Sem acusar o golpe

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez (foto), tem grandes chances de perder o cargo nesta segunda-feira, 8, como o próprio presidente Jair Bolsonaro admitiu na sexta-feira, 5.

No entorno de Vélez, se há essa expectativa, ela não é demonstrada. Nomeado assessor especial do ministro, Ricardo da Costa informou no domingo, 7, no Facebook, que começa hoje o trabalho para que foi chamado no Ministério da Educação – cuidar da publicação de livros pela pasta.

Na mesma rede social, Costa criticou a postura dos participantes de um debate realizado ontem na GloboNews sobre os problemas do ministério. “Percepções algo maquiadas, ausência de responsabilidades passadas, poucas soluções apresentadas”, enumerou. “Nenhuma palavra sobre a intensa doutrinação nas escolas e universidades, nem sobre a aprovação automática imposta a professores por pedagogas (há décadas!). Qualquer que seja o entendimento, é uma interessante fotografia dos interesses em jogo, dos apoios da mídia, das diferenças pedagógicas entre a era PSDB/PT e a ‘Nova Era'”.

“Intimamente, a pergunta que sempre me faço é: quem discute a Educação pisa em sala de aula?”, questionou o professor da Universidade Federal do Espírito Santo e especialista em história medieval. Os debatedores criticados eram Maria Helena Guimarães, ex-secretária-executiva do MEC, Leandro Beguoci, da Nova Escola, mantida pela Fundação Lemann, e Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna que chegou a ser cogitado para o cargo de ministro.