STF forma maioria para rejeitar denúncia contra Arthur Lira
O Supremo Tribunal Federal formou maioria na tarde desta quinta-feira, 10, para rejeitar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), pela suposta prática do crime de corrupção passiva. Entregue ao Supremo em 2020, a peça acusa Lira de ter recebido 1,6 milhão de reais em propina da construtora...
O Supremo Tribunal Federal formou maioria na tarde desta quinta-feira, 10, para rejeitar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), pela suposta prática do crime de corrupção passiva.
Entregue ao Supremo em 2020, a peça acusa Lira de ter recebido 1,6 milhão de reais em propina da construtora Queiroz Galvão em 2012, no esquema do petrolão, investigado pela Lava Jato.
De acordo com a denúncia, o ex-diretor-presidente da empresa Idelfonso Colares Filho, falecido no final de 2017, e Francisco Ranulfo Rodrigues, então superintendente de Obras da empreiteira em Goiás, teriam oferecido e autorizado os pagamentos.
Três meses depois do protocolo da denúncia, porém, a PGR voltou atrás e declarou não haver provas da relação do parlamentar com a empresa. A manifestação partiu da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, braço-direito de Augusto Aras.
Relator do processo, Fachin negou-se a arquivar o caso de forma monocrática e citou o Artigo 42 do Código de Processo Penal, que estabelece que o Ministério Público não poderá desistir de ação penal. O ministro, então, levou o caso ao plenário.
Iniciado o julgamento virtual na semana passada, Fachin avaliou que a denúncia é inepta, porque "não apresenta descrição suficiente da conduta supostamente delituosa atribuída ao parlamentar federal". O ministro acrescentou que a peça baseia-se apenas no depoimento do doleiro e delator Alberto Youssef.
Fachin anotou que, conforme a denúncia, a empreiteira pagou propina ao deputado devido à posição de liderança dele no Progressistas, partido que integrava a base do governo federal e teria poder suficiente para levar ao estabelecimento de contratos entre a Queiroz Galvão e órgãos da administração pública, além da Petrobras, entre 2004 e 2017. O ministro frisou, no entanto, que Lira assumiu o primeiro mandato na Câmara somente em 2011.
Os ministros Gilmar Mendes, Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli concordaram com Fachin.
"Entendo assistir razão ao recorrente, nos termos do voto do Relator, verificando a flagrante inépcia da denúncia, eis que não foram apontados elementos aptos a descrever, de maneira suficiente, as condutas criminosas que teriam sido praticadas pelo deputado federal", reforçou Moraes.
Ainda precisam se manifestar no processo os ministros André Mendonça, Kassio Marques, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. O julgamento segue no plenário virtual até a noite desta sexta-feira, 11.
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Comentários (10)
Bartolomeu
2022-02-10 23:59:09Pronto, mais malas sendo entregues. Oh, corja de larápios.
Antonio
2022-02-10 23:09:29SÉRGIO MORO PARA PRESIDENTE EM 2022
PAULO
2022-02-10 22:22:32A questão é que o STF perdeu à confiança do cidadão. Sempre ficamos com a sensação, que fazem de tudo para livrar os corruptos. Se o Lira é um corrupto? Nunca saberemos. Corruptos no poder? MORO NELES 🇧🇷
Maria
2022-02-10 18:50:05Bandidos se protegem!!! MORO PRESIDENTE 2022!
Mathilda
2022-02-10 18:20:05Nenhuma novidade nessa corte de corruptos não poderia ser outro resultado!!!!
Eduardo
2022-02-10 17:23:07Que surpresa...
Eduardo
2022-02-10 17:21:53Que surpresa...
Jose
2022-02-10 16:52:59Faz parte do acordão bozolulista para inocentar os Bozokids. Qualquer pessoa decente sabe disso!
Odete6
2022-02-10 16:26:13E viva a corrupção e os crimes em geral, né mesmo???!!!
FERNANDO VILLAS BOAS
2022-02-10 15:40:09Não confie nunca neste STF! Primeiro, as denúncias de um grande doleiro são aceitas e depois, como que em um passe de mágica, essas denúncias deixam de valer. Observem que a pessoa que primeiro solicitou o arquivamento foi a Lindôra (aquela mesma que todos já conhecem por "adorar" a Lava Jato, assim como o Lira). Mas primeiro o Fachin não aceita o pedido e depois, de repente, concorda com ele!? Será que ele não leu os documentos quando negou o pedido da Lindôra? Muito estranho tudo isso.