Salles procurou Cármen Lúcia para se defender de acusação de delegado da PF
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, buscou a ministra Cármen Lúcia para se defender das acusações feitas pelo delegado da PF, Alexandre Saraiva. Uma videoconferência entre Salles e Cármen constou da agenda da ministra desta quinta, 29. "Esse é um entendimento meu com a ministra. Não vou comentar esse assunto", afirmou o ministro a...
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, buscou a ministra Cármen Lúcia para se defender das acusações feitas pelo delegado da PF, Alexandre Saraiva. Uma videoconferência entre Salles e Cármen constou da agenda da ministra desta quinta, 29. "Esse é um entendimento meu com a ministra. Não vou comentar esse assunto", afirmou o ministro a Crusoé.
Na última semana, Cármen, que é relatora da notícia-crime movida pelo delegado contra Salles, escreveu uma dura decisão em que disse ver "gravidade incontestável" nos fatos narrados por Saraiva. No despacho, cobrou da Procuradoria-Geral da República que não "abdique" do seu "dever de analisar e concluir, fundamentada e objetivamente, sobre o procedimento a ser adotado" no caso.
O delegado moveu uma queixa-crime contra o ministro do Meio Ambiente e o senador Telmário Motta, do PROS, por eles dificultarem a investigação de crimes ambientais na Amazônia. Ele apontou a possível ocorrência de crimes de advocacia administrativa e organização criminosa. Citou, por exemplo, declarações do ministro e do senador contrárias à Operação Handroanthus que apreendeu 130 milhões de reais em madeira no fim de 2020. Um dia depois de fazer a acusação, Saraiva deixou o cargo de superintendente da PF no Amazonas.
O cerco se fecha sobre o ministro do Meio Ambiente. Reportagem desta quinta-feira, 29, da revista Istoé, que teve acesso aos documentos da investigação, revelou que os investigadores pretendem destrinchar os laços entre Ricardo Salles e a família Dacroce, que tomou posse de terras supostamente griladas no Pará, onde ocorreram as extrações ilegais de madeira. O principal alvo da investigação é Walter Dacroce, que seria um “agente” que localizaria as terras devolutas, viabilizaria a grilagem por meio de parentes e abriria caminho para que a madeireira Rondobel, que acumula mais de 8 milhões de reais em multas ambientais, explorasse ilegalmente as áreas ocupadas.
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Comentários (10)
Luiz
2021-05-03 22:34:18O pior de tudo isso, são os escritórios de advocacia de parentes de ministros que por cumplicidade forjam pareceres absurdos e sonegam impostos .
Takaiuki
2021-05-03 04:59:12MITO MITO MITO MITO MITO !!!!!!!!!!!!!!!!!! EU .......... A. U. T. O. R. I. Z. O
Edenilson
2021-05-02 21:38:33Carminha e Weber infelizmente nao despertam credibilidade. Weber pelo confusp.voto do.fim da 2 instancia. Carminha por amarelar diante do insuspeito Gilmar Beiçola Barata x a suposta suspeição de Moro.
Rosangela Maria Halfeld Bonicontro Miranda
2021-05-02 13:14:14Procurar a ministra relatora é quase uma confissão de culpa. Resta saber se, mais uma vez, o crime compensa.
MARCOS
2021-05-02 07:36:32Nesse país, grandes bandidos têem acesso a ministros do STJ e STF, pagos por nós. Como resolveremos isso, se temos 70% do Congresso envolvidos e investigados em corrupção, e são os que fazem as leis. Além disso, ainda ha as grandes bancas de advocacia com acesso fácil às altas cortes, para suas traficâncias.
Veronica
2021-05-01 09:14:17É só o Gilmar falar grosso com Carmem e ela muda de opinião, nem tudo está perdido, Sales. No Brasil as coisas funcionam assim.
Antonio
2021-04-30 22:20:41Tá certo. Isto evita fofocas
LUIZ
2021-04-30 21:36:20Assim nasce a suspeição da ministra , não é ? STF de araque.
Dulce
2021-04-30 19:49:47Normalmente ministros da suprema corte em países sérios não se reúnem com acusados, não ficam postando em redes sociais e principalmente, cumprem seu dever de fazer cumprir a constituição e não essa palhaçada de legislarem, soltarem condenados, darem opinião onde não lhes cabe. O pior é que ainda custam bem caro para o contribuinte.
ARNALDO
2021-04-30 17:49:39A denúncia é muito séria, envolve também a questão de grilagem de terras da união. Será que o Brasil vai continuar sendo o "país da Anistia" dos sonegadores, desmatadores e corruptos de uma maneira geral. Não acredito que a Cármen Lúcia vá entrar no jogo dele!