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Tribunal venezuelano tenta aprovação relâmpago da farsa de Maduro

02.08.24 16:48

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), instância máxima do Judiciário venezuelano, se reúne na tarde desta sexta-feira, 2, para ratificar a “vitória” de Nicolás Maduro nas eleições realizadas no domingo, dia 28.

Na quarta, 31, o ditador enviou um recurso ao TSJ, solicitando uma análise dos resultados eleitorais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O TSJ, contudo, não tem instrumentos para fazer uma investigação sobre o tema.

A saída dos magistrados foi convocar os nove candidatos que participaram do pleito do domingo, 28, e pedir a eles para assinarem um documento atestando o resultado divulgado pelo CNE.

 

Leia em Crusoé: Maduro vai à Justiça, controlada por ele próprio

 

O candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, naturlmente não compareceu.

A surpresa foi que um dos outros candidatos, Enrique Márquez (foto), negou-se a participar do teatro jurídico.

Em uma coletiva de imprensa dada após a sessão na Corte, Márquez explicou suas razões. As imagens foram transmitidas pelos canais estatais.

Em primeiro lugar, Márquez contestou o expediente jurídico em questão (o recurso), que deve ser usado por alguém que se viu prejudicado em seus direitos. Maduro, pelo contrário, foi declarado o vencedor do pleito e não tem motivos para reclamar de sua própria “vitória“.

Eu não sei do que se trata isso. A sala eleitoral diz que há um recurso do presidente da República, que foi declarado vencedor pelo CNE. Contra quem recorre o presidente da República? Sua própria proclamação?“, disse Márquez.

Ele também reclamou de não ter tido acesso ao conteúdo do recurso oferecido por Maduro. “A Sala Eleitoral queria que eu me declarasse notificado sem conhecer o recurso. Devo informar ao país que me neguei a assinar a ata de notificação, porque não me sinto notificado em nada. A notificação tem que vir acompanhada do recurso e das razões pela qual se faz uma convocatória.

Márquez ainda exigiu que o CNE apresente as atas para comprovar os resultados oficiais. “Não há outra forma. As atas são fundamentais para a transparência e para a paz“, afirmou Márquez.

As images da sessão no TSJ mostravam a cadeira vazia de Urrutia, ao lado da de Maduro.

Quem discursou foi a presidente do TSJ e da sala eleitoral, Caryslia Beatriz Rodriguez Rodriguez — que integrou o Partido Socialista Unido da Venezuela, o PSUV, partido de Chávez e de Maduro.

 

Leia mais em Crusoé: No colo de Maduro

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  1. Qual a novidade? é assim que os tribunalecos de nomeada agem sempr em favor do ditador da vez, assim é na Venezuela, assim é no Brasil o país que deveria ser o líder da região ... os argentinos duramente tentam retornar a seu passado de dignidade e prosperidade depois de destruída pelo esquerdismo peronista que destruiu o país que sofre e chora.

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