Câmara dos Deputados

Rompido com Bolsonaro, PSL ganha novo cargo no governo Witzel

23.11.19 11:50

Rompido com o presidente Jair Bolsonaro, o PSL do Rio de Janeiro ganhou um novo cargo no governo Wilson Witzel: o comado da Secretaria de Vitimização e Proteção à Pessoa com Deficiência.

Na semana passada, a tenente-coronel da Polícia Militar Priscilla Azevedo assumiu a pasta. Priscilla foi indicada pelo deputado federal Sargento Gurgel (foto), que se tornou presidente do PSL no Rio após a destituição de Flávio Bolsonaro.

A tenente-coronel substituiu a também deputada federal Major Fabiana. Integrante da ala bolsonarista do PSL, Fabiana pediu exoneração no final de outubro, em meio ao rompimento do clã Bolsonaro com Witzel.

Além da Secretaria de Vitimização, a Secretaria de Ciência e Tecnologia do governo fluminense é considerada cota do PSL. A pasta é comandada por Leonardo Rodrigues, suplente de Flávio Bolsonaro.

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  1. Quanto mais isolado Bolsonaro ficar, mais impichável ele se torna. Não é nem preciso que os bolsonaristas o abandonem, basta que eles sejam neutralizados e abafados para que desmoralizados não consigam oferecer resistência a um impeachment. Enquanto isto, quanto mais isolado Bolsonaro se tornar, mais ele deveria ser agarrar a Sérgio Moro, para que os CORRUPTOS não tivessem dúvida de que lhes resta somente recorrer à SOLUÇÃO FINAL.

  2. Na verdade, não seria nem necessário que houvesse assédio algum, bastaria que chegasse ao ouvido dos CORRUPTOS que ele está acontecendo. Como os CORRUPTOS acham que todos são iguais a eles, é óbvio que na cabeça deles ninguém resiste a uma boa barganha. Adicionando-se isto à "avareza" de Bolsonaro que não libera cargos nem afaga a base, então não restaria qq dúvida de que ele uma hora ou outra acabará abandonado por aqueles que ainda o defendem.

  3. Aliás, nos governos estaduais, o assédio dentro do PSL poderia ser feito em conjunto com a oferta de cargos na esfera estadual para os indicados dos deputados estaduais, criando um ambiente mais tentador para se "convencer" os bolsonaristas. Água mole, pedra dura, se Bolsonaro começar a ser desgastado em várias frentes, não há pq os CORRUPTOS não acreditarem que ele está por um fio. Sobretudo pq não trata-se de aderência à realidade, mas sim de alimentar as expectativas deles.

  4. Se tal coisa se desse, ela deveria ocorrer em nível federal e estadual, contando com a ajuda de alguns governadores estaduais onde o PSL tem uma bancada forte, como RJ e SP. Este é só um esboço, mas se a intenção for deixar Bolsonaro "isolado", há uma oportunidade para isto. Não precisa nem que os bolsonaristas sejam realmente cooptados, basta que exista o assédio e ele se torna público, ficando pelos menos uma leve hipótese de que Bolsonaro possa sair enfraquecido do episódio.

  5. Mas para isto ele teria que ser expulso ou conseguir a desfiliação, coisas que parecem improváveis ou indesejáveis. Então tal movimento de assédio aos bolsonaristas teria que ser realizado em paralelo com o isolamento de Eduardo Bolsonaro dentro do PSL, o que já está acontecendo. Como os Bolsonaros adoram uma confusão, esta seria a oportunidade perfeita para que eles logo botassem a boca no trombone acusando a cúpula do PSL de tentar comprar os bolsonaristas.

  6. Está certo que um Bolsonaro convicto não mudaria de ideia por qq ninharia, mas o PSL é o partido mais rico do sistema partidário. Portanto, o que não falta para ele são recursos para "convencer" os bolsonaristas mais arredios. Sendo assim, o PSL tem as ferramentas necessárias para reverter o racha no partido e superar o clã Bolsonaro. Se Eduardo Bolsonaro tentasse sair, talvez até se criasse uma janela de oportunidade maior.

  7. As ações dentro do PSL que estão sendo tomadas contra a ala bolsonarista no âmbito federal tb não se aplicam ao âmbito estadual? Está certo que a visibilidade é menor, mas faz sentido que se mantenha o padrão, mesmo quando em níveis inferiores. Ademais, apesar de o PSL estar rachado, parece razoável que o momento de "fraqueza" de Bolsonaro seja utilizado como oportunidade para se "convencer" boa parte dos deputados bolsonaristas para abandonarem-no.

    1. A Aliança pelo Brasil é, na verdade, aliança pela rachadinha! Tô fora!

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