Saída de Azevedo da Defesa surpreende militares; ministro era homem de confiança de Bolsonaro
O anúncio da saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, do governo surpreendeu o meio político e até mesmo os militares na tarde desta segunda-feira, 29. Segundo fontes do governo, em reunião às 14 horas no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro pediu para que o ministro colocasse o cargo à disposição,...
O anúncio da saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, do governo surpreendeu o meio político e até mesmo os militares na tarde desta segunda-feira, 29.
Segundo fontes do governo, em reunião às 14 horas no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro pediu para que o ministro colocasse o cargo à disposição, como já havia feito mais cedo o chanceler Ernesto Araújo.
Em nota, o general agradeceu ao presidente e afirmou que, "nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado". "O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira. Saio na certeza da missão cumprida", disse.
Azevedo era um dos generais mais próximos de Bolsonaro. Da estrita confiança do presidente, o ministro fazia parte de uma espécie de Estado Maior do governo. Ex-assessor do STF, Azevedo desembarcou no governo com a missão de ser uma espécie de algodão entre cristais na até então tensa relação com o Supremo -- teve destacada atuação quando foi preciso debelar a crise em razão da participação do presidente nos chamados atos antidemocráticos. Hábil articulador, o ministro também participava da interlocução com o Congresso, quando necessário.
O gesto está sendo interpretado no Palácio do Planalto como o início da reforma ministerial, destinada a acomodar principalmente forças políticas do Congresso, no momento de maior fragilidade do governo Bolsonaro desde a posse. O mais cotado para assumir a Defesa é o atual ministro da Casa Civil, Braga Netto. Neste caso, seria aberto uma vaga na pasta para alguém com perfil mais político.
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Comentários (3)
Paulo Lins
2021-03-29 20:22:35O general Fernando Azevedo é um cidadão honrado e um ex-militar fiel ao Brasil que se recusou a desvirtuar a finalidade do Exército como Instituição de Estado e não de governo para beneficiar os desvarios do PR que queria - chancela das FFAA para demonstrar seu poder perante os outros dois Poderes da República e a população em geral. Parece não haver mais dúvida de que o PR se deslegitimou para o exercício do cargo e, nessas condições, quem perde é o país e seu povo, que tem pago com a vida.
Elenir
2021-03-29 17:59:21Situação complicada
Jose
2021-03-29 17:47:51Kkkkkkkkkkk. Tá todo mundo querendo manter um pouco da biografia intacta. Acho que será tarde demais. Que foi bozista, será bozista para a eternidade e queimará no inferno. Joãozinho, você já está pronto para cheirar a enxofre?