Secretário de Segurança da Bahia 'garantia impunidade' de esquema alvo da Faroeste, diz MPF
Na decisão em que autorizou as novas fases da Operação Faroeste, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, o STJ, elenca trechos do pedido feito pelo Ministério Público Federal para que o delegado federal e secretário de Segurança Pública da Bahia no governo de Rui Costa, do PT, Maurício Teles Barbosa, fosse afastado...
Na decisão em que autorizou as novas fases da Operação Faroeste, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, o STJ, elenca trechos do pedido feito pelo Ministério Público Federal para que o delegado federal e secretário de Segurança Pública da Bahia no governo de Rui Costa, do PT, Maurício Teles Barbosa, fosse afastado do cargo e preso.
O ministro determinou somente o afastamento, com base na alegação dos investigadores de que Barbosa "exerceria papel central na garantia da impunidade" do esquema de corrupção investigado. Ele ficará fora do posto do governo petista por um ano.
"Maurício Teles Barbosa exerceria, segundo o MPF, papel central na garantia da impunidade dos diversos núcleos criminosos. Conforme acima exposto, ele teria demonstrado sua periculosidade social na condução do cargo quando da deflagração da Operação Fake News pela Secretária de Segurança Pública da Bahia, em julho de 2019, cuja finalidade escusa consistiria em neutralizar os opositores do esquema criminoso liderado por Adaílton Maturino dos Santos", diz trecho da decisão.
A Operação Faroeste teve início em novembro de 2019 e mira um esquema de venda de sentenças judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia. A ação desta segunda-feira, 14, representa a 6ª e a 7ª fases da apuração. O STJ, além do afastamento do secretário de Segurança Público, autorizou a prisão das desembargadoras Ligia Maria Ramos Cunha Lima e Ilona Marcia Reis.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (4)
Voto Salva
2020-12-14 18:54:45Isso deve acontecer em todos os estados, a orcrim se espalhou e aparelhou tudo, e sem a Lava Jato, essas orcrims vao se perpetuar, a impunidade e a corrupcao no Brasil eh para sempre, togados, politicos, funcionario publicos, advogados e oab, tudo junto e misturado pelo enriquecimento pessoal, familiar e dos amiguinhos poderosos. Sao muitos anos de aparelhamento financiado pelo mais de 1 PIB roubado dos cofres publicos e da populacao, ou seja eles tem muito dinheiro para manter isso como esta .
Maria
2020-12-14 18:24:19Ideal seria se o afastamento fosse acompanhado de corte de proventos , pelo menos as gratificações e outros penduricalhos que incidem sobre o salário básico! Afastar-se e continuar percebendo polpudo contra-cheque é quase um bônus...
Getulio
2020-12-14 14:01:31Mais um Garantista? Quem, afinal, Garantirá o cumprimento da lei, punindo seus transgressores. Quem protegerá -- seguindo o precedente constituído por juízes competentes e destemidos como Joaquim Barbosa e Sergio Moro -- o contribuinte, que a todos remunera, além de quitar as faturas inexoráveis do (des)governo? Será, como defendem alguns, necessário rebatizar o País como República Federativa das Rachadinhas? Ou Republica do Voleibol Sinistro? Ou, simplesmente, como Res Putrida Brasiliensis?
Sonia Martha
2020-12-14 13:53:41A corrupção não para pq as punições, QUANDO OCORREM, são leves. As Leis Penais brasileiras foram feitas sob medida para favorecer bandidos!