TCU pede explicações à Petrobras sobre contratação de gerentes de fora da empresa
O ministro do Tribunal de Contas da União Walton Alencar Rodrigues pediu explicações à Petrobras sobre o aumento do percentual de gerentes-executivos da estatal de fora da empresa. Relator da representação feita pelo Ministério Público de Contas, Walton deu cinco dias para que a Petrobras se manifeste sobre os questionamentos do procurador Júlio Marcelo de...
O ministro do Tribunal de Contas da União Walton Alencar Rodrigues pediu explicações à Petrobras sobre o aumento do percentual de gerentes-executivos da estatal de fora da empresa. Relator da representação feita pelo Ministério Público de Contas, Walton deu cinco dias para que a Petrobras se manifeste sobre os questionamentos do procurador Júlio Marcelo de Oliveira. A proposta para elevar de 30% para 40% o percentual de executivos que não são trabalhadores de carreira foi revelada por Crusoé no último dia 1º.
No despacho, o ministro Walton aponta que os cargos de gerentes executivos e gerais “são diretamente ligados à Diretoria-Executiva e ao Conselho de Administração, o que significa que os ocupantes desses cargos têm, cotidianamente ou, no mínimo, eventualmente, acesso a informações de cunho estratégico ou que envolvam sigilo comercial da empresa”.
Ainda de acordo com o ministro, “a excepcionalidade das contratações ganha relevo porque a ampliação do percentual, que no início da gestão era de 20%, passou para 30% e agora sobe para 40%, expõe cada vez mais a empresa aos riscos de mau uso de informações sensíveis por pessoas sem compromisso com os valores corporativos e culturais da Petrobras”.
Em entrevista a Crusoé este mês, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, justificou a medida. “A Petrobras tem um quadro técnico de engenheiros e geólogos de primeira grandeza. Tem alguns dos melhores engenheiros de petróleo do mundo. No entanto, as pessoas são treinadas para explorar e produzir petróleo, gás, refino, mas não houve treinamento para que eles exercessem funções corporativos, embora existam talentos”, disse.
Para Castello Branco, é preciso “fazer um mix de pessoas que tenham experiência na iniciativa privada, com bons currículos e honestas, para que eles transmitam sua experiência para os mais jovens”.
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