Foto: Pedro França/Agência Senado

TRE de Roraima absolve senador de acusação de compra de votos

23.10.23 17:05

O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) absolveu nesta o senador Dr. Hiran (Progressistas-RR; foto) da acusação de compra de votos durante as eleições do ano passado. A decisão, unânime, foi tomada nesta segunda-feira (23).

O parlamentar era acusado de fazer atendimentos em um caminhão de uma clínica, a um mês da eleição, com encaminhamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) para cirurgias diretamente na clínica do político. A denúncia, apresentada pela imprensa, motivou uma ação do MDB — partido de Romero Jucá, mandachuva da sigla e ex-senador, que acabou em segundo lugar na eleição.

Enquanto o MDB não defendeu sua tese à Corte, o PP garantiu que as denúncias “não apresentaram fatos relevantes de que doutor Hiran estava realizando consultas médicas”. De acordo com o advogado, “as testemunhas ouvidas em juízo sequer foram testemunhas do fato em si”.

Relatora do caso no TRE, a desembargadora Tânia Vasconcelos disse que a ação era improcedente por falta de provas. “O que eu vejo é uma daquelas situações em que nos preparamos e forçamos uma prova que, no final das contas, não diz nada e não leva ninguém a lugar nenhum”, ela concluiu.

“Não há prova de que aquele atendimento estava sendo feito para fim eleitoral. Nem santinho, nem pedido de voto, nem propaganda, nem o próprio candidato ou pré-candidato estava no local naquele atendimento”, disse Elaine Biachi, a presidente do TRE-RR.

Hiran ironizou a vitória no processo sobre “aquele ex-senador que tirou o óculos e o bigode, para dizer que ele não é mais ele”. Paramentado como um oftalmologista (e dentro de uma unidade hospitalar), o parlamentar apareceu em uma sala com pacientes que alegam que não pediram nada a ele.

“Eu faço isso porque é o compromisso da minha vida”, disse o Dr. Hiran no vídeo. “Era bom que você [Jucá] também respeitasse as pessoas.”

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  1. Se estivesse realmente ao lado do povo e do país, como Deltan, seria cassado também. Se não foi, não presta.

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