TSE determina bloqueio da monetização de canais que atacaram urnas eletrônicas
O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Felipe Salomão (foto), determinou nesta segunda-feira, 16, o bloqueio da monetização de canais bolsonaristas nas redes sociais que utilizaram informações falsas para atacar as urnas eletrônicas. A determinação abrange contas nas plataformas digitais como Youtube, Twitter, Instagram e Facebook que são alvos do inquérito aberto pelo TSE para...
O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Felipe Salomão (foto), determinou nesta segunda-feira, 16, o bloqueio da monetização de canais bolsonaristas nas redes sociais que utilizaram informações falsas para atacar as urnas eletrônicas.
A determinação abrange contas nas plataformas digitais como Youtube, Twitter, Instagram e Facebook que são alvos do inquérito aberto pelo TSE para investigar o presidente Jair Bolsonaro pelos ataques ao sistema eletrônico de votação e as ameaças à realização das eleições do ano que vem. Os valores arrecadados pelas deverão ser direcionados a uma conta judicial vinculada à Justiça Eleitoral.
A decisão foi dada pelo corregedor do TSE a pedido da delegada da Polícia Federal Denisse Ribeiro, titular do inquérito que investigou os atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal e que auxilia a corte eleitoral nas investigações sobre os ataque de Bolsonaro ao sistema eletrônico.
Além de apurar uma rede que dissemina notícias falsas, o inquérito administrativo aberto no início do mês pelo TSE investiga fatos que possam configurar abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação social, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda antecipada, relativamente aos ataques contra o sistema eletrônico de votação e à legitimidade das Eleições 2022.
Salomão também determinou a suspensão do repasse de valores referentes à monetização de lives e ordenou que as plataformas indiquem de forma individualizada os ganhos auferidos por cada canal investigado no inquérito no prazo de 20 dias.
Na decisão, o corregedor também exigiu que as plataformas vedem o uso de algoritmos que indiquem outros canais e vídeos de conteúdo político semelhante, com objetivo de interromper a propagação de informações falsas e evitar que os canais, perfis e páginas alvos da investigação continuem a se alimentar de modo recíproco.
As plataformas também serão obrigadas a fornecer o caminho inverso das postagens, para ajudar o TSE a identificar a origem das publicações. Os representantes das empresas serão convocados a participar de reunião com as equipes técnicas do TSE e da PF para detalhar o funcionamento das redes.
"De fato, na maior parte do conteúdo analisado, o que se constata não é a veiculação de críticas legítimas ou a proposição de soluções para aperfeiçoar o processo eleitoral – plenamente garantidas aos cidadãos e aos meios de comunicação –, mas sim o impulsionamento de denúncias e de notícias falsas acerca de fraudes no sistema eletrônico de votação, que, contudo, já foram exaustivamente refutadas diante de sua manifesta improcedência, inclusive pela própria Polícia Federal", afirmou o ministro do TSE.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
MARCIA
2021-08-18 06:34:13ATENÇÃO! PESSOAS NAS QUAIS VOCÊ NUNCA VOTOU ESTÃO TENTANDO DETERMINAR COMO VOCÊ VAI VOTAR, COMO VOCÊ VAI PENSAR E SOBRE O QUE PODERIA PENSAR. AINDA PRECISAREMOS DE QUE OUTRAS TRANSGRESSÕES PARA REAGIR?
Antonio
2021-08-18 05:58:04O TSE custa 7 bilhões ao ano. Esta é s monetização que o contribuinte tem real interesse em bloquear. Independentemente de voto impresso.
Leonardo
2021-08-17 16:29:26Até quando vocês ficarão calados? Até o momento em que a Crusoé for alvo novamente??
Juliana
2021-08-17 11:28:39Os togados urubuzentos lazarentos seguindo a cartilha bolivariana ao pé da letra. Foi assim que tudo começou na Venezuela.
MATEUS PEREIRA DA SILVA
2021-08-17 10:43:49GRANDE DIA
Jorge
2021-08-17 08:48:24Onde está a coerência da Crusoé? Quando é contra vocês, é censura. Contra os outros, vocês aliviam a barra e não defendem o direito de livre expressão. Vocês podem ser os próximos...
Marilene
2021-08-17 07:55:45Boa !!! Que o dinheiro público não financie esta gente .
Irineu
2021-08-17 01:21:40Os caras praticamente pregam a insurreição armada e uns mimizentos aqui acham que chamá- los para uma conversa é atentado a liberdade de imprensa. Um mínimo de coerência, por favor.
Plínio
2021-08-17 00:00:39E assim as liberdades vão sendo cerceadas neste país. Não é sobre falarem mentiras ou quererem falsear o sistema eleitoral. É sobre terem a liberdade de se expressar. Os políticos mentem o tempo todo, roubam o Brasil e o STF faz é soltá-los e evitar prisões. Vadê o critério? Estamos virando a republiqueta que até um dia desses tinha o uso desse termo como crítica para algo não realmente factualizado. Agora, concretizou-se!
Ângela
2021-08-16 23:47:29Absurdo! Isso é autoritarismo, cerceamento sobre aqueles que expressam outras ideias. Ditadura do judiciário