Yahya Sinwar, o arquiteto do caos do Hamas
Quando ia nascendo o dia 7 de outubro em Israel, Yahya Sinwar (foto) estava a poucos minutos e muitos foguetes iranianos de ter seu nome internacionalmente reconhecido. O líder político do Hamas na Faixa de Gaza foi o mais destacado dos autores do ataque contra Israel, que desencadeou a nova guerra entre o Estado israelense...
Quando ia nascendo o dia 7 de outubro em Israel, Yahya Sinwar (foto) estava a poucos minutos e muitos foguetes iranianos de ter seu nome internacionalmente reconhecido. O líder político do Hamas na Faixa de Gaza foi o mais destacado dos autores do ataque contra Israel, que desencadeou a nova guerra entre o Estado israelense o grupo terrorista palestino.
Sinwar é a autoridade política no local, em nome de Isamil Haniya, o líder de fato do Hamas, que mora exilado em Doha, no Catar. Como o homem de Haniya nos túneis de Gaza, é Sinwar quem sustenta os ataques a Israel — se valendo de um apoio econômico-militar vindo do Irã — e, principalmente, conduz, na prática, a estratégia de sequestro de civis israelenses.
O conflito chega ao seu terceiro mês no início de janeiro de 2024 e mais de duas centenas de reféns civis israelenses permanecem sob o jugo do grupo, sob as ordens de Sinwar.
Ele foi eleito para comandar Gaza por meio de votações secretas enquanto o chefe político, Ismael Haniyeh, vive no Catar desde 2020. O bloqueio isralense impõe dificuldades para ele sair de Gaza e conseguir voltar.
23 anos preso
Antes de assumir a liderança do grupo terrorista em Gaza, Sinwar passou 23 anos em prisões israelenses, cumprindo quatro penas de prisão perpétua. Ele foi condenado pela morte de dois soldados israelenses e de quatro palestinos que eram considerados espiões de Israel. Em 2011, Sinwar foi libertado juntamente com mais 1.026 prisioneiros palestinos em troca do soldado israelense Gilad Shalit, que havia sido sequestrado pelo Hamas cinco anos antes.
Aos 61 anos, o líder terrorista fala e escreve hebraico fluentemente. Durante seu tempo na prisão, ele se dedicou ao estudo do inimigo. Em 2018, durante negociações para um cessar-fogo com Israel, Sinwar enviou uma mensagem em hebraico ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com apenas duas palavras: “Risco calculado“. Netanyahu concordou em permitir a entrada de ajuda financeira regular do Catar em Gaza em troca de uma trégua frágil com o Hamas, mas recusou outras exigências, como o intercâmbio de prisioneiros e o levantamento do bloqueio ao enclave.
Durante as celebrações do 35º aniversário do Hamas, em dezembro de 2022, Sinwar prometeu um confronto aberto em Israel até 2023. Ele criticou a gestão do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e defendeu a necessidade de reacender a resistência na Cisjordânia.
Atualmente, o terrorista se esconde em bunkers fortificados e raramente aparece em público. No dia 25 de dezembro, ele falou publicamente pela primeira vez desde os atentados de 7 de outubro.
Ele exagerou ao falar no número de baixas israelenses no conflito, para dar a impressão de que seu grupo está melhor do que a realidade.
Sinwar já é tratado como um "homem morto" por Israel, um cadáver que anda pelo Hamas.
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