Uma mensagem de Maduro para o MST
"Povo do Brasil, saiam às ruas para apoiar a Venezuela em sua luta pela paz e soberania", afirmou o ditador venezuelano, em português
Enquanto o governo Trump pressiona Nicolás Maduro a deixar a Venezuela, o ditador venezuelano mandou na quinta-feira, 4, uma mensagem, misturando português e espanhol, ao MST, movimento brasileiro aliado ao projeto político radical do regime chavista.
"Muito obrigado, Brasil, muito obrigado, MST. A luta continua, a vitória é nossa. Viva a unidade do povo brasileiro, viva a unidade com o povo venezuelano. Povo do Brasil, saiam às ruas para apoiar a Venezuela em sua luta pela paz e soberania. Estou lhes dizendo toda a verdade: temos o direito à paz com soberania. Viva o Brasil", disse o ditador durante um programa de televisão, no qual recebeu mais um boné do Movimento Sem Terra.
"Muito obrigado, Brasil, muito obrigado, MST", disse Maduro.
"Povo do Brasil, saiam às ruas para apoiar a Venezuela em sua luta pela paz e soberania", acrescentou.
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— Revista Crusoé (@RevistaCrusoe) December 5, 2025
A declaração dada no mesmo dia em que as tropas americanas realizaram mais um ataque a uma embarcação em águas internacionais "operada por uma Organização Terrorista Designada".
Desde 2 de setembro, os EUA atacaram 23 embarcações e eliminaram 87 "narcoterroristas".
MST é tropa de choque de Maduro
Maduro e o MST têm uma relação umbilical, que transformou o movimento brasileiro na tropa de choque do ditador venezuelano.
Quando, em 2019, diplomatas do presidente interino Juan Guaidó ocuparam a embaixada da Venezuela em Brasília, após o governo brasileiro romper relações com Maduro, eles foram expulsos com ajuda do MST e do deputado federal Paulo Pimenta, ex-ministro da Secom de Lula.
O MST, então, ficou encarregado da vigilância na portaria da embaixada, obedecendo às ordens de Maduro.
Em 2014, o MST já tinha assinado um acordo com a ditadura de Maduro, com o objetivo de "fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista".
Quem assinou a parceria foi o vice-presidente venezuelano na época, Elias Jaua, cuja babá foi presa com uma arma guardada em uma maleta tentando entrar no Brasil.
"Firmar esse convênio para incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências, de formação, para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que é a formação da consciência e da organização do povo para defender o que já foi conquistado e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista", disse Jaua durante a visita ao Brasil, em 2014.
Na Venezuela, Jaua era o responsável por financiar os diversos grupos armados que reprimiam o povo em prol da ditadura.
Leia na edição desta semana em Crusoé: Dançando com Maduro
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