Um ano dos Acordos de Abraão: turismo em Dubai e investimentos em Israel
Israel comemora neste 15 de setembro um ano da assinatura dos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações com Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos. Nesse dia, no ano passado, os ministros de relações exteriores de Israel, dos Emirados, do Bahrein e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, formalizaram os primeiros acordos...
Israel comemora neste 15 de setembro um ano da assinatura dos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações com Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos. Nesse dia, no ano passado, os ministros de relações exteriores de Israel, dos Emirados, do Bahrein e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, formalizaram os primeiros acordos com uma cerimônia na Casa Branca, em Washington.
Entre os quatro países que se aproximaram de Israel, o Emirados Árabes é o que mais tem aproveitado a oportunidade. Trinta e quatro acordos estão em andamento entre os dois países, sendo que 14 já foram assinados em áreas como saúde, meio ambiente e agricultura.
Desde o primeiro voo direto entre Tel Aviv e Dubai, em novembro do ano passado, mais de 200 mil turistas e empresários israelenses visitaram o país árabe. Restaurantes locais até começaram a vender comida kosher para os novos visitantes. "Por 72 anos, desde a criação do estado de Israel, tivemos poucas chances de conhecer nossos vizinhos. Os Emirados são um destino novo, que não era conhecido. Acho que o potencial para o turismo é muito maior, porque com a pandemia muitas pessoas adiaram suas viagens", diz o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lior Haiat (foto).
Os Emirados Árabes, por sua vez, começaram a investir em Israel. Em abril, a Mubadala, que pertence ao fundo soberano dos Emirados, assinou a intenção de comprar 22% do campo de petróleo israelense de Tamar. A transação é avaliada em 1 bilhão de dólares.
Segundo Haiat, outros países estão olhando para os resultados desses acordos e pensando em seguir os mesmos passos. "Tenho certeza de que logo mais teremos outros países muçulmanos, dentro e fora do Oriente Médio, fazendo algo semelhante", diz Haiat. Embora o ministro não cite quais países estão em negociações avançadas, a especulação é de que os próximos na fila são Omã, Mauritânia, Indonésia e Catar.
Ainda que os Acordos de Abraão tenham sido negociados e assinados no período de Trump, Haiat afirma que o atual governo americano, comandado por Joe Biden, segue apoiando as conversas entre Israel e países árabes.
"Membros do alto escalão do governo de Joe Biden nos têm dito que eles estão totalmente comprometidos com o processo de paz no Oriente Médio e que apoiam a expansão do círculo de nações amigas de Israel", diz Haiat.
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Comentários (2)
Sergio Roberto de Oliveira
2021-09-15 02:32:59Os árabes que querem viver em paz em Israel, vivem muito bem, mas se quiserem fazer palhaçada, vão viver espremidos na Faixa de Gaza. Simples assim.
M Cristina D V R Dantas
2021-09-15 01:20:00Acordar algo contra a barbárie que Israel impõe aos palestinos em todos os níveis.