Restrição à liberdade religiosa atinge 62% da população mundial, diz relatório
Das 196 nações analisadas, 61 foram classificadas como locais de perseguição religiosa grave, abrangendo 28 países sob "perseguição" e outros 33 com "discriminação"
A liberdade religiosa está sob ataque, com cerca de 62% da população mundial vivendo em países onde esse direito é violado, segundo o Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo, publicado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).
Das 196 nações analisadas, 61 foram classificadas como locais de perseguição religiosa grave, abrangendo 28 países sob "perseguição" e outros 33 com "discriminação".
O relatório destaca um agravamento da situação na África, onde o avanço de jihadistas intensificou a violência em regiões como Sahel, Moçambique e Somália. Comunidades cristãs e outras minorias religiosas têm sido alvo de ataques extremos, resultando em mortes, deslocamentos forçados e destruição de vilarejos.
Na Ásia, o governo chinês lidera as restrições com vigilância estatal e repressão a comunidades religiosas não registradas, enquanto a Índia aprofunda suas leis anticonversão, usadas para coagir minorias religiosas e reforçar o nacionalismo hindu. Esses países representam uma parcela significativa da população mundial submetida a restrições severas.
Embora a perseguição seja mais evidente em regimes autoritários, o Ocidente também enfrenta desafios à liberdade religiosa.
O relatório aponta uma "perseguição educada", onde pressões sociais e legais buscam limitar a expressão pública de crenças religiosas em nome de ideologias predominantes. Países desenvolvidos começam a registrar casos de sanções contra indivíduos que manifestam opiniões religiosas divergentes das normas sociais vigentes.
A análise ressalta a necessidade de ações internacionais para combater as crescentes restrições. A ACN pede esforços conjuntos para proteger minorias religiosas e promover o diálogo inter-religioso como forma de reduzir tensões. O relatório também chama a atenção para o impacto de regimes autoritários que usam leis religiosas para consolidar poder político.
O panorama apresentado reforça a urgência de defesa global dos direitos humanos fundamentais, especialmente em um cenário de aumento de conflitos e tensões sociais ligados à religião.
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