Sírios incendeiam túmulo de pai de Assad
Sob forma de protesto, rebeldes sírios acessaram o local onde estava o mausoléu de Hafez Assed e atearam fogo
Rebeldes sírios incendiaram o túmulo de Hafez Al-Assad, pai do ditador deposto Bashar Assad, em Qardah, na Síria, nesta quarta-feira, 11.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos humanos, o grupo de terroristas que acessou o mausoléu, na cidade natal da família Assad, portava a bandeira da Primeira República.
Nas redes sociais, as imagens mostram jovens combatente comemorando o incêndio do túmulo de Hafez Assad.
O pai de Assad
Em 1971, Hafez Assad ocupou a cadeira de presidente da Síria e deu início ao regime que durou até 10 de junho de 2000, quando faleceu.
O pai do ditador deposto nasceu em Qardaha, na região de Latakia, em uma família da minoria alauíta.
A dinastia de Hafez, posteriormente transmitida ao filho Assad, promoveu um controle absoluto do poder político e de repressão aos opositores.
Como forma de perpetuar-se no poder, Hafez aparelhou as principais estruturas estatais com aliados da minoria alauíta, da qual pertencia.
Durante o período em que comandou a Síria, o pai de Bashar se alinhou politicamente à antiga União Soviética.
Não atoa os russos instalaram bases militares na província de Latakia e no aeroporto de Hmeimm.
A prisão de Sednaya
Bashar Assad deu continuidade ao regime que massacrou a população síria.
Nesta terça-feira, 10, milhares de sírios estiveram na prisão de Sednaya, nos arredores de Damasco, à procura de familiares presos pelo ditador deposto Bashar Assad, após rebeldes libertarem centenas de detentos.
Nas redes sociais, as fortes imagens mostram como o complexo prisional se tornou um dos símbolos das inúmeras violações de direitos humanos do regime de Assad.
Os registros de corpos amontoados, parcialmente contaminados por ácidos químicos, reforçam o terror promovido pela ditadura síria.
Os Capacetes Brancos, uma equipe de resgate que opera há anos em regiões de conflito, tiveram que escavar várias camadas de concreto na tentativa de encontrar sobreviventes.
Em comunicado, o grupo classificou a prisão como "infame".
Leia mais: "Prisão de Sednaya revela terror promovido por Assad"
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