Trump agenda conversa com Putin
"Queremos ver se conseguimos pôr fim a essa guerra. Talvez consigamos, talvez não", disse o presidente americano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse à imprensa americana que planeja falar com o ditador russo, Vladimir Putin, na terça-feira, 18.
"Falarei com o presidente Putin na terça-feira. Muito trabalho foi feito no fim de semana. Queremos ver se conseguimos pôr fim a essa guerra. Talvez consigamos, talvez não, mas acho que temos uma chance muito boa", disse Trump a repórteres no Air Force One durante um voo de volta a Washington.
"Falaremos sobre terras. Falaremos sobre usinas de energia. Acho que já discutimos muito disso por ambos os lados, Ucrânia e Rússia. Já estamos falando sobre isso, dividindo certos ativos", acrescentou.
Na sexta, 14, o Kremlin disse que Putin enviou a Trump uma mensagem sobre seu plano de cessar-fogo por meio do enviado dos EUA, Steve Witkoff, expressando seu "otimismo cauteloso" de que um acordo poderia ser alcançado.
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O conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, afirmou no domingo, 16, à emissora de TV americana ABC que as negociações devem ser baseadas na "realidade".
"Vamos expulsar todos os russos de cada centímetro do solo ucraniano?", questionou ao ser perguntado se os EUA aceitariam um acordo no qual a Rússia teria permissão para manter os territórios que invadiu no leste da Ucrânia.
À CBS, o Secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse, por sua vez, que um acordo de paz envolveria "concessões da Rússia e da Ucrânia".
Segundo Rubio, seria difícil até mesmo iniciar as negociações "enquanto eles estiverem atirando um no outro".
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que vê uma boa chance de acabar com a guerra depois que Kiev aceitou a proposta para um cessar-fogo de 30 dias.
Contudo, ele insiste que a soberania da Ucrânia não é negociável e que Putin deve entregar o território que tomou.
Putin não tem pressa
O ditador russo Vladimir Putin esnobou na semana passada a proposta de um acordo de cessar-fogo feita por americanos e ucranianos.
Com essa atitude, Putin mostrou que não tem nenhuma pressa em parar com sua ofensiva para reconquistar a região russa de Kursk ou seguir com a invasão no leste da Ucrânia.
Na quinta, 13, o ditador disse que não está de acordo com um cessar-fogo temporário, mas apenas uma "paz de longo prazo".
Pelos termos do Kremlin, contudo, a Ucrânia teria de praticamente aceitar uma capitulação.
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