Outra meia reforma
O governo envia ao Congresso uma proposta de reforma administrativa que até ajuda, mas não resolve o grave cenário dos gastos com o funcionalismo público e seus incontáveis privilégios
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Digitar textos com rapidez foi uma das habilidades mais valorizadas no mercado de trabalho dos anos 1980. À época, os disputados cursos de datilografia ensinavam os profissionais a não “catarem milho” – expressão muito usada para se referir aos mais lentos na digitação. Há décadas obsoleta, essa atividade ainda faz parte da realidade do serviço público: o governo federal tem hoje 3.073 datilógrafos em seu quadro de efetivos, com remuneração básica que supera 10 mil reais. Como exemplos de anacronismo, a folha de pagamento da União tem ainda onze operadores de telex e um operador de videocassete – todos efetivos, com estabilidade e altos salários. A existência desses cargos é apenas uma amostra de quão arcaico é o serviço público brasileiro, cuja estrutura é composta por carreiras ultrapassadas, que jamais são submetidas a avaliações efetivas e controle de produtividade. A folha de pessoal da União custará 337 bilhões de reais no ano que vem, o que representa 22% de todos os gastos do governo federal. As despesas com o funcionalismo, que cresceram 142% em pouco mais de uma década, drenam os recursos para investimento sem entregar aos cidadãos, em contrapartida, serviços de qualidade.
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Comentários (10)
ANTONIO
2020-09-12 16:21:48Mais um projeto meia boca de um presidente meia boca.
Regina
2020-09-10 17:41:06Os olhares de admiração e deslumbramento dos militares ao "grande senhor" deixa uma sensação de desamparo total.
Paulo
2020-09-10 11:51:58Raforma administrativa séria só será viável quando o país tiver um parlamento também sério, compromissado com o país e não com os maiss fortes lobbies que nele atuam, o do funcionalismo público. Seja no executivo, no legislativo e no judiciário. Nenhum presidente tem poder para se contrapor a esses lobbies, acariciados sempre pelos legisladores. Talvez no dia de São Nunca.
Carlos
2020-09-10 06:03:31faltou falar de um ponto maligno que é a possibilidade de contratação sem concurso. o que é claro sera usado nas negociações
EDIMAR
2020-09-08 19:01:53Durante meus não poucos anos de vida e de serviços prestado a governos em todos os níveis da Administração Pública, vi um bom número de pataquadas (ou patacoadas apelidadas, de "reformas". Para começar, nada vai mudar para o que "já era". Para terminar, as pífias consequências dessa ópera bufa só ocorrerá, se ocorrer, em duas, três, ou mais décadas. É bem provável que no transcurso desse tempo, outras tantas pataquadas já tenham surgido para demolir todas as anteriores.
Maria
2020-09-08 11:39:43Sugiro que a autora faça uma pesquisa nos órgãos públicos para saber quantos servidores públicos efetivos concursados existem e compare com a quantidade de terceirizados e cargos comissionados e função de confiança. Acredito que vai se surpreender. A guerra dos salários é outro ponto, haja vista que muitas vezes quem ocupa os cargos comissionados e função de confiança recebe um valor mais alto do que um servidor concursado. O que se observa é que essa mudança é para facilitar o quem indica.
Daisy
2020-09-07 14:39:56Infelizmente essa matéria não corresponde à verdade sobre o serviço público concursado de qualidade. A proposta da reforma levada ao congresso é uma mentira. Representa acabar com o serviço público concursado de qualidade e abrir mais o caminho para apadrinhados. É o o fim do serviço público com aumento de gastos.
Daisy
2020-09-07 14:20:19NOTA DE ESCLARECIMENTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CONCURSADOS À POPULAÇÃO: A desinformação é o princípio da dominação que os políticos têm sobre a população... A reforma que você aplaude promete acabar com férias de 60 dias. Servidor público não tem férias de 60 dias. Juiz tem. Mas juiz não está incluído na reforma. A reforma prevê o fim dos super salários. Servidor não tem super salário. Pelo contrário. Estamos sem reajuste há 6 anos. Juízes e políticos têm super salários. Mas eles não estão i
Juliano
2020-09-07 08:24:25Péssima matéria!!! Cheia de erros e sem fundamentação. Uma pena ver a Crusoé publicar algo desse nível. A partir desse momento deixo de ser um leitor da Crusoé.
João
2020-09-07 08:03:00carreira de estado tem mesmo que manter a estabilidade. sobre as regalias isso sim deve ser revisto.