predomínio da direita no congresso, em caso de vitória final, não há de ser nada que um Mensalão 2 não resolva. Só lamento o que aconteceu com o Novo.

    1. Eu já penso o contrário: deveríamos ter mais diálogo, mais diversidade, mais informações confiáveis e mais tolerância, para que as pessoas não se fechem em bolhas e se recusem a usar a razão, no lugar do coração ou do fígado.

  34. A esquerda é a maior desgraça da América Latina. Ele pratica a corrupção ideológica contra o capitalismo, como se houvesse outra opção pra um sistema produtivo eficiente pra garantir nossa geopolítica ideal. A sorte dos EUA foi ficar à margem das questões ideológicas que forçaram o pensamento na Europa, enquanto seu capitalismo ia com tudo no século XIX; o indivíduo de cultura protestante, bíblica então, era o senhor dos negócios e não o estado, nobreza e outros cartórios.

  35. Rodrigo Garcia. Eu era contra a polarização Por fidelidade, ao PSDB, votei em vc. Fui traído. VC virou a casaca. Parabéns. Continue agora com sua eterna saga de secretário. O povo não esquece.

  36. No fundo o Brasil e'o grande butin. Esquerdistas, direitistas ou centrintas querem mesmo e' se locupletar. O brasileiro e' desprovido do rwal patriotismo, aquele me move e impulsiona as grandes nacoes. Quem sabe um dia em outra vida...

  37. Muito realista esta análise. Fatos e não narrativas fantasiosas. Está na hora desse país parae de ter medo de bicho papão, mula sem cabeça e saci pererê e encarar os problemas reais . Isto vale para os medos da esquerda e da direita. Brasil não é e nunca será uma ilhota como Cuba ou um paiseco como Nicarágua ou Venezuela. Tampouco será uma ditadura fascista como foram Itália, Portugal e Espanha. O Brasil real é muito mais complexo e maior.

  38. Atribuir ao antipetismo as duas vitórias de FHC no primeiro turno me parece forçado. FHC representava um bem sucedido plano de estabilização econômica e fez um governo modernizador de privatização, principalmente na telefonia e ganhou com os pés nas costas, embora tenha cometido muitos desmandos que mancharam sua história.

    1. Se não tivesse instituído a reeleição teria sido perfeito.

  39. Não me julgo como direita, mas com certeza não sou desta esquerda mentirosa q está aí. Aliás é tão mentirosa q nem são esquerdas de verdade, são apenas manipuladores , querem mesmo é poder e dinheiro

    1. O pensamento de Direita veio para ficar, o Bolsonaro em 2018 representou o início dessa caminhada e vai passar, mas deu coragem para quem tem um posicionamento contrário ao pensamento de esquerda se manifestar sem ser acusado de defender a ditadura militar como acontecia antes de 2018. Hoje quem é liberal e conservador consegue expor suas convicções de mundo, sabendo que a grande maioria dos brasileiros comungam com os mesmos ideais, respeitando o contraditório.

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